A SITUAÇÃO DO PAÍS

A SITUAÇÃO DO PAÍS:

O país, paga por mais esta especulação 3% ou mais, do PIB (Produto Interno Bruto), somente em juros da dívida interna e externa. São dois cânceres que permeiam, e ocasionam um aumento exorbitante de juros, e uma crescida inopinada da inflação, encurtando o nosso minguado salário, obrigando-nos a pagar exorbitantes quantias de taxas e juros que na realidade não sabemos aonde irão aterrisar. O salário não acompanha a inflação, e os trabalhadores se arriscam nos perigosos bicos, que geralmente causam-lhe transtornos horripilantes. Enquanto as autoridades constituídas se tornam inoperantes, e imantam a população ao sofrimento descabido, no sofrimento vulgar, onde crianças morrem a míngua, de fome, e os que escapam vão às ruas no desespero vital do intuito de levar alguns trocados para casa. E quando não os conseguem, partem para o furto, e dele para o roubo, conseqüentemente para a criminalidade.

É triste, asqueroso vermos crianças vendendo seus corpos, como se fossem mercadorias, por qualquer moedinha para saciar sua fome, e normalmente dessa empreitada surgem às gravidezes precoces, são seres que irão passar as mesmas atribulações, e farão com certeza o efetivo do batalhão do crime aumentar. Seria de melhor alvitre uma modificação ou modernização em nosso modelo econômico, mas as autoridades só pensam naquilo. Devemos ter o bom senso de escolher as opções que melhor se apresentem e se adaptem a um novo modelo econômico para soerguer o Brasil, pois só assim poderemos ter melhores dias, e diminuir a violência urbana e rural. As metrópoles recebem mensalmente pessoas despreparadas para o avanço tecnológico, mas que respiram um ar de esperança e melhores dias. Outro indicador de grande porte que mede a economia em nosso Estado e País constatou o empobrecimento do povo e a decadência da classe média. A concentração da riqueza permanece nas mãos da minoria, formando uma pirâmide alarmante mostrando as desigualdades econômicas, e o enriquecimento ilícito, e não punitivo, dos peixes grandes e vorazes.

Que na realidade nem impostos pagam, enquanto os boanas sofrem para pagar uma previdência falida, um sistema de educação inexistente, uma segurança combalida, e uma saúde inacreditável. O que se vê nas imediações dos hospitais da cidade é o crescente número de funerárias, que estão em alta pelo desleixo do governo com a saúde. O que nos resta é o famigerado plano funerário, que levará através da sua organização e de seus serviços os despojos materiais que serão consumidos pelos vermes, quando o corpo passa pelo estado de putrefação. Antes de sofremos a ação desses vermes vampirizadores, que nos sugam dia-a-dia até chegarmos à exaustão corporal, que pode nos levar ao óbito.

As filas (bichas) homéricas dos oprimidos para conseguir uma consulta, e a desumana espera por uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) têm levado muita gente que acreditou nas promessas de campanha de determinados políticos sagazes, que dão às costas para seu eleitorado, aquele que o auxiliou a ingressar na vida política. Como premio recebe de seu(s) candidato(s), aquilo que temos que aprender a dar aos nossos filhos para que eles num futuro bem próximo se voltarem contra nós, os pais. Um não. Esta é a nossa calamitosa situação.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO-ACADÊMICO DA ALOMERCE-MEMBRO DA ACI (ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA) dia 30/05/2005

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 28/05/2006
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