AS BEM-AVENTURANÇAS
“Bem aventurados sereis...”
As bem-aventuranças, antes de tudo, são um programa de vida traçado por Jesus para aqueles que abraçaram a fé; elas também servem de modelo para toda a humanidade, pois, uma vez que somente mediante a vivência desses conselhos eternos, os homens e mulheres poderão alcançar a felicidade e a verdadeira vida em Deus. Ser bem-aventurado para Jesus é ser um feliz cumpridor dos mandamentos da Lei de Deus, é viver de acordo com sua Santa Vontade, é buscar a santidade em toda obra que faz, nas palavras que fala e no modo de ser, como testemunha do Reino de Deus.
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5,3). Esta Bem-aventurança nos mostra que existem duas espécies de riquezas, uma dos valores temporais e outra dos valores eternos. Ela mostra também que a riqueza temporal só tem sentido quando vivida tendo como fim último a riqueza eterna. Assim, “pobre em espírito” é aquela pessoa que cultiva os valores eternos: o amor, o perdão, a bondade, a fidelidade, a honestidade, etc.
A falta dos bens temporais gera uma certa insegurança externa que pode ser suprida pela ajuda dos irmãos, pela disposição pessoal e pelo trabalho; enquanto que a falta dos bens eternos gera insegurança interior, levando a criatura humana a se afastar do seu Criador, transformando os bens passageiros em ídolos mortais, devido ao apego do coração a estes mesmos bens; ela só pode ser suprida mediante a conversão à Deus e aos irmãos na fé. Desse modo, ser pobre em espírito e verdade é buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça para que tudo o mais nos seja acrescentado. (Cf. Mt 6,24-34).
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” (Mt 5,4). “Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros e o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniqüidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.”
Existem duas espécies de sofrimentos, um causado pelas conseqüências do pecado, este não traz mérito algum para quem o padece; e o outro causado àqueles que não querem o pecado e por isso choram clamando por justiça, estes, de fato, são os consolados dessa bem-aventurança.
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5,5). Esta bem-aventurança diz respeito à herança eterna que caberá a cada justo na ressurreição dos mortos. Trata-se do corpo glorioso, imortal, pleno da natureza divina, incorruptível. Diz a Sagrada Escritura que Deus criou o homem do barro, e isto é verdade, pois a ciência moderna comprova que todos os elementos que existem na natureza também são encontrados no corpo humano. Logo, a posse a que se refere esta bem-aventurança não é algo passageiro ou fora do corpo; mas definitivo, isto é, a vida que não tem fim. É como expressa o Papa São Leão Magno: “A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranqüila e incorruptível possessão do homem interior”.
Caríssimos irmãos e irmãs, perseveremos na oração e na graça que nos é oferecida todos dias na Santa Eucaristia, porque é por meio deste Dom Eterno do Corpo e do Sangue do Senhor que participaremos da felicidade dos justos, da glória do Reino que está preparado para nós desde toda a eternidade! Assim seja!
Vem, Senhor Jesus!
Paz e Bem!
“Bem aventurados sereis...”
As bem-aventuranças, antes de tudo, são um programa de vida traçado por Jesus para aqueles que abraçaram a fé; elas também servem de modelo para toda a humanidade, pois, uma vez que somente mediante a vivência desses conselhos eternos, os homens e mulheres poderão alcançar a felicidade e a verdadeira vida em Deus. Ser bem-aventurado para Jesus é ser um feliz cumpridor dos mandamentos da Lei de Deus, é viver de acordo com sua Santa Vontade, é buscar a santidade em toda obra que faz, nas palavras que fala e no modo de ser, como testemunha do Reino de Deus.
“Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!” (Mt 5,3). Esta Bem-aventurança nos mostra que existem duas espécies de riquezas, uma dos valores temporais e outra dos valores eternos. Ela mostra também que a riqueza temporal só tem sentido quando vivida tendo como fim último a riqueza eterna. Assim, “pobre em espírito” é aquela pessoa que cultiva os valores eternos: o amor, o perdão, a bondade, a fidelidade, a honestidade, etc.
A falta dos bens temporais gera uma certa insegurança externa que pode ser suprida pela ajuda dos irmãos, pela disposição pessoal e pelo trabalho; enquanto que a falta dos bens eternos gera insegurança interior, levando a criatura humana a se afastar do seu Criador, transformando os bens passageiros em ídolos mortais, devido ao apego do coração a estes mesmos bens; ela só pode ser suprida mediante a conversão à Deus e aos irmãos na fé. Desse modo, ser pobre em espírito e verdade é buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça para que tudo o mais nos seja acrescentado. (Cf. Mt 6,24-34).
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” (Mt 5,4). “Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros e o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniqüidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.”
Existem duas espécies de sofrimentos, um causado pelas conseqüências do pecado, este não traz mérito algum para quem o padece; e o outro causado àqueles que não querem o pecado e por isso choram clamando por justiça, estes, de fato, são os consolados dessa bem-aventurança.
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” (Mt 5,5). Esta bem-aventurança diz respeito à herança eterna que caberá a cada justo na ressurreição dos mortos. Trata-se do corpo glorioso, imortal, pleno da natureza divina, incorruptível. Diz a Sagrada Escritura que Deus criou o homem do barro, e isto é verdade, pois a ciência moderna comprova que todos os elementos que existem na natureza também são encontrados no corpo humano. Logo, a posse a que se refere esta bem-aventurança não é algo passageiro ou fora do corpo; mas definitivo, isto é, a vida que não tem fim. É como expressa o Papa São Leão Magno: “A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranqüila e incorruptível possessão do homem interior”.
Caríssimos irmãos e irmãs, perseveremos na oração e na graça que nos é oferecida todos dias na Santa Eucaristia, porque é por meio deste Dom Eterno do Corpo e do Sangue do Senhor que participaremos da felicidade dos justos, da glória do Reino que está preparado para nós desde toda a eternidade! Assim seja!
Vem, Senhor Jesus!
Paz e Bem!