Um senhor de boina verde

Hoje fui ao meu restaurante habitual, no mesmo horário de almoço corrido, quando prestei muita atenção em uma figura distinta: um senhor, já de idade, com uma boina verde. Era uma pessoa tão terna e serena que me transmitiu tanta paz e tranqüilidade, ao comer sua refeição calma e pausadamente. Era como em uma pintura, uma linda e aconchegante vista.

Naquele momento meu mundo parou por um tempo e tudo o que podia fazer foi ter uma respiração profunda e dizer para mim mesma "um minuto para descansar a mente, tome seu tempo", pois vivemos em tal pressa e temos uma vida tão estressante todos os dias que, às vezes só precisamos fazer uma pausa para ver as pessoas belas e encantadoras que estão ao nosso redor neste Planeta maravilhoso.

Às vezes nós não percebemos nem sabor da nossa comida ou o cheiro do nosso suco de fruta. Não notamos quem está do nosso lado no restaurante e nos lugares que percorremos. Não notamos que partilhamos uma mesa com alguém que está triste ou que precisa de algo, como uma palavra gentil.

Nós não percebemos até mesmo os nossos próprios sentimentos e pensamentos. Estamos trazendo paz ou conflitos para nós mesmos? Temos de estar conscientes do que está acontecendo em nosso mundo exterior, e principalmente em nosso mundo interior.

É tão importante a dizer "boa tarde" para alguém que você nem mesmo conhece. É tão amável abrir um grande sorriso para uma criança inocente na rua. É tão gentil doar o nosso lugar no metrô para uma pessoa que precisa dele mais do que a gente.

Nós esqueçamos a razão por que viemos a Terra. Algumas pessoas ainda não se deram conta disso ainda. Mas estou escrevendo este artigo para dizer claramente - é AMOR! Viemos aqui para amar as pessoas e a natureza, viemos aqui apenas para dar amor. Conseqüentemente nós recebemos amor. Se você der muito amor, você terá uma vida cheia de amor.

Obrigado meu senhor de boina verde, onde quer que esteja por estar ali presente naquele instante para eu abrir meu coração e por fazer o meu dia mais brilhante.

Simone Pitchon, Julho 2009.