Transformers e o Enola Gay
Assisti ao lançamento do filme "Transformers: A Vingança dos Derrotados". Um ótimo entretenimento para um final de semana com a família. Por trás dos efeitos, dos exageros e das cenas hilárias, nas entrelinhas, a eterna luta entre o bem e o mal, representados pelos Autobots e pelos Decepticons, respectivamente. A batalha acontece desde os primórdios do planeta, e seus descendentes lutaram por séculos até aos dias de hoje.
Num determinado momento do filme, deu-se uma busca por remanescentes que soubessem desvendar os sinais que levariam à fonte de energia das máquinas. Esse remanescente seria, óbvio, uma máquina, a ser procurada, lógico, num museu. A busca, então, foi iniciada no National Air and Space Museum, e, entre as aeronaves e foguetes em exposição, estava lá, imponente, com direito a um enquadramento que realçava o perfil, no qual está gravado o seu nome de batismo, o Enola Gay, o bombardeiro que lançou a morte sobre Hiroshima no fatídico 6 de agosto de 1945.
Felizmente, achou-se o remanescente Decepticon, e não era o B-29. Os “imperialistas” não culparam uma força alienígena, mesmo que numa ficção, pelo massacre atômico. Não! O mal não fora lançado por uma máquina vivente: fora o homem. Mas fica uma pequenina pulga atrás da orelha: se a máquina alienígena descoberta era um Decepticon, seria o B-29 um Autobot, aludindo a um bem feito em 1945? Enfim o bem vencera o mal?
Foi um filme interessantíssimo, um proveitoso momento de lazer!