GOIATUBA E SUA EDUCAÇÃO - PARTE III

3.2.A Primeira escola Urbana da Vila Bananeira

Em 1.933, transfere a escola mista de 1ª classe da fazenda Bananeiras para esta vila.

A sede da escola mista de 1ª classe da fazenda Bananeiras ao ser transferida para dentro da vila, torna-se a primeira escola urbana de Goiatuba, a providencia era de ser utilizada uma das salas então chamada “casa escolar”.

Ficou transformada em escola masculina de 1ª classe a escola mista transferida da fazenda Bananeiras para esta vila. Fica também removido para o cargo nessa vila, o professor Gumercindo Pimenta que deveria ocupar a cadeira da escola masculina de 1ª classe.

O termo, “Escola Mixta” está esclarecido pela mistura de alunos tanto do sexo masculino quanto do feminino juntos em uma mesma classe.

Em pesquisa, com as pessoas mais antigas, mesmo até ex-alunos daquela época, que hoje são professores aposentados, nenhum deles souberam nos explicar essa questão. Ao depararmos com documentos relativos ao comércio, usando essa classificação, intuímos que poderia ter sido assim com as classes de alunos.

Na fazenda Santana deste município, foi nomeado o Sr. José Marques de oliveira para o cargo de professor da mesma.

No dia 10 de janeiro de 1.932, o Prefeito Francisco Evaristo de Oliveira demite o Sr. José de Araújo Moura, do cargo de professor municipal com força do Decreto Estadual nº677, por abandono de emprego, da escola mixta de (2ª) segunda classe, na fazenda Boa Vista. Pedro Arantes è trocado de cargo de secretário desta prefeitura municipal, designando para substituí-lo, o Sr. Miguel Pereira Cabral que será o novo secretário municipal, em 26 de maio de 1.932.

O Sr. Joaquim de Sousa Filho é nomeado conselheiro municipal, encarregado do expediente desta Prefeitura de Bananeiras, autorizado pelo Decreto nº33, de 21 de julho de 1.932. Atendendo a situação financeira que atravessava a Prefeitura naquela época, ele resolveu suspender até segunda ordem, as gratificações dos professores.

E também foram nomeados o Sr. Ambrolino da Costa e Augusta Sampaio como professores das escolas Estaduais mixtas da vila, respectivamente, revogando as disposições em contrários, o presente Decreto entra em vigor a partir do dia 1º de Setembro em diante, do ano de 1.932. Também o Prefeito atendeu a justa reclamação que lhe dirigiu os professores prejudicados com a suspensão da referida gratificação, abonada por essa Prefeitura.

Pelo Decreto nº69, de 14 de julho de 1.934, o prefeito Francisco Evaristo de Oliveira, desapropria um terreno urbano, demarca o local para a construção de grupo escolar e dá outras providências. Art. 1º: Fica sem efeito, as Cartas de Aforamento nº 113 e 114 de 23 de maio de 1.933, em favor do firmeiro, João Garcia Rosa e Jerônimo Garcia Rosa, de cujo terreno, ficam desapropriados desde esse momento.

Art. 2º: Depois de devidamente notificados, os referidos firmeiros, devem ser arquivados nesta Prefeitura as Cartas 113 e 114, ficando esta, obrigada a indenização pelo “desapropriamento”, que é arbitrado em 126$.000.400 ( cento e vinte e seis mil e quatrocentos reis) a cada um dos firmeiros, importância esta, correspondente às despesas feitas com o terreno pelos firmeiros. Esta importância será paga de uma só vez, devendo ser extraídas as necessárias ordem de pagamento.

Art.3º: fica escolhido e demarcado para a construção do grupo escolar nesta Villa a área acima desapropriada que fica situada entre as Ruas Goiás e Minas Gerais, e com a Frente para a Rua Paranaíba, cuja construção terá início em tempo oportuno. Art. 4º: revogam-se as disposições em contrário. O Sr. secretário a Registro e faça correr tomando as necessárias providencias.

