Que Tipo de Música Provém da Sua Vida?
A música como uma das mais belas expressões da vida é algo que sempre aprendi a admirar. Pré – existente ao contexto humano, ecoava na eternidade na expressão da adoração dedicada a Deus.
Suas notas definidas e diferenciadas produzem sons que, devidamente organizados, se constituem em linguagem universal de intenções, mesclando-se com os mais íntimos sentimentos.
Aquelas centradas em notas de tons menores, emitem harmonias de introspecção, reflexão, intimismo e até tristeza. Outras ainda, girando em torno de notas maiores, nos inspiram alegria, satisfação, euforia, esperança.
Os ritmos também se somam à musicalidade como um todo, atribuindo às notas o valor do sentimento, do momento, do propósito para o som efetivado por uma determinada canção. Ritmos de guerra, de paz, amor, suspense, feitos para expressão de danças intensas ou para danças de adoração.
Sejam nas notas, nos tons ou nos ritmos, o que encontramos é um intenso trabalho de harmonia e equipe. Diferentes por origem, perfeitos na adequação. A soma de seus sons, quando devidamente organizados e trabalhados, produz a mais bela das sinfonias.
Os maestros trabalham com a gênese de uma sinfonia quando estudam as notas e avaliam a possibilidade de junção aos ritmos. Fazem isto a partir de uma inspiração que pode ser de Deus ou da alma. Buscam no interno dos seus sentimentos estas inspirações que se transformam em notas organizadas e desfilam nos palcos no embalo dos ritmos perfeitamente adequados ao que se espera transmitir.
Nas mãos de um maestro as notas encontram seus pares, os sons ganham sentidos, os ritmos transmitem mensagens.
Somos tais como as notas, que isoladamente emitem sons, mas, feitos para nos somarmos aos demais, somos incompletos se não servimos ao propósito prévio de Deus para nossa existência.
Notas, iguais em essência e diferentes em atribuições, unir-se-ão à nós; e assim, nas mãos do Maestro dos maestros, poderemos juntos efetivar a mais bela das sinfonias, a expressão de uma orquestra completa nas mãos do Senhor Jesus.
Se as notas pretendidas por Bethoven, falassem ou pudessem se rebelar, dizendo “não te queremos como maestro” ou “não nos colocaremos ao teu propósito”, certamente perderiam o privilégio de passar à existência no contexto das melodias eternas, como por exemplo, no “Aleluia” de Haendel.
Pessoas há que insistem em ser notas isoladas, sem o toque do Maestro dos maestros, que não se reconhecem carentes dele e necessitadas da Sua abordagem e transformação. Gente que persiste em juntar-se com outras que vão produzindo sons em tons menores, desenvolvendo nesta comunhão de interesses, melodias de vida que nos remetem à dor e tristeza.
Mas Deus nos idealizou para gerar notas maiores, melodias alegres e construtivas com as nossas vidas. Nossas presenças foram planejadas para alegrar os ambientes, para marcar as gerações positivamente, inspirando a fé e a esperança.
Somos o que somos, criados por Deus com originalidade e individualidade. Sozinhos existimos sim, mas somente nas mãos do Maestro e Senhor de Todos, Jesus Cristo, serviremos ao propósito da nossa existência.
Em Suas mãos seremos conduzidos às notas pares, a fim de que pertençamos às melodias ímpares da história humana.
Mergulhados no contexto do Corpo de Cristo, somados aos irmãos e irmãs que testemunham com suas vidas acerca do amor do Senhor, no ritmo próprio do avanço na direção da nossa missão de impactar o mundo...
Somente assim, talvez percebamos que a platéia parou para ouvir a melodia que flui de nossas vidas e de nossa interação com Deus e os homens.