A desgraça do mundo sempre foi e sempre será a inveja; as pessoas nascem e são jogadas a própria sorte num mundo desumano, imundo, satírico, escarninho, cáustico e bestial. Não basta ter o dom da vida para se considerar forte e com sortudo, precisa-se cobiçar, falar mal, destruir e invejar o que poucos conseguiram para se poder crer que se pode alcançar o mesmo conteúdo.
Vejam o exemplo dos estudantes de direito de hoje; os pobres coitados fazem um vestibular inútil que não seleciona nada e não elege ninguém, onde a melhor colocação é para quem pode pagar (exceto em raras universidades). Estes pobres sonhadores fazem quatro, cinco anos de um curso quase à distância (mesmo sendo presencial a maioria está sempre no mundo da lua), pagando uma miséria que nem sempre têm condição de pagar e quando se formam (?), quando finalmente colocam as mãos num canudo contendo um pedaço de papel que não lhes concede nenhum benefício, nenhuma prerrogativa, se imaginam sendo juízes, promotores, delegados, quiçá ministros do Supremo.
Esta gente guerreira, mas que não sabem bem ao certo em que guerra eles ingressaram, quando finalmente são reconhecidos por bacharéis em direito, são postos mais uma vez a própria sorte para conseguirem comprar o pão de cada dia, pagar o ônibus que os levem de volta pra casa ou quando o luxo consegue lhe bater a porta, conseguem comprar uma cerveja Colônia gelada no boteco da esquina para comemorar alguma conquista de um emprego de vendedor.
Quando a sorte é grande, alguns poucos conseguem ser advogado, e outros, em menor número ainda, se transformam em delegados, promotores, procuradores. 1 em cada 5 mil consegue uma vaga num concurso da magistratura e 1 em 100 mil, consegue se tornar Ministro; esta é a regra e não podemos dizer que ela é cruel ou insensata porque uma pátria não pode haver mais cargos relevantes, de decisão, do que povo; o problema é que alguns que jamais conseguiram sequer sair da 8ª série, compraram um diploma do supletivo e estão num empreguinho qualquer, passa a ter inveja de quem batalhou, estudou, passou dificuldades e conseguiu um cargo público; esta porcaria de inveja é que está matando a todos.
Quando alguém se torna magistrado é um acontecimento único e precisa ser comemorado; alguns fazem da carreira um acarpeto de benefícios para seu país, mas alguns poucos maculam a imagem de toda a instituição judiciária, quando deveriam estar apenas eles com as imagens maculadas; da mesma forma que existem maus garis, maus vendedores e maus presidentes de república, existem os maus juízes; isso também é comum. O que eu não posso deixar de confessar é que alguns são mais destacados do que outros, alguns são polêmicos e outros, mesmo no ápice de suas honras, se fazem indolentes e expungidos perante a grande mídia.
Ser juiz no Brasil é uma desgraça; se manda prender o galã da novela, é porque é insensível; se manda soltar o ladrão que já cumpriu a pena, é porque é ladrão também; se delibera as atribuições para um colega julgar, é porque tem medo e se age com rispidez e respaldado na Lei, é porque tá com raiva de algo pessoal. Perdoe-me os leitores, mas se isso não for ignorância, com certeza é inveja!
Eu me recordo da fúria do povo diante do caso Nicolau dos Santos Neto; depois dele o rótulo “juiz ladrão” virou modismo; era um pecado mortal naquela época ser identificado como magistrado; tudo isso porque um escroque, que nem era juiz de carreira, participou de um dos maiores esquemas de desvio de dinheiro público do judiciário brasileiro, mas a grana que Nicolau desviou do TRT de SP foi muito aquém do que é desviado todos os anos em tantos outros lugares desta nação pobre de espírito. O que acabei de citar não quer dizer que eu concorde com Nicolau, muito menos com qualquer outro tipo de desvio, mas não podemos atacar a JUSTIÇA por conta de um ou outro salafrário.