Via-se, a necessidade da transferência das classes masculina e feminina das Zona Rural para a Villa, pelos seus moradores, dos quais não deveriam ser pessoas simples, mas pertencentes à classe social mais elevada. Ficando nas zonas rural, apenas os filhos dos agregados.

Construído ainda na gestão de Francisco Evaristo de Oliveira, denominado como Grupo Escolar Bananeiras, foi mais tarde, em 9 de agosto de 1.939, receber o nome de Grupo Escolar Dr. Laudelino Gomes, em homenagem ao médico e secretário do governador Pedro Ludovico Teixeira.

O mesmo foi também secretário do então Prefeito Francisco Evaristo de Oliveira.

O Decreto nº. 69, de 14 de julho de 1.934, promove a desapropriação, sob indenização, foi feita a “desapropriamento”, que é arbitrado o valor de 126$.000.400, o qual foi pago aos senhores João Garcia Rosa e Jerônimo Garcia Rosa, conforme foto do decreto abaixo.

A escola foi então construída nesse terreno, quanto então recebeu as classes masculinas e femininas, ambas de 1ª classe, que já havia sido transferidas da escola rural, da fazenda Bananeiras.As quais utilizavam as salas de uma casa que fora adaptada para receber os alunos da Villa, sendo que atualmente o dito prédio foi demolido e construído Comércio no ramo de panificação, (a antiga Panificadora “Multipães”).

O Prefeito Municipal de Bananeiras, Francisco Evaristo de Oliveira, usando de suas atribuições legais, no dia 15 de setembro de 1.934, transfere a escola “mixta” de (2ª) segunda classe da fazenda Santa Bárbara para o local denominado Pindayba (hoje, cidade de Joviânia). A mesma fazenda, ficou denominada Cabeceira da Rodada.

Em foto produzida na ocasião, podemos ver a praça Cel.Lucio Prado, na qual observamos 06 adolescentes, e ao fundo 03 casas, sendo a primeira da direita o prédio da primeira escola urbana, denominada na ocasião de “Casa Escolar”, ainda de esteios de madeira e janelas de tábuas.

Vê-se ao fundo da foto três casas, sendo que a 1ª escola a funcionar na Villa de Bananeiras é exatamente a que está a direita.

Foi nomeado para a escola “mixta” de (2ª) segunda classe, da fazenda Cabeceira Rodada, o Sr. Antônio Luiz Fernandes para o cargo de professor, em 15 de setembro de 1.934.

No dia 1º de outubro de 1.934, foi exonerado do cargo de professor, Sr. Gumercindo Pimenta da escola masculina de (1ª) primeira classe desta vila, por ter aceitado outra cadeira na escola estadual.

No dia 30 de novembro de 1.934, o prefeito, no uso de suas atribuições legais, resolve, a pedido, exonerar o cidadão Luiz Vieira Guimarães do cargo de professor da escola “mixta” de (2ª) segunda classe da fazenda Santana.

Em 1º de abril de 1.935, foram iniciados os trabalhos escolares desta villa. O professor interino, Gumercindo Pimenta assumiu a cadeira da secretaria da Educação juntamente com a Senhora Silvarina Andrade de Oliveira, mas por se encontrar ausente, foi substituída pelo Sr. Leonel Francisco de Brito que era efetivo da prefeitura. Devido ao excesso de matrículas, 55 do sexo masculino e 42 do sexo feminino e ainda deficiência das salas, determinei aos professores que dividissem os alunos em dois turmas, nos seguintes horários: 7: 30 horas ás 10 horas da manhã para 3ª e 4ª classes, e das 11 horas ás 15 horas, para 1ª e 2ª classes.

O argumento de horas de trabalho dos professores, seria compensado pela elevação da 2ª classe para a 1ª classe. Tendo assumido este compromisso, venho pleitear perante a Vexa, a classificação das escolas desta villa em primeira classe fazendo justiça aos esforços despendidos pelos professores a bem do ensino.

