O PESO DA MARCA

O PESO DA MARCA – HORA DE COMPRAR!

Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

Na administração de marketing o tema mais estudado é o valor de uma marca, no processo de gestão empresarial, a atratividade de um negócio está no valor percebido pelos consumidores.

Megafusões no Brasil começam a ocorrer, envolvendo empresas conhecidas do público, como Itaú - Unibanco, Perdigão – Sadia, Pão de Açúcar – Ponto Frio, dentre outras que ocorrerão nos próximos meses.

Com a estabilidade relativa brasileira e mercado interno aquecido, novas estratégias são necessárias para sobrevivência dos negócios. O que estaremos presenciando é a “Hora da Compra”, empresas de vários seguimentos serão compradas por investidores nacionais e internacionais, com muitas expectativas de investimentos produtivos, aqueles em que o dinheiro ficará na economia nacional, gerando empregos e demanda por produtos, num processo que auxiliará o país a manter-se frente ao processo de recuperação financeira mundial.

Quem saiu às compras: as Casas Bahia que compraram a Rede Romelsa, de Salvador, ampliando de 32 para 49 lojas, uma estratégia para crescimento na região, visto que a empresa está investindo R$ 40 milhões na cidade de Camaçari para um novo centro de distribuição na região. A política adotada é fazer frente ao avanço de outros grupos que pretendem ampliar os negócios na região como a Rede Wal-Mart e o no futuro o próprio grupo Pão de Açúcar com a aquisição do Ponto Frio, que passa agora a ser um concorrente direto com o aumento de 455 lojas na aquisição.

O peso da marca conta no momento da compra de uma empresa, representa vantagens como conquista de novos mercados, sinergia e ganhos de escala logística, além do aumento do poder de barganha frente ao mercado cada vez mais competitivo.

Mas como toda mudança nem tudo são flores, desafios como reestruturação, avaliação de talentos, taxa de retorno sobre o capital e possibilidades de expansão fazem parte desta receita que precisa de muita sensibilidade por parte do conselho de gestão para evitar armadilhas comuns destes processos de fusões.

Como a forma de administrar está cada vez mais complexa, o processo de valorização das marcas fica mais visível, as grandes marcas perdem espaços somente quando a elevação de preços ultrapassa a vontade de consumir aquele produto, neste ponto as pequenas conseguem uma parte do mercado. Empresas menores convivem com custos operacionais menores, mas as grandes contam com uma vantagem, à mídia que impulsiona psicologicamente ao consumo, desde que com a comunicação adequada.

A AMA – American Marketing Association, define que a marca envolve o termo, o símbolo e o nome, diferenciando da concorrência.

O valor da marca pesa na contabilidade financeira, mesmo sendo projeções da imagem que projetam nas pessoas, com modernidade e vanguarda. Esta projeção é tamanha que passa a ser até superior que o próprio produto e às vezes do valor patrimonial da empresa.

Quando falamos de empresas disputando o mercado de consumo brasileiro, atentamos na busca de colocações estratégicas de crescimento e até mesmo de sobrevivência frente aos concorrentes. Portanto, o poder da marca passa a ser crucial nas negociações de compra de empresas no Brasil.

O posicionamento do mercado conduzirá os gestores empresariais a encontrar alternativas de flexibilização logística integrada. Serviços e talentos humanos será a base para desenvolvimento de novas atividades e ampliação do sucesso dos negócios.