A bola da vez agora é o Ministro Presidente do STF Gilmar Mendes; imprensa, povo, jornalistas, mortos, surdos, cegos, mudos, estrangeiros e blogueiros atacam a imagem de uma pessoa que jamais foi acusado de nada. Ninguém em sã consciência até hoje acusou formalmente Gilmar Mendes de qualquer situação que desabonasse o seu procedimento como homem público; todas as acusações aziagas suscitadas por todas as páginas da internet contra o Ministro Gilmar Mendes, caso tivessem qualquer fundamento de verdade, com certeza já teriam provocado a cassação e exoneração de seu cargo. Imprensa, povo, advogados e alguns dos próprios pares de Gilmar Mendes apenas entraram na onda de satisfazer o ego e os ouvidos dos ignorantes e para fabricarem oportunidades de aparecerem nos horários nobres da imprensa.
O mesmo eu afirmo do Magistrado Federal Ali Mazloum que foi brutalmente acusado até de formação de quadrilha, quase foi preso como o seu colega João Carlos Rocha Mattos, mas que conseguiu livrar-se por meios legais de todas as acusações; deu a volta por cima e hoje ocupa uma posição que dantes já lhe pertencia por direito e merecimento. Ali e seu irmão Cassem Mazloum foram execrados, quase queimados como Judas após uma operação por nome de serpente e agora, por ironia do destino, volta a estar no olho do furacão, apenas por ter aceitado uma denúncia contra o delegado Federal Protógenes Queiroz, aquele que prendeu Daniel Dantas e que demudou de Batman para Charada em uma fração de instante.
Definitivamente eu não tenho nenhuma procuração formal ou informal para defender o Magistrado Federal Ali Mazloum ou o Ministro Gilmar Mendes, muito menos qualquer tipo de rancor, mágoa ou sentimento similar que me permita desferir qualquer tipo de ataque a qualquer membro de imprensa, mas o estardalhaço que fizeram na Operação Anaconda foi como pólvora chinesa no ano novo; deu muito brilho, mas não feriu nem queimou ninguém; aliás, queimou apenas a imagem de alguns magistrados que já provaram inocência, de um que foi condenado e de dois membros da Polícia Federal; podemos então chamar isso de OPERAÇÃO ANACONDA?
O MP Federal e a mídia esperavam uma mega operação que levasse para a cadeia vários servidores da justiça, que provasse uma montoeira de dinheiro desviado de golpes contra a Pátria e não foi isso que aconteceu; a mega operação sugerida pelos sensacionalistas de plantão deu errado, mas para não perderem a viagem, afanosa para os cofres público, lustrosa para a mídia e fadigosa para quem assiste; os “homens de preto” começaram a atacar para todos os lados, tentando fazer com que as fagulhas daquela pólvora chinesa, que estava mais para pólvora molhada, chamuscassem também outras pessoas que sequer estiveram envolvidas com aquele caso.
Quem acompanhou a mega operação com nome de serpente monstruosa, lembrará do que os irmãos Mazloum foram acusados; quem acompanhou a mega operação policial digna de filme indiano de quinta categoria, lembrará de quantos outros juízes foram afastados, denegridos até a alma, surrados pela opinião pública que não serve para nada; o povo no auge de sua ignorância sabe cobrar providências, mas não conhece sequer os motivos próprios de suas requisições. Cobrar provisão no Brasil virou moda e opinião pública só serve para eleger gente medíocre; gente que chega ao Poder não por sua capacidade intelectual ou comprometimento com a verdade e sim porque dá um pão ou paga-lhe um transporte a um miserável analfabeto que lhe confia um voto.
Outro dia, numa passeata com milhares de estudantes da Capital Federal, um jornalista ao vivo e em rede nacional perguntou a um jovem de 20 e poucos anos estava ali, protestando, quais os motivos de seu protesto; sua resposta foi incrível: estou protestando contra o FMI; o repórter da televisão, com um sorriso amarelo na face lhe disse que a passeata era para protestar contra a violência nas faculdades e o moço entrevistado retrucou dizendo que “se há violência nas faculdades é por culpa do FMI...”. Assim é nosso povo, acéfalo e de memória curta existente num conjunto vazio.
Se Ali Mazloum, Gilmar Mendes ou qualquer outro membro do Poder, seja ele qual for, tivessem qualquer tipo de culpa em qualquer situação, de qualquer natureza, com certeza eles já teriam sido acusados, indiciados, julgados, condenados, cuspidos, quiçá apedrejados em praça pública; a imprensa já teria publicado algo do tipo: “Nós já sabíamos que eles eram culpados”; não seria um reles e-mail sem valor ou alguma “fonte” sem nexo que os poriam culpa e o pior, os condenaria! Este Brasil de hoje é assim, ladra-se em demasia e ninguém morde ou é mordido! O conceito público em questão não chega de quem de fato possui caráter de opinar com responsabilidade; o conceito público em questão serve para vender notícias, para inflamar o pobre povo que ainda pensa que sabe raciocinar; ledo engano...