Em 10 de abril de 1.935, foi nomeado através do decreto nº 75 da mesma data, como secretário da prefeitura, o Sr. Fritz Wilkeno.

Pelo decreto nº 78, de 24 de julho de 1.935, foi nomeado para professor da escola Fazenda Santa Bárbara, o Sr. José Ferreira Cunha. As primeiras eleições realizadas no município foram no dia 12 de dezembro de 1.935, sendo eleitos os primeiros membros da Câmara Municipal, que foram:

José Maria Afonso Filho, José Caetano Borges, José Clemente de Sousa,Miguel Pereira Cabral, Francisco de Oliveira Marques,Álvaro Xavier de Almeida e Celso Marques.

3.3.Decreto Estadual de 14 de abril de 1936.

Em Decreto datado de 14 de Abril de 1936, o Sr. Governador Pedro Ludovido Teixeira, determina:

O Exa. Sr. Diretor do interior de Goiânia.

Comunico V.Excia para os devido fins que nesta villa, designando interinamente as mesmas listas de acordo com o telegrama, Dr. Governador deste Estado, no dia 2 de março de 1.936, para a Diretora e professores.

Portaria numero 16, nomeia a profa. Carlota de Andrade Marques pra diretora do “Grupo Escolar” Grupo Escolar de Bananeiras – 1ª Escola Pública a funcionar em prédio próprio. Iniciou suas atividades em 1.936, porém só teve sua inauguração oficial decretada pelo então Prefeito Glicério Cunha na fria manhã de 9 de agosto de 1.939 (foi inaugurado com o cognome de Grupo Escolar”.

O Grupo Escolar, manteve o nome de Grupo Escolar, tendo posteriormente alterada sua denominação para Grupo Escolar Dr. Laudelino Gomes, do qual vimos abaixo uma foto de alunos, os quais podemos observar tratar-se já de uma sala mista.

3.4.Portarias Municipais nomeias os primeiros educadores do Grupo escolar.

As portarias dão rumo a estruturação do quadro docente, como se vê:

a) Portaria numero 17, nomeia a Profa. Célia de Andrade Marques para professora do grupo escolar .

b) Portaria numero 18, nomeia o professor Geraldo Gonçalves Moreira para professor do grupo escolar.

Em 22 de maio de 1936 as referidas nomeadas, prestaram compromisso e entrarem em exercício como Professoras do grupo Escolar de Bananeiras.

Em 26 de maio de 1936.O Sr. Diretor Geral do Interior de Goiânia.Respeitosamente venho comunicar a V.Ex que esta prefeitura atendendo ao apelo da Cruzada Nacional de Educação de Rio de Janeiro e as necessidades de difundir o ensino rural, e instalada no dia 13 do corrente ano, uma escola noturno mixta com sede no grupo escolar desta Villa, havendo possibilidade entre o grupo e a escola, designei para dirigir o curso noturno, o professor André Severino Leal, do Grupo Escolar desta.

O ano de 1.936, foi marcado pelas mudanças e implementação de escolas, criando melhores condições para os alunos de todos os níveis. Foi criada escolas noturnas na Villa para os trabalhadores que não podiam freqüentar as aulas em horários regulares, o número de analfabetos era muito grande, assim criou-se a escola noturna de classificação “mixta”, cumprindo o que chamavam de Cruzada Nacional de Educação.

De acordo com ofícios enviados ás autoridades governamentais, observa-se a preocupação em difundir o ensino tanto rural quanto urbano para satisfazer as necessidades no campo do aprendizado daquela população tão carente de saber e tão distante economicamente, dos meios de aprendizado, mas ainda bem que surgiram homens para deixar exemplos de dedicação ao processo educativo como Vargas e braços fortes como Francisco Evaristo de Oliveira, que não mediram esforços para dar um mínimo de oportunidades aos cidadãos bananeirenses, da villa e da zona rural.

