Minha terra tem palmeiras...

A reportagem de capa do Jornal de Frutal da nossa estimada jornalista Mônica Alves que circulou neste final de semana, 30/09/01, traz uma foto comemorativa aos 114 anos de Frutal/MG. Em destaque duas belas palmeiras, por sinal, iguais as que eu via quando criança morava na roça. Fez-me lembrar, quando menino eu e meus irmãos, apanhá-las para comer a massa do fruto, amarelinha e doce. Costumava quebrar o coco e comia a castanha que era muito dura, mas muito gostosa. Coisa de criança mesmo. E sempre minha mãe notando a nossa falta. Costumava gritar, chamando para lhe ajudar em algum trabalho ou tarefa. Às vezes dizia “comer desta castanha de coco macaúba faz aparecer feridas nas pernas”. A gente pensava: feridas nas pernas já têm, então, vamos comer mais. Comia-se a massa do coco maduro e os secos quebrava para retirar a castanha no pilão para fazer uma espécie de paçoca. O pilão que era usado para descascar café, arroz, fazer canjica e farofa de carne seca, entre outras finalidades.

A foto vislumbra um ângulo muito bonito da cidade, e em destaque, a Igreja Matriz de imponente arquitetura espanhola tendo, à esquerda, a grandeza do Edifício Executivo, obra que surgiu das mentes dos engenheiros Jorge Abukater e Salomão Luiz de Freitas, aliados à pujança dos nossos Ir.: frutalense.

A cidade vista entremeada de casas e árvores resultando em um belo postal. Dentre as casas aparece também em destaque a minha, bem enfeitada pelas duas belas palmeiras, que embora pareça estar próxima, mas está do outro lado do Córrego Vertente Grande. Obra de arte do fotógrafo França. Externamos nossos parabéns à querida Frutal que aprendemos a amar. Querida Frutal muito bonita que, de qualquer lado que se fotografa, sai um belo postal. Esta querida Frutal pede a administração, para geri-la de maneira simples e objetiva, visando um futuro mais digno e promissor para nossos filhos.

José Pedroso

Publicado em 01/10/2001