Floresta ou campo de guerra?
A Floresta Amazônica é uma enorme área de riquezas, plena de patrimônios naturais. No entanto, poucos recursos desses patrimônios são aproveitáveis de forma sensata, pois, para muitos, a palavra exploração tem sido sinônimo de destruição.
Quando se discute a dimensão amazônica, é comum comparar a sua área desmatada à extensão de países europeus como da Alemanha e da Inglaterra. Mas, quando se fala da divisão de terras, é freqüente a Amazônia ser comparada ao Oriente Médio, pois é um barril de pólvoras que não há ocasião certa para se exaurir devido à falta de vigilância e à ocupação desordenada nas áreas de cultivo que não saem do panfleto calunioso edificado pela política brasileira hodierna e paradoxalmente arcaica. Todo esse caos deve-se à inexistência de um sistema de exploração e divisão de terras capaz de preservar um ambiente, podendo ser desenvolvido sem desperdícios econômicos e ambientais, uma vez que a produção do ecoturismo, do extrativismo, da mineração, entre outras atividades econômicas associadas à Amazônia, depende exclusivamente da comodidade que deve ser planejada com enorme prudência.
Até hoje, pode-se dividir a floresta mais rica do planeta em três áreas: a área com títulos legais (pertencente aos latifundiários possuidores de tecnologia); a área pública demarcada (pertencente a pequenos proprietários que não possuem condições de produção), e o restante do território amazônico é a “terra de ninguém” que está à mercê dos ataques de grileiros e posseiros, os maiores personagens de uma história plena de corrupções e de falsificações de títulos de terra pela a sua posse. Outra grande personagem dessa zona de vexames é o próprio índio: é raridade ver o índio de vivendo da caça e pesca na Amazônia, muitos deles estão se associando aos próprios corruptos e até mesmo brigando por terra com pistola em punho.
Pode-se comparar a forma desastrosa como a floresta está sendo explorada e a forma como ela deveria ser explorada, e os índices dessa alarmante comparação têm deixado os ambientalistas intrigados, procurando respostas a um problema de repercussão mundial. Problemas – como queimadas, ausência de um estudo no momento de explorar as madeiras que aumenta a quantidade da matéria-prima descartada devido à derrubada de troncos ocos, vazamento de terra das minas nos rios – têm se tornado desmedidos e passados para trás até esse enigma ficar alarmante à medida que a dificuldade de resolvê-lo aumenta.
Para garantir uma exploração mais correta e usufruí-la sem danos físicos ao meio, deve-se fazer um sistema de rodízio para repouso da terra para depois serem utilizadas sem desgastar seu material orgânico; originar uma excelente infra-estrutura limpa para a realização do ecoturismo; é necessário que os frutos e plantas do extrativismo saiam já prontas para consumo, aumentando a renda local pela produção da mesma. Portanto, é de uma forma sustentável que se põe fim ao conflito quase sem conclusão.