BRASIL VOLTA A CRESCER!

BRASIL VOLTA A CRESCER!

Welinton dos Santos é economista

Brasil volta a crescer, indústrias de veículos e eletrodomésticos vendem mais que o período anterior da crise.

Com a prorrogação do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, variando de acordo com o seguimento de 3 a 6 meses, dará novo fôlego a economia brasileira.

A protelação de prazo de redução do IPI da cesta de construção de mais 6 meses contribuirá ainda mais para as projeções de crescimento do setor da construção civil. Este ano será o ano da casa própria. Com inúmeros programas de incentivos tanto por órgãos públicos, como pelo aumento da oferta pelos bancos privados, com prazos que vão até 30 anos, possibilitou a inclusão de milhões de brasileiros a uma nova realidade nunca antes vista na economia nacional.

O Brasil irá crescer porque o crédito está abundante. Crédito é o motor da economia e ele ditará o ritmo do crescimento no país. Como fator de contribuição para o desenvolvimento econômico, podemos destacar a baixa das taxas de juros no mercado, diminuição da SELIC, expansão de 14% de crédito deste ano e aumento do interesse de grupos empresariais do exterior em investimentos produtivos.

O Plano Real conseguiu estabilizar a inflação e contribuiu para a criação do crédito consignado que espalhou por todos os cantos do país, permitindo aos trabalhadores de todas as faixas a programar-se melhor para adquirir novos produtos e serviços.

O seguimento de bens de capital estará recebendo um incentivo de alíquota zero de IPI para 70 máquinas e equipamentos, quanto aos caminhões foi ampliado para mais 180 dias o prazo de IPI zero e na linha branca, prorrogado de 15 de julho para 31 de outubro.

As empresas beneficiadas com as alíquotas terão o compromisso de manutenção de empregos no período.

A fabricantes de motocicletas terão o incentivo do PIS/Cofins por mais 3 meses.

Vários analistas internacionais prevêem um crescimento acima dos 4% para 2010 para a economia brasileira, mas existem alguns setores que estão retomando gradativamente suas atividades, são todos os setores ligados às exportações que representam uma parcela considerável do PIB.

Como os níveis de estoques voltaram à normalidade, indústrias anunciam contratações para o segundo semestre.

O setor de serviços e o varejista encontram-se aquecidas e várias megafusões são esperadas para os próximos meses.

Não se enganem com o panorama positivo do país, pois, a recuperação internacional é muito frágil, podendo haver novas surpresas nos próximos meses, provocados principalmente pela disputa de mercados e pelo protecionismo aplicado por alguns países, que prejudicam o comércio internacional e principalmente as exportações de todos os envolvidos.

Nossa economia está servindo como exemplo para outros países. Estamos vivendo uma solidez bancária, uma queda gradativa dos juros sobre todo o mercado e ampliação da oferta de crédito, aliada uma política relativamente democrática estável, com maior respeito internacional a partir do momento que empresta dinheiro ao FMI e outros países.

Vamos torcer para que este cenário estenda por longo período de tempo e que o país comece a recuperar o atraso de anos de investimentos, compete agora ao governo fazer o seu papel e investir mais no país, principalmente em infra-estrutura, para garantir o desenvolvimento sustentável desta nação.

Parabéns a todos os brasileiros que estão lutando para o crescimento da nossa economia.

welinton.economista@gmail.com