O afeto e a bateria do celular...
No meio das discussões sobre a maioridade penal dos jovens de 18 para 16 anos, como preceitua a mídia, se expõe uma grande preocupação da sociedade e mais acentuadas nos grandes centros urbanos do país, palco de problemas de jovens delinquirem com mais frequência cometendo barbáries que assustam.
Acho eu que as correrias para sobrevivência fabricam pais distantes não importando a classe social. Ausentes, embora com presença física constante ao findar dos expedientes de trabalho e finais de semana. Porém esquecem do diálogo, do afeto, muitas vezes até fazem as refeições em frente à TV, perdendo a oportunidade de um papo, uma conversa mais amena, que iria até melhorar a digestão através de mais calma e um melhor relacionamento familiar.
A necessidade de afeto entre pais e filhos é combustível para uma vida melhor e mais sadia dos jovens, principalmente recheada com elogios, agradecimentos e constante renovação, exposição dos sonhos e metas em conjunto.
Podemos exemplificar isto como fazemos com a bateria do celular ou do carro, que vez ou outra descarrega e para funcionar temos que recarregá-la. Assim é também a vida das crianças, dos jovens e mesma a nossa de adultos, onde a recarga procede com mais eficácia no desenvolvimento das virtudes e o carregador da nossa bateria é o amor, o afeto e o elogio, no lugar certo e na hora certa e também quando se trata de filhos, procedendo às correções e verificando os limites.
Boas formas e maneiras de recarregar nossa bateria interna são: Conversar com Deus, visitar a igreja constantemente, ouvir com atenção em forma de reflexão e meditando. Eu particularmente costumo fazer minhas orações acrescida da “Meditação Shinsokan da Seicho No Ie”, visitar pessoas idosas para trocar um bom papo, viajar especialmente com quem você gosta, passeios ao ar livre, especialmente entre árvores, ouvir a música que gosta e passar a agradecer mais por tudo.
Muitas vezes estamos cansados e sem disposição para ir à igreja, para a reunião de Maçonaria ou mesmo da Seicho No Ie, como é o meu caso, mas relutamos contra o cansaço, tomamos banho e vamos para igreja ou reunião. Passado alguns minutos, após pequenas meditações, já estamos novamente revitalizados, remoçados e participando ativamente.
José Pedroso
Já publicado em jornal local há anos, no tempo das discussões sobre maioridade penal.