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* * INCOERÊNCIA * *
Ao receber aquele telefonema, quase não acreditei no que estava ouvindo, pois se tratava de um convite para uma palestra sobre o fórum do desarmamento. A surpresa foi maior ainda quando fiquei sabendo o local da palestra: Um dos bons Ginásios Estaduais ,que havia na minha cidade. A palestra seria no salão de festas e na quarta-feira da semana seguinte.
Eu quero deixar claro que fui convidado pela diretora, por ser proprietário de uma micro-empresa que lida na área da segurança e todos sabiam que se ganhasse o SIM, na lei do desarmamento eu seria um dos beneficiados.
Mas vejam qual foi a minha maior surpresa no dia marcado, da palestra: Por determinação superior havia sido transformada em um debate. Eu d’um lado, para falar contra o desarmamento, defendendo o NÃO e do outro lado um vereador conhecido na cidade pelo seu radicalismo, mas tido e havido como grande orador. Como não tem nada que me demova das minhas convicções , fui com mais sede ao pote.
O salão estava lotado, professores, pais e alunos. Muitos ainda ficaram em pé e outros se amontoaram nos portões de entrada. A diretora fez as apresentações e eu fui sorteado para iniciar o debate.
Quando havia entrado, no salão, notei que as paredes estavam todas cheias de notas e noticias dos jornais locais e também de outros estados e cidades. Havia levado comigo alguns dados, mas resolvi não utilizá-los. Comecei minha apresentação saudando os presentes e dizendo:
- Meus caros amigos, quero deixar bem claro que não estou aqui para defender o uso das armas, mas sim , o direito de poder optar por usar ou não. Esse é o sentimento que me envolve e tenho certeza de que à todos os homens livres deste país. Desarmem os bandidos e eu me desarmo ao natural, pois não sou adepto da violência, apenas quero ter o direito a defender minha vida e da minha família e quanto a estatísticas eu nem preciso mostrá-las, pois as vi em vários recortes nas paredes. Não é necessário detalhar os aplausos recebidos.
Quando terminei minhas lucubrações, cedi a vês, ao meu oponente vereador, que se mostrou bastante indignado com o meu ponto de vista (foi quando me mostrou o seu verdadeiro caráter)e com meus argumentos. Tirando o fato de que ele só faltou dizer que uma arma sai dando tiros sem ninguém segurá-la e que são a maior causa das mortes acidentais. Ainda quis argumentar que conhecia policiais que vendiam-nas como contrabando. Bem ai ele deixou a bola picando, então me levantei :...
- Mas vereador!...O senhor como representante do povo não denunciou. Por favor, nos diga então, para que o Sr. foi eleito?
Nesse momento a vaia foi ensurdecedora e o Edil, ficando sem o que dizer, sentou-se. esperando que elas parassem e reiniciou dizendo:
- Eu, não tenho em minha casa algo que possa considerar de muito valor e se pegarem ou me roubarem podem levar,... não suporto violência!
Como a bola ficou outra vez picando, aproveitei e perguntei-lhe em alto e bom som sobre o que ele considerava de mais valor em sua residência, e ele respondeu:
- Ora, lá em casa não tem jóias, a TV é comum , meu DVD também e...
Não deixei que ele completa-se e contra-argumentei:
- Ora, ora, ...meu prezado Edil, eu pensava que na sua casa o valor maior fosse a sua família e não os bens materiais ?!
O debate terminou naquele instante, fui abraçado pelos jovens e pelos pais, pois ficou nítido que ali havia apenas uma razão: a da coerência . Os argumentos dos que nos queriam deixar expostos aos marginais o que menos continha era...coerência. Hoje está ai a prova, com os bandidos melhores armados do que a própria policia.
O RESULTADO DO PLEBISCITO TODOS SABEM ... AH! ...O VEREADOR ESTÁ LÁ POR CAUSA DA SUA LEGENDA ,MAS NÃO É COM O MEU VOTO.