Diante do exposto, pelo então prefeito Francisco Evaristo de Oliveira, do qual se dedicou para garantir o ensino direcionado a todas as classes sociais, principalmente à classe trabalhadora da zona rural, e não mediu esforços para atingir seus objetivos, esteve sempre mais próximo da administração estadual na busca dos recursos para esse fim.

A partir do dia 13 de junho de 1.938, toma posso então o novo prefeito, Sr. Durval Pereira para um mandato de menos de um ano, até 4 de junho de 1.939. Dotado de certa cultura, dispensou grande ajuda ao ensino primário, pois também era professor e compôs um hino homenageando Goiatuba. Na sua Gestão providenciou o levantamento topográfico da cidade, trocou o nome da rua Goiás para Av. Presidente Getúlio Dorrneles Vargas, mudou o nome de Bananeiras para Goiatuba e por esse motivo sofreu várias críticas dos políticos da época inclusive noticiários de jornal do Rio de Janeiro por Guilherme Xavier de Almeida que era deputado federal por Goiás. Estava escrito em uma página com o título: “Goiatuba, isso é nome que se dá a uma cidade”? o Sr. Durval ainda sofreu sobre outros comentários como o de Vasco dos Reis, então secretário de Pedro Ludovico à época que disse: “ De Bananeiras para Goiatuba é o mesmo que de banana para goiaba, que é uma fruta muito pior”.

Quando foi sugerido o nome de Goiatuba, outros nomes também foram indicados tais como: Brasília, Itápolis, Goiaçu (sobre esse nome surgiram duvidas e não foi bem aceito pois alguém observara o perigo de serem denominados de goiaçuinos). Ainda em sua gestão, o Professor Durval Pereira organizou o mapa do município e comprou a Ponte Afonso Arantes, sobre o Rio Meia Ponte e liberou o trânsito para o público.

Em 5 de julho de 1.939, tomou posse o Sr Glicério Cunha que ficou no poder até 30 de agosto de 1.942. Dentre seus feitos podemos citar a construção do primeiro campo de pouso para pequenas aeronaves como os tradicionais teco-tecos, criou o Aeroclube de Goiatuba, incentivado pelo jornalista Assis Chateaubriand, conseguiu, através da aviação civil , um avião teco-teco para o treinamento de vários pilotos. Também promoveu as festas de barraquinhas e os carnavais no Grupo Escola Laudelino Gomes.

Em 1942, em plena Segunda Guerra mundial, toma posse o 4º. Prefeito municipal de Goiatuba, Sr. Orlando Borges Junior, ainda nomeado pelo Sr. Governador do Estão de Goiás;

Foi empossado em substituição ao Sr. Durval Pereira, o Sr. Orlando Borges Junior, sobrinho do interventor estadual Pedro Ludovico Teixeira, para um mandato de 31 de outubro de 1.942 a outubro de 1.945. Alguns de seus atos em destaque podemos citar: Fixação do quadro da divisão judiciária, passando Goiatuba à categoria de cidade, pelo decreto Lei nº. 8.305 de 31 de dezembro de 1.943. Quanto ao ensino, não foi notado nada além da conservação dos projetos deixados pelos prefeitos anteriores.

A posse do Sr. Hélio Araújo se deu em novembro de 1.945, ficando no poder até março de 1.946, sem deixar algo que possa ser notado, além dos projetos que foram deixados pelos prefeitos anteriores. Este, assumiu a prefeitura com a queda de Vargas do poder e era genro do poeta goiano Leo Lince.

Ao final do mandato do Prefeito Helio Araújo, toma posse como o 6º. Prefeito municipal de Goiatuba o Sr. Antônio Farias foi nomeado em de 27 de fevereiro de 1.946, deixando o poder em 1.947,

O Sr. Antônio Farias foi nomeado em de 27 de fevereiro de 1.946, deixando o poder em 1.947, também ficou sem destaques para a área de ensino e outros projetos sociais.

