AS BEM-AVENTURANÇAS (Parte III)
“Bem-aventurados sereis...”
“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!” (Mt 5.9). Em outras palavras, são felizes os construtores da paz, aqueles que a vivem em vista do bem comum, isto é, em vista da vontade de Deus para todos. Aliás, o próprio Senhor nos fala neste mesmo capítulo: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu...” (Mt 5,44-45a). Daí vem que não só basta “ser pacifista” profissional, muito mais que isto, é preciso sentir-se filho de Deus e viver como tal, pois a paz do coração nasce do amor a Deus e às suas criaturas.
“Esta bem-aventurança, também, não consiste em um acordo qualquer nem em qualquer concórdia. Mesmo os mais estreitos laços de amizade e uma igualdade sem falha das mentes não podem, na verdade, reivindicar para si esta paz, se não concordarem com a vontade de Deus. Estão fora da dignidade desta paz a semelhança na cobiça dos maus, as alianças pecaminosas, os pactos para o vício. O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal. Quem sempre com Deus em mente guardar com solicitude a unidade do espírito no vínculo da paz (Cf. Ef. 4,3) jamais discorda da lei eterna, repetindo a oração da fé: “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6,10).
São estes os pacíficos, estes os unânimes no bem, santamente concordes, que receberão o nome eterno de filhos de Deus, co-herdeiros de Cristo (Cf.Rm 6,17). Porque o amor de Deus e o do próximo lhes obterão não mais sentir adversidades, não mais temer escândalo algum. Mas terminado o combate de todas as tentações, repousarão na tranqüila paz de Deus, por nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos. Amém.” (São Gregório Magno).
“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.” (Mt 5,11-12). Existe um ditado popular muito interessante que diz: “quem não deve não teme”. De fato, a maior prova de nossa inocência é a nossa consciência; nada é mais satisfatório do que uma consciência limpa e segura diante da vontade de Deus.
Por isso, não devemos temer as injurias, difamações e calúnias sofridas por causa da verdade que é Cristo; pois quem age na mentira assim o faz por ódio, rancor, ganância ou leviandade e nenhum mérito tem e nenhuma graça alcança, porque não vive em paz quem promove a discórdia e todo espécie de confusão. Cada um só dá o que cultivou ou cultiva em sua vida.
Portanto, não peque por causa do pecado dos outros, mas tenha compaixão e misericórdia de todos os que não vivem segundo a vontade de Deus. Sigamos, pois, o que nos ensina São Tiago: “Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento”. (Tg 2,12-13).
Caríssimos irmãos e irmãs, as bem-aventuranças são para nós a maior de todas as lições de vida que nos deu o nosso salvador Jesus Cristo, depois da lição do amor. Devemo-nos exercitar nestas lições da graça divina e obtermos os dividendos que o Amor de Deus nos reservou, sabendo que a vitória é certa para aqueles que, perseverantes até o fim, amaram a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Amém!
Paz e Bem!
“Bem-aventurados sereis...”
“Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!” (Mt 5.9). Em outras palavras, são felizes os construtores da paz, aqueles que a vivem em vista do bem comum, isto é, em vista da vontade de Deus para todos. Aliás, o próprio Senhor nos fala neste mesmo capítulo: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu...” (Mt 5,44-45a). Daí vem que não só basta “ser pacifista” profissional, muito mais que isto, é preciso sentir-se filho de Deus e viver como tal, pois a paz do coração nasce do amor a Deus e às suas criaturas.
“Esta bem-aventurança, também, não consiste em um acordo qualquer nem em qualquer concórdia. Mesmo os mais estreitos laços de amizade e uma igualdade sem falha das mentes não podem, na verdade, reivindicar para si esta paz, se não concordarem com a vontade de Deus. Estão fora da dignidade desta paz a semelhança na cobiça dos maus, as alianças pecaminosas, os pactos para o vício. O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal. Quem sempre com Deus em mente guardar com solicitude a unidade do espírito no vínculo da paz (Cf. Ef. 4,3) jamais discorda da lei eterna, repetindo a oração da fé: “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6,10).
São estes os pacíficos, estes os unânimes no bem, santamente concordes, que receberão o nome eterno de filhos de Deus, co-herdeiros de Cristo (Cf.Rm 6,17). Porque o amor de Deus e o do próximo lhes obterão não mais sentir adversidades, não mais temer escândalo algum. Mas terminado o combate de todas as tentações, repousarão na tranqüila paz de Deus, por nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos. Amém.” (São Gregório Magno).
“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.” (Mt 5,11-12). Existe um ditado popular muito interessante que diz: “quem não deve não teme”. De fato, a maior prova de nossa inocência é a nossa consciência; nada é mais satisfatório do que uma consciência limpa e segura diante da vontade de Deus.
Por isso, não devemos temer as injurias, difamações e calúnias sofridas por causa da verdade que é Cristo; pois quem age na mentira assim o faz por ódio, rancor, ganância ou leviandade e nenhum mérito tem e nenhuma graça alcança, porque não vive em paz quem promove a discórdia e todo espécie de confusão. Cada um só dá o que cultivou ou cultiva em sua vida.
Portanto, não peque por causa do pecado dos outros, mas tenha compaixão e misericórdia de todos os que não vivem segundo a vontade de Deus. Sigamos, pois, o que nos ensina São Tiago: “Falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento”. (Tg 2,12-13).
Caríssimos irmãos e irmãs, as bem-aventuranças são para nós a maior de todas as lições de vida que nos deu o nosso salvador Jesus Cristo, depois da lição do amor. Devemo-nos exercitar nestas lições da graça divina e obtermos os dividendos que o Amor de Deus nos reservou, sabendo que a vitória é certa para aqueles que, perseverantes até o fim, amaram a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Amém!
Paz e Bem!