Um dedo acusando o outro e quatro voltados para você
Ficamos pensando nas ações de indivíduos de castas diferentes, uns com mais e outros com menos ouro e prata. Eu falei casta por estar na moda falar nisso dada a influência da novela "Caminho das Índias”, da TV Globo. A novela mostra a separação das classes sociais naquele país, a Índia. Vi comentar que crianças de casta inferior, ou seja, filhos de varredores de rua ou lixeiros frequentam as escolas do lado de fora. Eu não costumo assistir novelas, por acaso assisti um dia deste acompanhando a esposa e vi a encenação desta barbárie. Pensei: Será que neste país as instituiçoes do simbolismo não atuam, como já atuaram nos Estados Unidos, ou no Reino Unido, na Europa como um todo e mesmo no Brasil em projetos auspiciosos, como a Abolição da Escravatura, dentre outros? Embora no EUA ainda exista o ranço de restos da segregação racial. Creio agora amenizado com a eleição e posse de Obama, detentor do poder nas Américas, e tudo provavelmente comece a ficar diferente.
Assisti indignado dia destes em meio societário, em reuniões costumeiras, um caso mais ou menos assim. Uma avalanche de ofensas a todas as castas, completa perda de compostura por um membro perante um grupo que seria como usar o ferrão ao cochear os animais. Ofensas do mais alto calão a uma minoria que realmente merecia. Não sabem quais são eles. Não deveria ser assim. Creio que muitos até ficaram doentes no decorrer da semana por ouvir tamanho desaforo, descalabro e ofensas, que não era para si, mas pensam, poderia ser para si e vice e versa. Para aqueles não era, não era!
Dizem que o tempo cura o queijo. Não seria o caso? Talvez com amor se resolvesse. Não esquecendo que estava perante um documento, a maior biblioteca do mundo presente, detentora de soluções para tudo.
Mas tudo acaba, como dantes, ficando assim mesmo quando a parte autora se embebeda pelos números, convertidos em ouro e prata. E as castas que se danem em pleno Brasil, talvez efeito do “Caminho das Índias”, pelos lados de cá e além dos oceanos.
José Pedroso