Em 1.947 é nomeado prefeito o Sr. Joaquim José de Barros que ficou frente á prefeitura até 1.948. Passou a representar o Partido da UDN em Goiatuba, dispensou proteção ao ensino rural, deu atenção à iluminação pública para facilitar o tráfego das pessoas durante a noite e abriu a estrada que liga Goiatuba á Região da Mata Preta.

O 8º. Prefeito municipal de Goiatuba foi o Sr. Francisco Evaristo de Oliveira, que depois de uma gestão de sucesso, retorna ao paço municipal Goiatubense em 1948 por voto direto após o termino da 2ª. Guerra mundial.

Em 1.948, é eleito pela legenda do antigo PSD, o Sr. Francisco Evaristo de Oliveira sobe ao poder e dá continuidade às obras anteriores, dentre as quais podemos citar , calçamento de ruas, encascalhamento de várias estradas, encomendou novo traçado para as ruas da cidade, dando nomes de rios ás ruas no sentido Norte/Sul e de Estados brasileiros às que estão no sentido Leste/Oeste, iniciou o calçamento das ruas da cidade e adquiriu tratores para a prefeitura.

Nesse mandato foi construído o primeiro Ginásio Estadual.

O 2º. mandato Sr. Francisco Evaristo de Oliveira, de durou até 1.951, sendo então sucedido pelo Sr. José Maria Afonso Filho

O Sr. José Maria Afonso Filho é eleito pelo voto livre e direto em 1.951, e fica no poder até 1.955, período do qual houve muitas mudanças e progresso para essa cidade. Principais obras: Compra de um novo gerador de energia para suprir as necessidades da população, criou escolas rurais pela Lei nº. 956 de 13 de novembro de 1.953,

Em 03 de outubro de 1.954, foi eleito pelo voto livre e direto, o Sr. Antonio Rodrigues de Freitas e tomou posse em 31 de janeiro de 1.955. Deu prosseguimento a muitas obras de seu antecessor e teve de deixar o poder antes do término, por motivos de força maior e assumiu em seu lugar o então presidente da Câmara. Quanto ao ensino, se sabe que deu apoio total aos projetos anteriores.

Obrigado a assumir a prefeitura, o Sr. José Martins de Paula ficou no poder por pouco tempo em substituição ao Sr.Antônio Rodrigues de Freitas, mas pode se notar a abertura da Rua Amazonas em seu curto tempo de mandato.

Em 1.958, entra novamente, pela terceira vez na prefeitura, o Sr: Francisco Evaristo de Oliveira, que deu muito apoio ao ensino primário e durante seu governo criou escolas como Grupo Escolar Pio XII, iniciou as obras do Passo Municipal, com auxílio do governo estadual, fez abertura de estradas que liga Goiatuba à BR-153; trouxe a sub-estação elétrica ( Cachoeira Dourada). Francisco Evaristo era conhecido como Sr. Quinho, carinhosamente chamado por todos. Seu mandato durou até 1.960.

Como passos fundamentais de nossa pesquisa, foi promovida entrevista com personagens que vivenciaram alguns fatos do passado, em especial nesse caso, foi entrevistado o Professor Advair Carmo Menezes, professor com formação em pedagogia, história, e Pós Graduação em Orientação Educacional e Administração educacional pela Universidade Salgado de Oliveira, que relata fatos vividos em sua vida escolar primária, como transcreve:

Contextualizando:

