ENTRE DOIS ROMANCES
ENTRE DOIS ROMANCES
O nosso estimado amigo Zelito Nunes Magalhães, também conhecido pelo pseudônimo de Eça de Queiroga, escreveu para enriquecer a literatura cearense em 2002, o livro “O Romance Cearense”. Nascido em Fortaleza, Zelito Magalhães estudou as primeiras letras na Escola Reunida Arraial Glória (no bairro Piedade) e curso de humanidades no Liceu do Ceará, então de grande fama no ensino cearense. Professor, jornalista, poeta, folclorista, contista, polígrafo, conferencista, especializado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará e portador do curso de Extensão Cultural sobre o ensino da Língua e da Literatura, e curso de Comunicação Escrita pelo Conselho de educação do Ceará detém, assim, as ferramentas necessárias para traduzir no papel, todo o cabedal de conhecimentos de que é detentor. È membro de várias Academias aqui e fora do Estado e outras entidades de cultura em Fortaleza, sua terra natal. Sobre o livro de Zelito na minha lúdica impressão, pelas temáticas observadas e analisadas, sobre os anais da história do romance indianista cearense, existe uma indefinição de causar celeuma aos historiadores cearenses, e brasileiros.
Esta se resume a dois romances: “Um de Franklin Távora, os índios do Jaguaribe” e o outro “Iracema de José de Alencar”. Vejam: Os Índios do Jaguaribe foi editado em Recife, no ano de 1862, sem qualquer referência editorial. “Uma segunda edição desse belíssimo romance indianista, tirado em 1870, nas oficinas do Jornal do Recife, não passou do primeiro volume. A obra do estreante Franklin Távora mereceu do seu amigo crítico, Clóvis Beviláqua, as honrosas “palavras:” Uma vez por outra, os olhos de sua alma se volviam amorosos para o esbraseado solo cearense, ou em referência de livro destinado a outro assunto ou na intenção de erigir-lhe um afetuoso monumento de arte, como é esse poema dos Índios do Jaguaribe”. Orgulhoso d’ Os índios do Jaguaribe, com que estreava em plena mocidade. Franklin Távora envia um exemplar deste ao conterrâneo José de Alencar que, à época, já se encontrava no Rio de Janeiro, em pleno fastígio (O ponto mais elevado; cume, cumeada, pico.Posição eminente, relevante; ponto muito alto; apogeu, auge) literário, vivendo na Côrte, autor de algumas obras romanceadas, além de ter exercido o honroso cargo de Ministro da Justiça. Alencar demora a emitir sua opinião sobre o romance estreante.
O Faz por intermédio de um amigo, resumindo o parecer num dito caústico: tais índios precisam ainda de ser descascados. Três anos depois em 1865, José de Alencar lança Iracema, No meu entender quem lança primeiro um romance indianista merece o título. Deixo que os intelectuais tirem suas conclusões. Outros fatos intrigantes vão encontrar nas páginas de um livro de meu colega de profissão, e acadêmico da ALOMERCE (Academia de Letras dos Oficiais da reserva do Ceará) da qual fazemos pare com muito orgulho. O livro de José Ronald de Brito coronel da reserva remunerada o Corpo de bombeiros. Um livro de memórias: “Um relato Familiar editado pela Editora ABC Fortaleza, em 1997”. Vou colocar lenha na fogueira: na página 99 do citado livro irá encontrar essa beleza de afirmação: “A comprovação de que o fato era verdadeiro foi de imediato: o clarão que todos julgavam ser o luar emitido pelo objeto, pois somente neste instante constataram que o céu estava nublado e que uma fina neblina caía sobre os monólitos. E:- Um grande homem deste século. A:- Winston Churchill. E:- Uma grande mulher, também deste século. A:- Golda Meyer. E:- Seu astro preferido do cinema. A:- John Malkovith. E:- Sua estrela preferida. A:- Marilyn Monroe. E:- Uma coisa que você gostaria de saber. A:- Se os primeiros livros de José de Alencar foram mesmos escritos por sua mãe, daí a diferença de estilo, comparados com os subseqüentes. Minha avó que era trineta de Dona Bárbara de Alencar sempre falava isto. E:- Do que você mais se orgulha. A:- Da minha família, de ser cratense, da minha profissão e de estar entre os cinco filhos do Crato, que possuem título de cidadão Juazeirense”. Acredite, o livro está aí para confirmar a história.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO da FGF-ACADÊMICO DA ALOMERE E MEMBRO DA ACI (ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA).