Pela Paz de Michael
"Hold me like the River Jordan". Eis aí o pedido de um Rei. Quase uma revelação. Um grito de alguém que carecia, enquanto pensavam que ele tinha tudo. É certo que não foi atendido. Mas, se fosse possível a ele um minuto de ressurreição, veria agora um planeta a seus pés, uma roda gigante em torno de sua luz que rebrilha. O cara era muito bom mesmo. Agora está morto, mas deixou um tesouro astronômico. Todos querem superstar com o astro, pela permanência do brilho, do calor e do êxtase no peito - circunstâncias possíveis a todos que penetrarem em seu reino musical.
É justo. Caetano Veloso, astro da galáxia musical brasileira, diz que "... gente é pra brilhar/não pra morrer de fome". Nesses versos, o poeta aponta para uma direção favorável à natureza do homem: o lugar das estrelas, muito diferente deste que habitamos - âmbito de insanos que sugam a luz do próximo e cospem fogo.
Aqueles que ainda caluniam Michael Jackson e perturbam sua família deveriam refletir sobre isso e dar um basta nessa situação. Gente não nasceu para o discurso voraz e assassino; não nasceu para portar punhais nem para caluniar e algemar pessoas inofensivas e sensíveis como o nosso ídolo. Gente nasceu para a luz e altos vôos.
Ao cacto o que é do deserto. Ao homem o que é das estrelas.