Pobre Estado!!!
Hoje em dia está se vivendo e se presenciando verdadeiros absurdos. Não se sabe quem é quem. Está um verdadeiro “samba do crioulo doido”.
Outro dia houve um assalto aos Correios e a um banco numa dessas cidades aqui do Tocantins. Foi alvejado e morto um policial que estava na ocorrência.
Um desses anos aí atrás dois juízes foram mortos. Um era corregedor de um presídio de segurança máxima no interior de São Paulo onde a organização criminosa PCC tem grande influêcia. O outro atuava em processos contra o crime organizado na cidade de Vila Velha no Espírito Santo. Na cidade do Rio de Janeiro, em São Paulo, Recife e outras megalópoles esse tipo de episódio é comum.
Até aqui tudo normal. Morrer alguém que labuta em serviço que envolve periculosidade faz parte do cotidiano.
A coisa muda de figura quando quem foi atacado, massacrado, assassinado foi um emissário do Estado. Aí sim. Chegou-se a degradação da figura Estado. Esse tipo de crime precisa acabar imediatamente. Sob pena de o Estado perder o controle, se é que já não perdeu, sobre a lei e a ordem institucional.
Quando policiais ou qualquer representante do Estado entram num embate direto ou indireto com os meliantes, estes precisam entender que ali está representado o povo, o município, o estado e a nação. Aquela farda, a identidade profissional ou mesmo o distintivo que o agente do Estado porta precisa ser respeitado e resguardado de qualquer violência. Inclusive da morte.
Precisa-se imediatamente fazer os criminosos separarem o que é o Estado sério e honesto representado por quem tem a face limpa para encará-los, e policiais corruptos, juízes e promotores bandidos que devem ter seus acertos de contas em outros momentos com seus pares. Não se pode admitir nenhuma morte, de quem quer que seja, representando honestamente o Estado, por nenhum delinqüente.
Aqueles que cometerem este tipo de dolo precisam ser exemplarmente punidos com os mais severos rigores da lei, em especial com a morte se for preciso. O Estado precisa ser respeitado por todos. Inclusive pelos inimigos da sociedade.
Se o Estado assim não o fizer estará relegado ao mais cruel dos pecados: a falta de credibilidade. E chegando a este patamar faltará pouco para ser dissolvido sumariamente. Rogo ao Grande Arquiteto do Universo que o Estado Brasileiro não se deixe chegar a este ponto.
Disse na década de 70 o criminoso carioca Lúcio Flávio: “Bandido é bandido. Polícia é polícia”. Digo eu em pleno início do século 21: “Criminoso é criminoso. O Estado é o Estado”. Assim é que o delituoso precisa entender e proceder.
Arimatéia Macêdo – www.arimateia.com