Com todo o acatamento e importância que destino aos Ministros do Supremo, em especial aos doutores Aires Britto e Joaquim Barbosa; penso que o fato de Joaquim Barbosa ter exposto farpas em público contra Gilmar Mendes, jamais o credencia como culpado ou como inocente; o fato lamentável exposto pela mídia; registre-se, que sem nenhuma ignomínia, tratou-se de fato isolado e não contumaz nas várias Cortes ou nos vários juízos e não deve servir de parâmetro para nenhuma acusação; portanto, esta história de que Gilmar Mendes é isso, que Ali Mazloum é aquilo, isso é outra história. Que os interessados sintam-se capazes de acusá-los como determina a Lei e não alimentar esta legião de leigos que escrevem por escrever apenas porque acham bonito repetir o que muita gente diz.
Apenas para lembrar a quem só se atenta a um lado do boato; uma revista semanal de nível nacional foi processada e perdeu uma ação em que o Juiz Federal Ali Mazloum cobrou providências legais por tudo que foi publicado a seu respeito, uma espécie de condenação jornalística antecipada; a tal revista foi condenada a pagá-lo R$ 100 mil; eu acho ínfimo se alguém conseguir medir o que ele sofreu durante a dita Operação Anaconda!
Se o caminho do ressarcimento ao dano sofrido for percorrido mais vezes, quem sabe as empresas jornalísticas se atentem mais a publicar provas ao invés de conjecturas subjetivas devaneadoras?
Que me perdoe o jornalista Paulo Henrique Amorim e tantos outros que se dizem formadores de opinião, mas tudo isso, para mim, é mera pantomima de uma trupe que não sabe distinguir entre o negro e o cândido; traduzindo versos inesquecíveis de Ulisses Guimarães: quando o diabo não vem, manda o secretário! Talvez eu não saiba nada sobre “justiça”, mas estou acostumado a lidar com a iniqüidade e sei bem o que é agüentar na pele as selvajarias de uma inculpação manifesta sem alicerces.
Este é o Brasil que eu conheço e que pelo visto, não vai mudar jamais!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Vejam o exemplo dos estudantes de direito de hoje; os pobres coitados fazem um vestibular inútil que não seleciona nada e não elege ninguém, onde a melhor colocação é para quem pode pagar (exceto em raras universidades). Estes pobres sonhadores fazem quatro, cinco anos de um curso quase à distância (mesmo sendo presencial a maioria está sempre no mundo da lua), pagando uma miséria que nem sempre têm condição de pagar e quando se formam (?), quando finalmente colocam as mãos num canudo contendo um pedaço de papel que não lhes concede nenhum benefício, nenhuma prerrogativa, se imaginam sendo juízes, promotores, delegados, quiçá ministros do Supremo.
Esta gente guerreira, mas que não sabem bem ao certo em que guerra eles ingressaram, quando finalmente são reconhecidos por bacharéis em direito, são postos mais uma vez a própria sorte para conseguirem comprar o pão de cada dia, pagar o ônibus que os levem de volta pra casa ou quando o luxo consegue lhe bater a porta, conseguem comprar uma cerveja Colônia gelada no boteco da esquina para comemorar alguma conquista de um emprego de vendedor.
Quando a sorte é grande, alguns poucos conseguem ser advogado, e outros, em menor número ainda, se transformam em delegados, promotores, procuradores. 1 em cada 5 mil consegue uma vaga num concurso da magistratura e 1 em 100 mil, consegue se tornar Ministro; esta é a regra e não podemos dizer que ela é cruel ou insensata porque uma pátria não pode haver mais cargos relevantes, de decisão, do que povo; o problema é que alguns que jamais conseguiram sequer sair da 8ª série, compraram um diploma do supletivo e estão num empreguinho qualquer, passa a ter inveja de quem batalhou, estudou, passou dificuldades e conseguiu um cargo público; esta porcaria de inveja é que está matando a todos.
