COMO MORREU EXUPÉRY! O mistério do Pequeno Príncipe desvendado?!!!
COMO MORREU EXUPÉRY! O mistério do Pequeno Príncipe desvendado?!!!...
Em 31 de julho de 2004, 60 anos depois do desaparecimento do piloto e grande escritor francês, após seis anos de buscas, finalmente desvenda-se o mistério que comovera o mundo: Antoine de Saint Exupéry acionou os motores do seu avião e precipitou-se de bico em sua última aventura para desaparecer no fundo do mar, a um Km. Da ilha de Riou - França
Em setembro de 1998, debaixo de chuva torrencial, próximo a Marselle, lança-se ao mar Mediterrâneo. A cerca de 100 metros de profundidade, uma rede do pesqueiro L’Horizon , comandado por Jean-Claude Bianco, recolhendo peixes e objetos. O imediato do barco, Habib Benamor, distinguiu no meio de um objeto calcificado, algo metálico: era a pulseira de Antoine Saint Exupéry com uma corrente, ambas de arco, retorcidos pelo tempo, intactas, apesar dos anos. Descobre-se aí o maior enigma literário do século XX.
Cadete Militar da aviação francesa, aos 21 anos, transferiu-se para o serviço postal aéreo aos 26 anos, voando entre Casa Blanca e Dakar (África), colônias francesas em Marrocos e Senegal. Depois foi para a Argentina visando inaugurar uma nova rota para a Patagônia.
Inspirado em suas experiências aéreas, passou a escrever romances: ‘Correio do Sul’, depois ‘Voo Notorno’ . Piloto militar na 2ª Guerra, sofreu desastres e ferimentos que deixaram dores e seqüelas, mas foi nos Estados Unidos que iniciou as ilustrações e textos do seu mais genial trabalho literário: ‘O Pequeno Príncipe’ que foi e ainda é um dos maiores fenômenos de venda, traduzido em mais de 100 idiomas. Neste livro, Exupéry conta a história de um menino que habitava o asteróide B 612 – que recebe a sabedoria de vida de uma raposa e que se apaixona por uma rosa; desiludido com ela, viaja para explorar outros planetas. O livro é fantasioso, escrito em belíssimas metáforas e ensinamentos filosóficos da visão pura de uma criança-homem em relação à natureza e aos seus semelhantes, tendo uma forte conotação auto-biográfica.
Na segunda-feira, 31 de julho de 1944, Exupéry decolou de Poretta na Corsega para uma missão de mapeamento sobre a França Oriental, quase na fronteira da Suiça em um P-38 F-5B da série J. Desapareceu para sempre!
Várias teorias sobre o desaparecimento e a morte de Exupéry circularam na mídia mundial. Tido como herói nacional, corajoso, tudo era possível para explicar ou deixar de explicar o trágico evento que abalou a França e o mundo.
Os restos do avião foram parcialmente localizados dois anos depois pelo mergulhador Luc Vanrell e em maio de 2000 sua descoberta foi oficialmente comunicada ao DRASSM, departamento de arqueologia submarina do Ministério da Cultura. Quatro aviões daquele série haviam caído no mar e afundado. Apenas faltava aquele, então pilotado por Exupéry.
A 31 de julho de 2004, 60 anos depois do seu desaparecimento foi realizada uma cerimônia no local onde os destroços foram encontrados. Um padre disse algumas palavras, algumas autoridades presentes leram trechos dos livros de Exupéry, principalmente do ‘Pequeno Príncipe’, um buquê foi lançado ao mar e aí encerra-se tristemente o caso do desaparecimento do grande escritor.
E o pior: Tudo indica que sua morte tenha sido um suicídio, dadas algumas cartas que precederam o desastre, bem como ao relacionamento infeliz que vinha mantendo com sua ‘rosa’ Consuelo, por quem era apaixonado e convivia em matrimônio há muitos anos.
“O essencial é invisível aos olhos” – “Tu sofrerás. Eu parecerei morto e isso não será verdade.” – “Só se vê bem com o coração...”
Artigo inspirado em relatos de Rudolph Chelminski para Seleções Reader’s Digest – Março de 2005 – Páginas 38 a 45.