RÁDIO-CORREDOR

Quem não conhece o rádio-corredor, essa forma de comunicação existente em todas as áreas das empresas, na qual os assuntos são passados e interpretados como convém e, na maioria das vezes, dispensa o filtro do bom senso.

A conseqüência é que essa linguagem espontânea, que poderia ser usada de forma positiva, acaba estimulando a divulgação de informações distorcidas. Canais internos de comunicação mal utilizados a transformaram num mecanismo que cria atritos e alimenta competições negativas.

O rádio-corredor (ou rádio-peão, como alguns preferem) acoberta todo tipo de intenções: esconde intrigueiros, expõe incautos fofoqueiros e dissemina a cizânia nos assuntos que interessam aos profissionais e à empresa.

Claro que ele nunca será eliminado, mas um trabalho de endomarketing e recursos humanos poderá servir de grande facilitador para proporcionar transparência e direcionamento entre os funcionários.

Não agir sobre essa situação é permitir seu nefasto boicote a qualquer implementação de novos processos de gestão e melhorias na empresa.

Comentários maliciosos ou ingênuas fofocas aumentam conflitos e diferenças de posicionamentos que poderiam ser resolvidos sem a interferência de terceiros.

É uma tarefa difícil e muitas vezes constrangedora resolver algo que não se sabe de onde veio e como vai parar. Por isso, amenizar é um grande passo.