Quando alguém se torna magistrado é um acontecimento único e precisa ser comemorado; alguns fazem da carreira um acarpeto de benefícios para seu país, mas alguns poucos maculam a imagem de toda a instituição judiciária, quando deveriam estar apenas eles com as imagens maculadas; da mesma forma que existem maus garis, maus vendedores e maus presidentes de república, existem os maus juízes; isso também é comum. O que eu não posso deixar de confessar é que alguns são mais destacados do que outros, alguns são polêmicos e outros, mesmo no ápice de suas honras, se fazem indolentes e expungidos perante a grande mídia.
Ser juiz no Brasil é uma desgraça; se manda prender o galã da novela, é porque é insensível; se manda soltar o ladrão que já cumpriu a pena, é porque é ladrão também; se delibera as atribuições para um colega julgar, é porque tem medo e se age com rispidez e respaldado na Lei, é porque tá com raiva de algo pessoal. Perdoe-me os leitores, mas se isso não for ignorância, com certeza é inveja!
Eu me recordo da fúria do povo diante do caso Nicolau dos Santos Neto; depois dele o rótulo “juiz ladrão” virou modismo; era um pecado mortal naquela época ser identificado como magistrado; tudo isso porque um escroque, que nem era juiz de carreira, participou de um dos maiores esquemas de desvio de dinheiro público do judiciário brasileiro, mas a grana que Nicolau desviou do TRT de SP foi muito aquém do que é desviado todos os anos em tantos outros lugares desta nação pobre de espírito. O que acabei de citar não quer dizer que eu concorde com Nicolau, muito menos com qualquer outro tipo de desvio, mas não podemos atacar a JUSTIÇA por conta de um ou outro salafrário.
A bola da vez agora é o Ministro Presidente do STF Gilmar Mendes; imprensa, povo, jornalistas, mortos, surdos, cegos, mudos, estrangeiros e blogueiros atacam a imagem de uma pessoa que jamais foi acusado de nada. Ninguém em sã consciência até hoje acusou formalmente Gilmar Mendes de qualquer situação que desabonasse o seu procedimento como homem público; todas as acusações aziagas suscitadas por todas as páginas da internet contra o Ministro Gilmar Mendes, caso tivessem qualquer fundamento de verdade, com certeza já teriam provocado a cassação e exoneração de seu cargo. Imprensa, povo, advogados e alguns dos próprios pares de Gilmar Mendes apenas entraram na onda de satisfazer o ego e os ouvidos dos ignorantes e para fabricarem oportunidades de aparecerem nos horários nobres da imprensa.
O mesmo eu afirmo do Magistrado Federal Ali Mazloum que foi brutalmente acusado até de formação de quadrilha, quase foi preso como o seu colega João Carlos Rocha Mattos, mas que conseguiu livrar-se por meios legais de todas as acusações; deu a volta por cima e hoje ocupa uma posição que dantes já lhe pertencia por direito e merecimento. Ali e seu irmão Cassem Mazloum foram execrados, quase queimados como Judas após uma operação por nome de serpente e agora, por ironia do destino, volta a estar no olho do furacão, apenas por ter aceitado uma denúncia contra o delegado Federal Protógenes Queiroz, aquele que prendeu Daniel Dantas e que demudou de Batman para Charada em uma fração de instante.
Definitivamente eu não tenho nenhuma procuração formal ou informal para defender o Magistrado Federal Ali Mazloum ou o Ministro Gilmar Mendes, muito menos qualquer tipo de rancor, mágoa ou sentimento similar que me permita desferir qualquer tipo de ataque a qualquer membro de imprensa, mas o estardalhaço que fizeram na Operação Anaconda foi como pólvora chinesa no ano novo; deu muito brilho, mas não feriu nem queimou ninguém; aliás, queimou apenas a imagem de alguns magistrados que já provaram inocência, de um que foi condenado e de dois membros da Polícia Federal; podemos então chamar isso de OPERAÇÃO ANACONDA?
O MP Federal e a mídia esperavam uma mega operação que levasse para a cadeia vários servidores da justiça, que provasse uma montoeira de dinheiro desviado de golpes contra a Pátria e não foi isso que aconteceu; a mega operação sugerida pelos sensacionalistas de plantão deu errado, mas para não perderem a viagem, afanosa para os cofres público, lustrosa para a mídia e fadigosa para quem assiste; os “homens de preto” começaram a atacar para todos os lados, tentando fazer com que as fagulhas daquela pólvora chinesa, que estava mais para pólvora molhada, chamuscassem também outras pessoas que sequer estiveram envolvidas com aquele caso.
