Plantador de sonhos

Assistindo o programa Globo Rural pela TV Globo, quando temos tempo, nos emocionou a história de um fazendeiro de Minas Gerais pelo seu ato de amor e bondade. Ele dedicou sua propriedade agrícola a uma escolinha de formação de peões mirins, a exemplo das escolinhas de futebol esparsas pelo Brasil em centros esportivos. Para tal ensinando crianças desamparadas e sem teto, ou melhor, usando a palavra direta “crianças de rua”. Na fazenda elas participam do labores diários como tirar o leite das vacas, cuidarem dos animais, tanto gado, tanto os utilizados para lida, no caso equinos. Na escolinha de peões estudam, se alimentam, brincam e em determinado período participam da escolinha de peões, hoje orientados por ex-alunos.

A semente já prosperou, pois já há peões que trabalham na região como profissionais. Chamou-nos a atenção um deles com 22 anos que rejeitou um emprego na região para ganhar quinze salários mínimos na função de domador de cavalos, preferindo ficar na escolinha de peões, devido ao amor pelo sentido do trabalho que realiza. Certamente também em gratidão ao fazendeiro que lhe presta todo apoio e o trata como um filho.

Esta história real me fez lembrar também de minha mãe que costumava nos incentivar para ajudar o pai nos afazeres agrícolas. Hoje vemos o desatino provocado pela mídia por completa, em aversão ao trabalho de criança, rotulando-o como trabalho escravo. Viemos de uma família numerosa, de treze irmãos e fomos criados sempre no trabalho de sol a sol. Somente sobrava hora em que íamos à escola e aos domingos após o almoço, costumávamos jogar malha com vizinhos que vinham à nossa casa.

E no cômputo geral foi benéfico, pois nos ensinou a ter prazer pelo trabalho. Já pensou esse número de crianças sem a obrigação do trabalho o que não iria aprontar? Trabalhávamos com um sonho e um ideal dos pais que era comprar as terras próprias e que a produção do trabalho retirado à subsistência, o resto era guardado durante vários anos e o objetivo foi alcançado.

Não vá querer que uma criança consiga levar dez quilos e obrigá-la a levar vinte quilos, mas dentro das suas capacidades físicas e também de segurança. Cabeça vazia é fábrica de..., então é mesmo importante uma ocupação para já ir assimilando o conhecimento dos valores, o relacionamento interpessoal e o senso de economia. Só assim acho que estes seriam mais bem sucedidos que outros começando após os 21 anos.

Louvável a meu ver o fazendeiro mineiro, plantador de sonhos nos meninos de rua lá pelas Minas Gerais.

José Pedroso

Publicação de 03-02-2008

Plantador de sonhos...

Assistindo O globo Rural, pela TV Globo, quando temos tempo, nos emocionou a historia de um fazendeiro de Minas Gerais pelo seu ato de amor e bondade. Ele dedicou sua propriedade agrícola a uma escolinha de formação de peões mirins. O exemplo das escolinhas de futebol esparças pelo Brasil em centros esportivos. Para ta usando crianças desamparadas e sem teto, ou melhor, usando a palavra direta “crianças de rua”. Na fazenda elas participam do labores diários, como tirar o leite das vacas, cuidarem dos animais, tanto gado, como os utilizados para lida, no caso eqüino. Na escolinha de peões, estudam, alimenta, brincam e em determinado período participa da escolinha de peões e hoje são orientados pelos ex-alunos.

A semente já prosperou, pois já há peões que trabalham na região como profissionais. Chamou-nos a atenção, foi que um deles que hoje com 22 anos, rejeitou um emprego na região para ganhar 15 salários na função de domador de cavalos, preferindo ficar na escolinha de peões, devido ao amor pelo sentido do trabalho que realiza. Certamente também em gratidão ao fazendeiro que lhe presta todo apoio e o trata como um filho.

Esta historia real me fez lembrar também de minha mãe que costumava nos incentivar, para ajudar o pai nos afazeres agrícola. Hoje vemos os desatinos provocados mídia por completa, em aversão ao trabalho de criança, rotulando-o como trabalho escravo. Como dizia vimos, de uma família numerosa, de 13 irmãos e fomos criados sempre no trabalho e de sol a sol. Somente sobrava hora em que íamos à escola e aos domingos após o almoço, costumávamos, jogar malha com vizinhos que vinham a nossa casa.

E no computo geral foi benéfico, pois nos ensinou a ter prazer pelo trabalho. Já pensou esse numero de criança sem a obrigação do trabalho o que não iria aprontar? Trabalhávamos com um sonho e um ideal dos pais que era comprar as terras próprias e que à produção do trabalho, retirado à subsistência o resto era guardo, durante vários anos e o objetivo foi alcançado.

Não vá querer que uma criança consiga levar 10 k. e obrigá-la a levar 20 k, mas dentro das suas capacidades físicas e também de segurança. Cabeça vazia é fabrica de..., então é mesmo importante uma ocupação para já ir assimilando o conhecimento de valores, o relacionamento interpessoal, o senso de economia. Só assim acho que estes seriam mais bem sucedidos que outros começando após os 21 anos...

Louvável a meu ver o fazendeiro de minas, plantador de sonhos, nos meninos de rua lá pelas Minas Gerais...

Jose Pedroso

Publicação de 03-02-2008

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 15/06/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1649993
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