Alguns fatos históricos são mencionados pelo personagem contemporâneo desse período, do qual nos relata algumas características do ensino aplicado ( e com muito rigor) pelos “mestres”, que atuavam como professores. “Iniciei meus estudos de alfabetização aos 8 anos de idade”- diz o Sr. Advair Carmo Menezes- e continua: estudávamos das 9 horas da manhã às 16 horas. com intervalo de 30 minutos para um lanche, que quase sempre era uma marmita com arroz e feijão. O primeiro passo era conhecer as letras do ABC. O segundo passo era saber fazer a junção das consoantes com as vogais e formar palavras. Esse primeiro processo, acredito que levei uns 40 dias para aprender ou compreender as letras do famoso ABC. Escrito em uma folha de caderno, um tanto amarelada, dispostas em ordem, a partir do A, ia eu tentando decorar quem era quem. Sempre passando o dedo indicador sobre as letras, em pouco tempo o frágil papel aparecia com sinais de degradação( furinhos), dos quais me preocupavam, pois, teria que pedir alguém para escrever tudo novamente. A terceira etapa, era ler a Cartilha Sodré, onde poderia ver as lições intituladas “A ÁRVORE”. IVO VÊ o ÔVO e uma infinidade de lições que demorei muito pra decorar. Quanto à tabuada, nós estudávamos aos sábados e era muito dolorido, pois nesse dia tinha a tal “sabatina”, perguntas do “professor” e respostas nossas. Quem errasse tomava um “bolo”, palmatorada na mão. A “palmatória” era um instrumento feito de madeira onde uma das bordas era arredondada e do outro, um cabo, do lado arredondado é que se batia na mão do aluno que errasse na resposta. Não se fazia perguntas ao “professor,” ouvia-se tudo sempre consentindo com o que era dito. Qualquer deslize do aluno, o professor podia dar castigos como ficar de joelhos por um bom tempo ou mesmo podendo receber açoites de varas que sempre estavam à disposição por trás da porta. Essas ações dos “professores” eram endossadas pelos próprios pais, que recomendava rigor diante de qualquer ato de indisciplina perante o “mestre”. Nosso período de escola, era apenas durante 4 meses ao ano,junho, julho agosto e setembro, período da entre-safra. Outubro era época do plantio e meu pai precisava da mão-de-obra familiar para a preparação e plantio da “roça”.

Em 1.961. toma posse o Sr. Dr. Joaquim Rosendo Pinto Filho, eleito pelo voto direto e livre. Durante seu governo houve muitas melhorias que citaremos a seguir: Organização do Plano Diretor e Projetos de serviço de saneamento, água e esgoto, construção dos Armazéns e Silos da Casego, instalação do serviço de telefonia, Posto de vendas S.A.P.S.( gêneros alimentícios), construção da Delegacia Regional de Segurança Pública( hoje delegacia de polícia),Conclusão do Passo Municipal, iniciou a construção do Colégio Estadual de Goiatuba, Grupo Escolar Maria Estivalet Teixeira ,Grupo Escolar Manoel Vicente Rosa, Deu grande impulso às atividades artísticas e literárias na cidade, equipou a prefeitura com todo o maquinário e recebeu todo apoio do então governador Mauro Borges.

A sociedade goiatubense ficou muito agradecida pela ampliação da rede de ensino com a criação das escolas acima mencionadas, que se mostra até hoje, sua relevância para a população. Segundo alguns moradores mais antigos,contemporâneos da época, que “a cidade ganhou novos ares pelo esplendor que as escolas traziam aos alunos.” Dr. Airton Sebastião Alla ficou interinamente no cargo de prefeito no último ano.

Em 31 de janeiro de 1.966, sobe ao poder o Sr. Divino Garcia Rosa, o qual governou até 1.970, quando de seu mandato pode se destacar várias obras.

Fez a conclusão do Colégio Estadual de Goiatuba, remodelação da Praça Lúcio Prado com sonorização e fonte luminosa, asfaltamento de ruas, construção da Vila Esperança e o Grupo escolar Ministro Alfredo Nasser e reformando vários outros com ajuda governamental estadual; e finalmente, a construção do Estádio Municipal que leva seu nome e é conhecido por todos como “ DIVINÂO”; incentivou o ensino de 1º e 2º graus.

Construiu inúmeras escolas rurais. Seu mandato durou até 1.970.

Na gestão do Prefeito, Divino Garcia Rosa, após uma negociação o terreno foi adquirido e doado ao Estado, onde então foi construída a sede do Colégio Estadual de Goiatuba, onde funciona até hoje.

