JACQUES BRELL?
Un cri.
Une déchirure.
Une désespérance optimiste.
Une fraternité douloureuse.
Un écorché vif.
Un rebelle tendre .
UM GRITO.
ALGO QUE SE RASGA.
UMA DESESPERANÇA OPTIMISTA.
UMA FRATERNIDADE DOLOROSA.
UM APRISIONADO VIVO
UM REBELDE TERNO
NASCIDO EM BRUXELAS NUMA FAMÍLIA DE INDUSTRIAIS, JACQUES BRELL
INTERESSA-SE MUITO CEDO PELA CANÇÃO E VAI PARA PARIS EM 1953.
ESTREIA-SE NO TEATRO TROIS-BAUDETS.
GRAVA ALGUNS DISCOS, MAS CONTINUA PRÁTICAMENTE DESCONHECIDO
ATÉ 1957.
O SUCESSO DE QUANDO NÃO SE TEM SENÃO UM AMOR ASSEGURA-LHE ENTÃO UM CERTO
PÚBLICO, DE UMA COLORAÇÃO CATÓLICA QUE SE ENCONTRA NAS GRANDES
TENDÊNCIAS DAS SUAS CANÇÕES: A AMIZADE, A FRATERNIDADE...
VAI AOS POUCOS MARCANDO AS SUAS DISTÂNCIAS EM RELAÇÃO
A ESTA PRIMEIRA INSPIRAÇÃO;
SE CONTINUA FIEL AO TEMA DA AMIZADE (JEF),
PASSA LENTAMENTE DE UM AMOR IDEALIZADO A UMA SÓLIDA MISOGENIA
(AS BICHAS), DO DEÍSMO AO ANTI CLERICALISMO
(AS HÓSTIAS, NA MINHA ÚLTIMA REFEIÇÃO) E DE UMA CERTA
MORDACIDADE A UM ANTI CONFORMISMO QUE IRÁ CRESCENDO
(OS BURGUESES, O MORIBUNDO). GRANDES SUCESSOS COROAM A SUA CARREIRA:
A VALSA A MIL TEMPOS (1959), OS BURGUESES (1961),
AMESTERDAM (1965).
A SUA OBRA NÃO SE DESTINGUE PARTICULARMENTE PELA BUSCA MELÓDICA,
BRILHA SOBRETUDO PELA CIÊNCIA DO TEXTO E DO JOGO DE PALAVRAS
QUE FUNCIONA ESSENCIALMENTE
SOBRE O PRINCÍPIO DAS OPOSIÇÕES BINÁRIAS
(O NEGRO E O BRANCO, OS PARES MINIMALISTAS APROXIMATIVOS)
E SOBRE UMA CERTA PREDILECÇÃO PELO NEOLOGISMO.
MAS É EM CENA QUE BRELL ARREBATA SOBRETUDO, TRAZENDO
ÀS SUAS CANÇÕES UMA NOVA DIMENSÃO,
GESTUAL, GRAÇAS A UM TRABALHO DE EXPRESSÃO
MINUCIOSAMENTE PREPARADO.
JACQUES BRELL DEIXOU A CENA EM 1967, DEPOIS DE TER INTREPRETADO
UMA COMÉDIA MUSICAL (O HOMEM DE LA MANCHA),
PARA SE CONSAGRAR AO CINEMA.
CONTINUA ENTRETANTO A GRAVAR OU A REGRAVAR
CANÇÕES (VESÚVIO, 1968; A INFÂNCIA, 1973).
APÓS QUATRO ANOS "EM RETIRO" NAS ILHAS MARQUISES, GRAVA
EM 1977 UM ÁLBUM QUE REUNE TODOS OS TEMAS DA SUA OBRA
A AMIIZADE, A MISOGENIA, A MORTE E A GENEROSIDADE.
JACQUES BRELL LEVOU PARALELAMENTE UMA CARREIRA DE ACTOR.
(Mon Oncle Benjamin, de Molinaro; Les Risques du métier, de Cayatte)
E DE REALIZADOR (Franz, 1972).
BIOGRAFIA DA "ENCICLOPÉDIA UNIVERSALIS", QUE ENCONTREI NO ENDEREÇO http://membres.lycos.fr/herweb/brel0.htm
aconselho ainda o site
http://www.geocities.com/brelsite/
Maria Petronilho