BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

O Cristianismo é a religião dos cristãos. Os cristãos são o povo de Cristo e seus seguidores. A palavra Christos é a tradução grega do nome hebraico Messias, que significa consagrado pela unção. O Cristianismo é uma religião monoteísta (assim como o Judaísmo e o Islamismo) que coloca em primeiro plano a comunhão com Deus, o Pai, por intermédio de seu Filho Jesus Cristo, Salvador da Humanidade. A palavra Jesus vem do hebraico Ioshua, que quer dizer salvador. O Cristianismo afirma, primeiramente, a existência de um Deus único, Pai todo poderoso, Criador do céu e da Terra. Ao lado de Deus, a fé cristã coloca seu filho, Jesus. Ao lado do Pai e do Filho, existe o Espírito Santo.

O Pai não é nem criado, nem gerado. O Filho é gerado por Deus. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas em uma só, coeternas, idênticas entre si. É a Trindade Santa. O Deus é um só, mas distinto em três pessoas, conhecidas pela maneira com que operam: O Pai como Criador, o Filho como Salvador, o Espírito Santo como Santificador.

No Cristianismo, a grande singularidade é que Deus se fez homem. Viveu entre os homens, neste mesmo mundo, morreu, porém ressuscitou. Veio como o Deus descido do céu para salvar o mundo.

Ele, entretanto não era o Salvador esperado pelos judeus. Estes, não grande maioria ansiavam por um Salvador da nação, a Libertação de Israel, escapando ao domínio romano.

Jesus Cristo, Filho de Deus, segundo os Evangelhos, nasceu em Belém, na Judeia, no ano de Roma 749 e morreu no ano 30, da nossa Era Cristã.

O mundo antigo, pela voz dos seus pensadores e dos seus poetas, desejava e esperava uma idade nova. Os Judeus, em particular, instruídos pelos seus livros sagrados, sabiam, como já se disse, que o Messias prometido a seus pais e já descritos pelos profetas, ia em breve chegar e salvar o mundo. À hora precisa que os profetas tinham marcado, isto é, quando o cetro tinha saído de Judá, no último de Herodes, rei dos Judeus, graças à proteção romana, na segunda metade do reinado de Augusto (ano 749 de Roma), Jesus nasceu em Belém da Virgem Maria, descendente da casa real de Davi.

Filho adotivo de José, mas na realidade Filho de Deus “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, não tinha verdadeiro pai entre os homens. A manjedoura, numa estrebaria, que lhe serviu de berço foi a princípio visitada por humildes pastores que apascentavam seus rebanhos nos campos próximos, e depois pelos ricos magos vindos do Oriente. Tanto a uns como a outros, foi revelada a sua divindade por sinais patentes.

Ameaçado Jesus desde o nascimento pela monarquia reinante, que temia Aquele a quem os Magos haviam chamado de o rei dos judeus, escapou à matança em que tentaram envolvê-lo, devido á fuga para o Egito da Sagrada Família. Depois da morte de Herodes, voltou Jesus de seu exílio e foi viver na Galileia, em Nazaré. Foi nesta povoação que Jesus passou a sua infância e a sua mocidade. Vive modestamente, no seio de uma família até aos 30 anos, altura em que inicia a sua missão divina, a sua pregação pública, que dura apenas três anos e meio (27 a 30 da nossa era).

Jesus, cuja figura doce e bondosa rapidamente se impõe a todos os corações humildes, abandona as práticas exteriores do culto hebraico e começa a sua pregação tendente a instalar na terra o Reino de Deus, isto é, a vitória da justiça e da verdade, com a promessa da salvação eterna para todos os homens que o tomem a Ele, Cristo, Filho de Deus e Salvador dos homens, como exemplo, e confiem na misericórdia de seu Pai, Deus justo, bom e clemente.

Esta pregação provoca a cólera dos fariseus, ou servidores do templo de Salomão que, julgando-se intérpretes e fiéis depositários da Lei de Moisés, acusam Jesus de blasfemar contra a crença tradicional e suscitar perturbações e tumultos. Porém, Jesus repudia suas hipocrisias e livra-se de suas ciladas. Como prova de sua missão divina, apresenta-lhes a cura de um cego de nascença e a ressurreição de Lázaro, três dias depois de sepultado. Este último prodígio desencadeou sobre Ele a cólera de todos os inimigos: escribas, doutores e os grandes sacerdotes. Jesus disse aos seus que tinha chegado a sua hora; anuncia-lhes a sua morte e a sua ressurreição. Judas, um dos Doze Apóstolos, traiu-O por trinta dinheiros. Depois de haver celebrado a última Ceia e instituído a Eucaristia, compareceu, amarrado com cordas, perante a justiça judaica, representada pelo sumo sacerdote e depois perante a justiça romana, representada pelo procurador Pôncios Pilatos, que administrava a Judeia. É conduzido à Colina do Gólgota (Calvário) e pregado numa cruz, suplício infamante, infligindo apenas aos escravos e aos ladrões. Ali morreu, cheio de ultrajes, amaldiçoado pelo povo que acabava de levá-Lo em triunfo. A justiça judaica condenou-O por falso testemunho, a justiça romana, convicta da Sua inocência, não ousou defendê-lo.