Quem acompanhou a mega operação com nome de serpente monstruosa, lembrará do que os irmãos Mazloum foram acusados; quem acompanhou a mega operação policial digna de filme indiano de quinta categoria, lembrará de quantos outros juízes foram afastados, denegridos até a alma, surrados pela opinião pública que não serve para nada; o povo no auge de sua ignorância sabe cobrar providências, mas não conhece sequer os motivos próprios de suas requisições. Cobrar provisão no Brasil virou moda e opinião pública só serve para eleger gente medíocre; gente que chega ao Poder não por sua capacidade intelectual ou comprometimento com a verdade e sim porque dá um pão ou paga-lhe um transporte a um miserável analfabeto que lhe confia um voto.
Outro dia, numa passeata com milhares de estudantes da Capital Federal, um jornalista ao vivo e em rede nacional perguntou a um jovem de 20 e poucos anos estava ali, protestando, quais os motivos de seu protesto; sua resposta foi incrível: estou protestando contra o FMI; o repórter da televisão, com um sorriso amarelo na face lhe disse que a passeata era para protestar contra a violência nas faculdades e o moço entrevistado retrucou dizendo que “se há violência nas faculdades é por culpa do FMI...”. Assim é nosso povo, acéfalo e de memória curta existente num conjunto vazio.
Se Ali Mazloum, Gilmar Mendes ou qualquer outro membro do Poder, seja ele qual for, tivessem qualquer tipo de culpa em qualquer situação, de qualquer natureza, com certeza eles já teriam sido acusados, indiciados, julgados, condenados, cuspidos, quiçá apedrejados em praça pública; a imprensa já teria publicado algo do tipo: “Nós já sabíamos que eles eram culpados”; não seria um reles e-mail sem valor ou alguma “fonte” sem nexo que os poriam culpa e o pior, os condenaria! Este Brasil de hoje é assim, ladra-se em demasia e ninguém morde ou é mordido! O conceito público em questão não chega de quem de fato possui caráter de opinar com responsabilidade; o conceito público em questão serve para vender notícias, para inflamar o pobre povo que ainda pensa que sabe raciocinar; ledo engano...
Com todo o acatamento e importância que destino aos Ministros do Supremo, em especial aos doutores Aires Britto e Joaquim Barbosa; penso que o fato de Joaquim Barbosa ter exposto farpas em público contra Gilmar Mendes, jamais o credencia como culpado ou como inocente; o fato lamentável exposto pela mídia; registre-se, que sem nenhuma ignomínia, tratou-se de fato isolado e não contumaz nas várias Cortes ou nos vários juízos e não deve servir de parâmetro para nenhuma acusação; portanto, esta história de que Gilmar Mendes é isso, que Ali Mazloum é aquilo, isso é outra história. Que os interessados sintam-se capazes de acusá-los como determina a Lei e não alimentar esta legião de leigos que escrevem por escrever apenas porque acham bonito repetir o que muita gente diz.
Apenas para lembrar a quem só se atenta a um lado do boato; uma revista semanal de nível nacional foi processada e perdeu uma ação em que o Juiz Federal Ali Mazloum cobrou providências legais por tudo que foi publicado a seu respeito, uma espécie de condenação jornalística antecipada; a tal revista foi condenada a pagá-lo R$ 100 mil; eu acho ínfimo se alguém conseguir medir o que ele sofreu durante a dita Operação Anaconda!
Se o caminho do ressarcimento ao dano sofrido for percorrido mais vezes, quem sabe as empresas jornalísticas se atentem mais a publicar provas ao invés de conjecturas subjetivas devaneadoras?
Que me perdoe o jornalista Paulo Henrique Amorim e tantos outros que se dizem formadores de opinião, mas tudo isso, para mim, é mera pantomima de uma trupe que não sabe distinguir entre o negro e o cândido; traduzindo versos inesquecíveis de Ulisses Guimarães: quando o diabo não vem, manda o secretário! Talvez eu não saiba nada sobre “justiça”, mas estou acostumado a lidar com a iniqüidade e sei bem o que é agüentar na pele as selvajarias de uma inculpação manifesta sem alicerces.
Este é o Brasil que eu conheço e que pelo visto, não vai mudar jamais!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br