* * INCOERÊNCIA * *
Ao receber aquele telefonema, quase não acreditei no que estava ouvindo, pois se tratava de um convite para uma palestra sobre o fórum do desarmamento. A surpresa foi maior ainda quando fiquei sabendo o local da palestra: Um dos bons Ginásios Estaduais ,que havia na minha cidade. A palestra seria no salão de festas e na quarta-feira da semana seguinte.
Eu quero deixar claro que fui convidado pela diretora, por ser proprietário de uma micro-empresa que lida na área da segurança e todos sabiam que se ganhasse o SIM, na lei do desarmamento eu seria um dos beneficiados.
Mas vejam qual foi a minha maior surpresa no dia marcado, da palestra: Por determinação superior havia sido transformada em um debate. Eu d’um lado, para falar contra o desarmamento, defendendo o NÃO e do outro lado um vereador conhecido na cidade pelo seu radicalismo, mas tido e havido como grande orador. Como não tem nada que me demova das minhas convicções , fui com mais sede ao pote.
O salão estava lotado, professores, pais e alunos. Muitos ainda ficaram em pé e outros se amontoaram nos portões de entrada. A diretora fez as apresentações e eu fui sorteado para iniciar o debate.
Quando havia entrado, no salão, notei que as paredes estavam todas cheias de notas e noticias dos jornais locais e também de outros estados e cidades. Havia levado comigo alguns dados, mas resolvi não utilizá-los. Comecei minha apresentação saudando os presentes e dizendo:
- Meus caros amigos, quero deixar bem claro que não estou aqui para defender o uso das armas, mas sim , o direito de poder optar por usar ou não. Esse é o sentimento que me envolve e tenho certeza de que à todos os homens livres deste país. Desarmem os bandidos e eu me desarmo ao natural, pois não sou adepto da violência, apenas quero ter o direito a defender minha vida e da minha família e quanto a estatísticas eu nem preciso mostrá-las, pois as vi em vários recortes nas paredes. Não é necessário detalhar os aplausos recebidos.
Quando terminei minhas lucubrações, cedi a vês, ao meu oponente vereador, que se mostrou bastante indignado com o meu ponto de vista (foi quando me mostrou o seu verdadeiro caráter)e com meus argumentos. Tirando o fato de que ele só faltou dizer que uma arma sai dando tiros sem ninguém segurá-la e que são a maior causa das mortes acidentais. Ainda quis argumentar que conhecia policiais que vendiam-nas como contrabando. Bem ai ele deixou a bola picando, então me levantei :...
- Mas vereador!...O senhor como representante do povo não denunciou. Por favor, nos diga então, para que o Sr. foi eleito?
Nesse momento a vaia foi ensurdecedora e o Edil, ficando sem o que dizer, sentou-se. esperando que elas parassem e reiniciou dizendo:
- Eu, não tenho em minha casa algo que possa considerar de muito valor e se pegarem ou me roubarem podem levar,... não suporto violência!
Como a bola ficou outra vez picando, aproveitei e perguntei-lhe em alto e bom som sobre o que ele considerava de mais valor em sua residência, e ele respondeu:
- Ora, lá em casa não tem jóias, a TV é comum , meu DVD também e...
Não deixei que ele completa-se e contra-argumentei:
- Ora, ora, ...meu prezado Edil, eu pensava que na sua casa o valor maior fosse a sua família e não os bens materiais ?!
O debate terminou naquele instante, fui abraçado pelos jovens e pelos pais, pois ficou nítido que ali havia apenas uma razão: a da coerência . Os argumentos dos que nos queriam deixar expostos aos marginais o que menos continha era...coerência. Hoje está ai a prova, com os bandidos melhores armados do que a própria policia.
O RESULTADO DO PLEBISCITO TODOS SABEM ... AH! ...O VEREADOR ESTÁ LÁ POR CAUSA DA SUA LEGENDA ,MAS NÃO É COM O MEU VOTO.