BRASIL UM PAÍS MULTILÍNGUAS

BRASIL UM PAÍS MULTILÍNGUAS

Segundo estudiosos o Brasil já teve mais de mil línguas. Hoje falamos 180 idiomas. Entre os séculos XV e XVI, mais precisamente na época do descobrimento, um total de mil línguas eram faladas no território brasiliano, que não dispunha de um nome definitivo, pois havia mudanças constantes. Com a instalação definitiva dos colonizadores, passou a ser conhecido definitivamente como Brasil. Quando os portugueses aportavam por cá, no dia 22 de abril de 1500, comandados pelo navegador Pedro Álvares Cabral, o território nacional era habitado por inúmeras tribos indígenas de culturas variadas, esse fato explica a grande diversidade lingüística. No decorrer do tempo algumas dessas línguas foram se extinguindo gradativamente, tendo como ponto primordial à matança desordenada dos silvícolas pelos povos que aqui se instalaram. Os portugueses queriam a dominação da língua lusitana aqui em nosso país. Estudo realizado pela lingüística Tânia Lobo, da Universidade Federal da Bahia (Instituto de Letras), o processo que gerou tal situação foi denominado de “Glotocídio”, ou extinção idiomática.

O pesquisador Ayron Rodrigues chegou à conclusão depois de um estudo apurado e consciencioso que na data da aportação dos lusitanos, aqui no Brasil todas as línguas faladas no território nacional são hoje separadas em vários troncos, sobressaindo-se o tupi (do qual deriva a família-guarani, com uma gama de 50 línguas e dialetos) e o macro-jê, (com mais de uma dezena de línguas e outros dialetos). A linhagem tupi e seu tronco lingüístico ainda são falados na costa brasileira. Já os macro-jê, tiveram sua repercussão maior e influência no interior do país. Segundo exegetas, os índios aimorés, se estabeleceu e se ramificou, formando um grupo litorâneo de Porto Seguro que também falava o macro-jê. Caminhando pelo viés literário, o nosso país foi se desenvolvendo e formando uma cultura diversificada tendo com causa principal, os fatores acima enunciados.

Nos dias atuais, isto é, no século XXI, O Brasil é um dos paises que possui uma grande variedade de línguas. Aqui na terrinha falam-se mais de 180 idiomas, conforme estudos dos lingüísticos de diversas instituições de ensino. Ressaltam que a grande maioria encontra-se no território Amazônico. No município de São Gabriel das Cachoeiras são faladas 22 línguas, foi lá que Gilvan Muller, atual presidente do (Instituto de Políticas Lingüísticas)- mais conhecido como Ipol, com sede no estado de Santa Catarina, consegui a façanha da co-oficialização de três línguas. A co-oficialização consiste na oficialização, isto é, tornar línguas faladas por indígenas possíveis de serem ensinadas nas escolas ou unidades de ensino brasileiras. Todos esses detalhes são possíveis de acontecer sem ferir a Carta Magna do país, a Constituição brasileira. Ressalte-se que a Constituição do Brasil só reconhece como oficial a língua portuguesa. Entre as crianças de São Gabriel, atualmente, além do português, o baniwa, o tucano e o nhengatu são estudados.

Outro fato importante e de conhecimento especifico, entre os 180 idiomas existentes no país, apenas 11 delas tem mais de cinco mil falantes, não esquecendo o português. Com um pouco mais de detalhes essas línguas são pouco conhecidas dos brasileiros e principalmente dos estudantes a baniwa, caingangue, caiapó, guajajara, makuxi, terena, ticuna, sateré-mawé, ianomâmi, xavante e guarani. Apesar da grande quantidade de línguas, existe um número considerado regular de falantes. Os portugueses que por aqui aportaram, de além mar, logo tiveram o contato com a língua dos tupinambás e passaram a falar a língua em alusão, principalmente na costa brasileira. Os jesuítas usaram-na para a catequização indígena. Além das línguas indígenas 300 línguas africanas, inclusive o banto, deixaram seu marco e várias palavras já se incorporaram à língua oficial, como: “chamego”, “dengo”, “babá”, “muxoxo”, e fazem parte de um rol de cerca de três mil já integrantes da língua portuguesa. E, de quebra ainda podemos citar o vernacular brasileiro falado principalmente por pessoas de pouca cultura. A questão da lingüística continua a despertar o interesse de um grande número de meios de comunicação impressa, inclusive revistas e periódicos de grande circulação nacional.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF).

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 06/06/2006
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