Plágio ou inspiração?
O destino ainda bate à porta.
Assim começa mais um brilhante texto do meu querido Moacyr Scliar. Para ele, o destino por telefone, para mim por e-mail.
Ontem, recebi um e-mail que circulava entre os associados da UBE – União Brasileira de Escritores e num deles veio a frase: "Não importa quantas pessoas a compartilhem, a idéia não se reduz. Quando escuto sua idéia, ganho conhecimento sem diminuir nada seu. Da mesma forma, se uso sua vela para acender a minha, eu me ilumino sem escurecê-lo." (Thomas Jefferson)
Esta frase deu resposta a tudo que eu questionava sobre divulgar minhas ideias, mesmo ainda quando são só embriões, e a certas questões sobre direito autoral.
Tenho vivido dias de entusiasmo, ansiedade e insegurança, são novos trabalhos, textos, concursos, enquanto conheço muita gente nova, falo, ensino, me abro e me entrego sem restrições; mas recebo direta e indiretamente críticas pelo meu dar-me assim, tão gratuitamente. Estas cutucadas, além das por inspirar-me a criar textos literários em cima de outras produções artísticas como filmes, livros; assim foi o “Dois dedos de prosa”, “Brasil, cem sentidos”, “O BOPE lá em casa”, e até mesmo esse que compus para comentar no Digestivo, cujo título peguei do texto do Scliar.
Plágio é quando se reproduz algo, dizendo que é seu, neste, nada de novo aparece. Na inspiração embasada, o novo surge, cresce, dá movimento a si e ao seu alicerce. O respeito e a consideração são bons sentimentos para se usar na hora que se compõe algo inspirado na obra do outro, avisar, citar ou até mesmo pedir autorização a quem inspirou, quando se é possível, torna o trabalho ético, de bom senso e bom tom.
O “Estranho incidente literário”, ensaio do Scliar, trouxe-me várias respostas, dizem que melhor seria aos escritores terem perguntas, mas me fez bem relaxar após tanta busca. Esperar ficar contentinha e não feliz, se o sucesso literário de quinze minutos um dia me bater à porta, diminui em muito qualquer ansiedade que eu tenha - recomendação de Clarice Lispector. Ver a sabedoria e o desapego do Moacyr ao lidar com a peleja que o envolveu, me serve de exemplo. E, se a mídia só acende holofotes para os maus acontecimentos da vida, é até bom passar desapercebida, escrevendo dia após dia, só me falta um cachimbo para celebrar esta paz.
Leiam a íntegra do ensaio do Moacyr Scliar que fala sobre um escritor canadense chamado Yann Martel, que recebeu na Inglaterra, o prestigioso prêmio Booker, no valor de 55 mil libras esterlinas, pelo livro que escreveu inspirado no livro Max e os felinos, publicado no Brasil em 1981, pela L&PM (Porto Alegre) e de autoria do nosso querido Scliar.
Digestivo Cultural clique aqui.
O destino ainda bate à porta.
Assim começa mais um brilhante texto do meu querido Moacyr Scliar. Para ele, o destino por telefone, para mim por e-mail.
Ontem, recebi um e-mail que circulava entre os associados da UBE – União Brasileira de Escritores e num deles veio a frase: "Não importa quantas pessoas a compartilhem, a idéia não se reduz. Quando escuto sua idéia, ganho conhecimento sem diminuir nada seu. Da mesma forma, se uso sua vela para acender a minha, eu me ilumino sem escurecê-lo." (Thomas Jefferson)
Esta frase deu resposta a tudo que eu questionava sobre divulgar minhas ideias, mesmo ainda quando são só embriões, e a certas questões sobre direito autoral.
Tenho vivido dias de entusiasmo, ansiedade e insegurança, são novos trabalhos, textos, concursos, enquanto conheço muita gente nova, falo, ensino, me abro e me entrego sem restrições; mas recebo direta e indiretamente críticas pelo meu dar-me assim, tão gratuitamente. Estas cutucadas, além das por inspirar-me a criar textos literários em cima de outras produções artísticas como filmes, livros; assim foi o “Dois dedos de prosa”, “Brasil, cem sentidos”, “O BOPE lá em casa”, e até mesmo esse que compus para comentar no Digestivo, cujo título peguei do texto do Scliar.
Plágio é quando se reproduz algo, dizendo que é seu, neste, nada de novo aparece. Na inspiração embasada, o novo surge, cresce, dá movimento a si e ao seu alicerce. O respeito e a consideração são bons sentimentos para se usar na hora que se compõe algo inspirado na obra do outro, avisar, citar ou até mesmo pedir autorização a quem inspirou, quando se é possível, torna o trabalho ético, de bom senso e bom tom.
O “Estranho incidente literário”, ensaio do Scliar, trouxe-me várias respostas, dizem que melhor seria aos escritores terem perguntas, mas me fez bem relaxar após tanta busca. Esperar ficar contentinha e não feliz, se o sucesso literário de quinze minutos um dia me bater à porta, diminui em muito qualquer ansiedade que eu tenha - recomendação de Clarice Lispector. Ver a sabedoria e o desapego do Moacyr ao lidar com a peleja que o envolveu, me serve de exemplo. E, se a mídia só acende holofotes para os maus acontecimentos da vida, é até bom passar desapercebida, escrevendo dia após dia, só me falta um cachimbo para celebrar esta paz.
Leiam a íntegra do ensaio do Moacyr Scliar que fala sobre um escritor canadense chamado Yann Martel, que recebeu na Inglaterra, o prestigioso prêmio Booker, no valor de 55 mil libras esterlinas, pelo livro que escreveu inspirado no livro Max e os felinos, publicado no Brasil em 1981, pela L&PM (Porto Alegre) e de autoria do nosso querido Scliar.
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