Colégio Estadual de Goiatuba, criado pela Lei estadual nº.3.037, de 26 de outubro de 1968, passando a ser um dos centros de ensino mais modernos da região. Embora tenha sido concluído e inaugurado seu prédio novo, onde permanece até os dias de hoje, ele vem do antigo Ginásio Estadual de Goiatuba, que teve sua obra iniciada em 1.950 na Rua Piauí, e teve como Diretor o Prof. Geraldo Gonçalo da Costa.

Sebastião Vicente Rosa é eleito nas eleições de outubro de 69, e toma posse em 31 de janeiro de 1.970, para um mandato um tanto tumultuado por ser oposição da época ao governo estadual.

Porém, em seu governo, realizou muitas obras de relevância para a comunidade goiatubense, construiu estradas municipais; deu continuação do serviço de tratamento de água e esgoto,término dos vestiários do Estádio Municipal, campo de pouso para aviação agrícola no Distrito de Porteirão,construção de várias escolas municipais, torres de recepção de som e imagem de televisão e sua obra-prima que foi o moderno Matadouro Municipal.

Foi o segundo prefeito nascido em Goiatuba e neto do então fundador de Goiatuba, Manuel Vicente Rosa. Na sua gestão, também adquiriu muitas máquinas saneou as finanças do município q a tempos estavam abaladas, construiu uma quadra de esportes no Colégio Estadual. Um de seus grandes méritos, é ser um grande pacificador político. è até hoje chamado carinhosamente de “DONDOM” por todos que o conhecem.

Em 1.973, toma posse o Sr. Cloves Rodrigo do Valle e sua gestão enumeram-se varias obras, como se enumera. Pode-se citar como de grande relevância para a comunidade: asfaltamento das avenidas presidente Vargas, Amazonas e Minas Gerais; recuperação do prédio da Delegacia de polícia; construção da Rodoviária; Pode-se citar como de grande relevância para a comunidade: asfaltamento das avenidas presidente Vargas, Amazonas e Minas Gerais; recuperação do prédio da Delegacia de polícia;construção da Rodoviária; construção da ponte sobre o Rio dos Bois que facilitou o escoamento da produção daquela região; construção das praças da Bandeira, Moacir Gomes de Ferreira e Francisco Evaristo de Oliveira na Estação Rodoviária;

E ainda, reformou e ampliou o Grupo Escolar Laudelino Gomes; implementou reformas no Colégio Estadual de Goiatuba; além de muitas outras obras de relevância, foi também grande protetor do ensino, concedendo muitas bolsas de estudos aos alunos mais carentes para estudar em escolas particulares bastantes renomadas do município como o estinto Colégio Poligonal. Entre outras obras, a construção das Praças Laudelino Gomes e José Martins de Paula e o Parque Agropecuário. Seu mandato foi até 31 de janeiro de 1.976.

Também eleito pelo voto direto e livre, foi eleito em outubro de 1.975, o Sr. Ronaldo Vieira dos Santos e tomou posse em 31 de janeiro de 1.976 até janeiro de 1.983.

Durante sua gestão destacou as obras de asfaltamento da cidade, a construção do Ginásio de Esportes Clarimundo Vieira dos Santos e Cemitério Jardim das Acácias e dispensou grande atenção ao ensino e a cultura.

Foi ainda jovem eleito e construiu marcos históricos para Goiatuba, como o Ginásio de Esportes onde realizou e ainda realiza grandes eventos.

Teve sua morte trágica em um acidente de transito ocorrido na BR 153 próximo de Alexania, quando no veículo também estava o Divininho funcionário antigo da prefeitura.

A Escola Estadual Ministro Alfredo Nasser foi criada pela Lei nº. 8.408, de 19 de janeiro de 1.978, também na gestão do prefeito Divino Garcia Rosa, através de recursos do Governo Estadual, com ensino nas primeiras séries iniciais do ensino fundamental

A Escola Estadual Ministro Alfredo Nasser, foi inaugurada na gestão de Ronaldo Vieira dos Santos e é até hoje um marco na educação de Goiatuba

Escola Municipal Maria de Lourdes Estivalet Teixeira (antes denominado de Jardim de infância) Lei de Criação nº 8.408 de 19 de janeiro de 1.978, teve como primeira diretora ainda em 1978, a Professora Zélia de Oliveira Rosendo, viúva do ex prefeito Joaquim Rosendo Pinto Filho, ainda sob a denominação de Jardim.

