Solidão, uma resposta?

Fernando Bandeira

fernandoluizbcosta@yahoo.com.br

Engenheiro e jornalista

A solidão é provocada ou acontece normalmente? Digo sim às duas perguntas. Provocamos quando agimos por impulso, quando somos intolerantes, quando nos portamos sem dignidade, quando não consideramos a família ou os amigos. Mas, quando somos atingidos pela depressão mesmo agindo de uma maneira correta, e em consequência nos isolamos ou somos isolados, qual é a resposta? Sabe-se que a depressão é causada por um desequilíbrio químico no cérebro. O que não se sabe ao certo é o que causa esse desequilíbrio. Vários fatores (biológicos, sociais e psicológicos) podem contribuir para isso, segundo alguns especialistas.

Vivemos num mundo altamente competitivo onde a ética, os valores morais são desrespeitados de uma maneira fria e calculista para se obter o que se quer. Para quem é sensível e leva a vida de uma maneira digna, irrepreensível, essas ações negativas contribuem em muito para a sua desestabilização.

O que nos poderá fortalecer contra esses valores negativos? A família, principalmente. Nela poderemos encontrar o encorajamento, a força, o conselho adequado e o caminho certo para enfrentarmos os grandes obstáculos que surgem em nossa vida. Então, o crescimento contínuo do sentimento amor terá que prevalecer sempre no seio de qualquer família que queira conviver em harmonia entre si e o mundo. É evidente que, não podemos manipular os sentimentos dos outros. Mas, só em sabermos enfrentar com dignidade os percalços da vida, já é meio caminho andado. Às vezes, perdemos o controle sobre nós mesmos. Isso tem que ser compreendido, afinal, não há ninguém que não cometa erros na vida.

Quem não gostaria de estar sempre feliz? Quem não gostaria de dominar seus impulsos em qualquer circunstância? Quem não gostaria de sempre fazer feliz quem o cerca? Todos gostariam, é evidente. Acontece que não somos robôs, não somos programados. Temos sentimento, alma (chamem do que quiser); somos de carne e osso, imperfeitos, e jamais atingiremos a perfeição como seres vulneráveis que somos.

O amor ao próximo, a vontade irrefreável de não errar, o reconhecimento de nossos limites e a superação, podem e devem contribuir com certeza para um mundo melhor, pela igualdade entre os povos de todas as cores, de todas as raças, de todas as línguas e de todos os credos.

Ame, ame sempre, este é o caminho mais curto para uma vida longa e prazerosa.