O bom e velho rock n' roll
Em meados dos anos 50, o mundo da música começou a tremer com o início de um novo estilo. Achava-se que seria apenas uma onda passageira, mas não foi bem assim que aconteceu. Bill Haley and The Comets gravaram Rock Around the Clock, considerado o primeiro rock n’ roll da história. O jazz e o blues já faziam os corpos balançarem, mas aquele novo gênero sacudia mais ainda.
Seguiram-se grandes nomes, como Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley, etc. No início dos anos 60 surgiu, na Inglaterra, um quarteto que revolucionaria ainda mais o gênero: The Beatles, dispensando apresentações. Uma multidão enlouquecida idolatrava os meninos, mostrando que o novo estilo viera para ficar. O grupo parou de fazer shows e concentrou-se nas gravações de estúdio. Mas voltaram em grande estilo. O álbum mais revolucionário, Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band, completou 40 anos a poucos dias. É reverenciado até hoje.
No final da mesma década, bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple criaram uma versão mais pesada: o heavy metal. Os Rolling Stones apareciam quase simultaneamente. Dali em diante várias vertentes surgiram, novos sons foram explorados, novas melodias foram lançadas, mas o teor de desabafo e rebeldia continuava fervendo.
O rock progressivo explodiu no início da década de 70, com o espetacular álbum Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. O hard rock era eternizado pelo Aerosmith.
Na metade da década de 70 surgiu a segunda geração do heavy metal, com nomes como Judas Priest e AC/DC. Em seguida veio o punk rock, liderados por Ramones e Sex Pistols. O heavy metal passou por um momento de baixa popularidade, mas ressurgiu no início da década seguinte, com Iron Maiden, entre outros.
Logo em seguida surgiram estilos mais pesados ainda. Thrash metal era a bola da vez, com Metallica e Slayer. O death e o black metal também conquistaram seu espaço. A mistura com outros estilos fez surgir o metal gótico, o metal melódico, o hardcore e outros tantos.
Atualmente vemos a onda do New Metal, com Slipknot, Korn, Papa Roach e Linkin Park, dividir espaços com novas bandas muito promissoras, como Kaiser Chiefs e Arctic Monkeys, que tocam um rock suave, gostoso de ouvir.
Independente de onde tenha surgido, o rock é a união de todas as tribos. Quem não conhece o estilo adora afirmar que os roqueiros são um bando de drogados e que só falam do demônio nas músicas. Algumas bandas enquadram-se nesse conceito, mas são minoria. Ao invés de ficarem escutando “Tô ficando atoladinha”, “Vou te botar no colo e te dar muita pressão” ou “Ta doendo, mas tô agüentando”, procurem prestar atenção nas letras do rock. Alguns exemplos: “Crianças/não parem de dançar/Acreditem/vocês podem voar/bem longe – Don’t Stop Dancing(Creed)”, “Todo mundo vai para a festa e tudo vai ficar bem/Dançando no deserto e soprando os raios do sol – BYOB(System of a Down)” e “Eu poderia ficar acordado/apenas ouvir você respirando/ver você sorrir enquanto dorme/enquanto está distante e sonhando – I don’t want to miss a thing(Aerosmith)”.
Estes trechos falam de coisas boas, como o amor, a amizade e a esperança. Outras tantas músicas falam de problemas pessoais e fazem críticas sociais e políticas. Não se deixem influenciar apenas pela barulheira que guitarras, baixos, baterias e vozes guturais apresentam. No momento que todos prestarem atenção nas mensagens que as músicas passam, reconsiderarão suas posições e verão que esses malucos são verdadeiros poetas. Isso tudo é apenas o bom e velho rock n’ roll.