Em 2001, através do Decreto Lei 1.892/01 de 24 de abril de 2001, passou a chamar Escola Municipal Maria de Lourdes Estivalet Teixeira.

Escola Estadual Jerônimo Carlos do Prado, Lei de criação 8.408 de 19 de janeiro de 1978 e pela Portaria 3466/98 de 30 de novembro de 1998 passa a denominar-se Colégio Jerônimo Carlos do Prado.

Em documentos fornecidos pela Subsecretaria Estadual de Educação consta que seu primeiro Diretor foi a Profa. Vanda de Alcântara, onde funcionou também a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba, antes de construir sua sede própria, e atualmente após grande reforma e ampliação, funciona ali o Centro de Profissionalização de Goiatuba.

Ainda em seu governo, é concluída algumas obras ligadas a educação, além da construção de outra como a construção do segundo pavilhão do Colégio Estadual e ainda a construção da Escola Municipal José de Anchieta como se vê.:

Escola Estadual Especial São Francisco de Assis – Lei de Criação 10.772 de 17 de Maio de 1.989, Teve como sua primeira Diretora a Prof. Eutânia Filgueira da Silva nomeada pela Portaria 7.073 de 29 de julho de 1.985.

A Escola Municipal José de Anchieta em povoado de Venda Seca, cuja lei de criação foi a nº. 579/ 77 de 1º de julho de 1.977, na gestão de Ronaldo Vieira dos Santos.

Além das construções e inaugurações feitas pelo Poder Público Municipal, na gestão do Prefeito Ronaldo Vieira dos Santos, foi inaugurado ainda o grupo Escolar Manoel Vicente Rosa, que se trata de escola estadual, porém que se estabeleceu graças ao empenho do gestor municipal.

Grupo Escolar Manoel Vicente Rosa, criado pela Lei Estadual nº. 8.408 de 19 de Janeiro de 1.978, com as séries de 1ª a 4ª do ensino fundamental.

Primeira diretora, Prof. Giselda Borges de Freitas ( esposa do Sr. Geraldo de Freitas).

O Colégio Estadual Orcalino Fernandes Evangelista, foi inaugurado em 1.981 na Administração de Ronaldo Vieira dos Santos, o município recebeu a doação por parte do Sr. Ronaldo Vieira dos Santos, de área para a construção de uma escola. A qual foi inaugurada em jan. de 1.985 com o nome de Colégio Estadual Orcalino Fernandes Evangelista, criado pela Lei 9.977 de 14 janeiro de 1.986, sendo sua primeira Dir. a Professora Leila de Oliveira.

O Sr. Jairo Borges de Oliveira, toma posse em 1.983, para um mandato de 4 anos depois se estendendo seu pleito por mais 2 anos. Seu mandato foi marcado por grandes feitos principalmente na área social.

Também construiu um colégio e campo de futebol no Distrito de Porteirão; término do Ginásio de Esportes e Cemitério Jardim das Acácias; quadra de esportes polivalente; Vila Mutirão; iluminação de várias quadras de esportes; doou uniformes para a Banda do Colégio Estadual; ampliação da Escola Noêmia de Castilho no Setor Bananeiras; incentivou a criação do Centro de Tradição e Cultura de Goiatuba e também a criação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba com dois cursos, Pedagogia e Administração com 50 vagas a cada curso, no final de seu mandato em 88.

Seu governo foi de grande relevância com a construção e implementação de obras como a construção do prédio e funcionamento do SUS.

OZANA ALVES SANTOS
Enviado por OZANA ALVES SANTOS em 29/06/2009
Código do texto: T1672987