A Borboletinha Censurada
A Borboletinha Censurada
Antônio Paiva Rodrigues*
Há momentos em que Deus se manifesta com mais intensidade em nossos corações.
São momentos de paz interior, de rica criatividade. Tanto as grandes questões universais quanto os pequenos problemas humanos se apresentam ao nosso espírito com maior clareza.
Sou símbolo da esperança do amor e da vida. Minha metamorfose mostra para as criaturas humanas do mundo em que vivemos, sejam crianças, adolescentes e adultos como se processa os desígnios de Deus. A transformação que sofro simboliza, mesmo que, "rudimentar" como se processa a desencarnação, isto é, a passagem da vida material para a espiritual no teatro da vida.
O Casulo mesmo com seu simbolismo representa o desprendimento da matéria inerte que voltará ao pó como afirmou Nosso Pai Amado em seus Livros Sagrados. Antes eu me mostro com uma forma que os estudiosos da biologia chamam de lagarta, representa o pleonasmo da vida material, "O casulo" a morte e eu borboletinha o Espírito desencarnado. Realize seu trabalho por mais insignificante que seja. Eu estou cumprindo minha missão e você?
Depois que me liberto do casulo me torno visível através da materialização do meu espírito. Sou policromática, apresento uma multiplicidade de cores e formas é meu Perispírito: Sublime, sutil, etéreo e belo. Como ninguém agrada ninguém, quero reafirmar que tenho dignidade, apesar de pertencermos à ordem dos Espíritos imperfeitos (criados simples e ignorantes).
Aos que me condenam podemos classificá-los de inocentes e preconceituosos, não sejamos jamais radicais e nem donos da verdade. De hoje em diante vou me tornar símbolo da harmonia da compreensão do amor e da união entre meus irmãos de espiritualidade.
Serei o mural da compreensão da sensatez da irmandade e servirei de elo de ligação para acabar com os conflitos e as manias de superioridade que infelizmente existem no Movimento Espírita. Represento os boanas, os menos privilegiados, os fracos e oprimidos que apesar das dificuldades da vida e das incompreensões humanas, mas, com o aval de Deus e Jesus Cristo, nosso irmão maior chegaremos lá. Assim seja. Nosso Codificador afirma em suas obras que um dia nos tornaremos anjos, isto é, Espíritos Puros só que; com tanta arrogância, prepotência e mania de aparecer jamais alcançaremos a mais alta escala espiritual. Como recompensa, ficaremos ao "sabor" das trevas, dos Umbrais e dos Nossos Lares como presente aos nossos deslizes e intolerâncias.
Certa vez, perguntaram a Madre Teresa de Calcutá Prêmio Nobel da Paz: Qual sua religião e seu Deus? Prontamente respondeu: minha religião é o amor e meu Deus o próximo. Voa borboletinha, voa, espalhando suas cores belíssimas e sua ingenuidade que representa os esquecidos, os que sofrem desilusões, atrocidades no dia a dia, mas com tua protuberância um dia nós chegaremos lá. Deus é divino, Justo e jamais esquecerá seus filhos amados, quer sejam eles ricos ou pobres, sábios ou incultos. O mundo é de todos, dos sábios dos incultos e também das borboletinhas - Só que os sábios um dia estagnarão e os incultos com o Dom da sabedoria encostarão. Com certeza.
Deus meu criador me ensinou duas palavras que enobrecem qualquer cidadão: O amor e o Perdão. Só que não estão exercitando nem um deles, ignoram estes preciosos exemplos divinos.
Em conseqüência estão se exterminando e a nos exterminar. Um personagem de telenovelas o chamado "Dirceu borboleta" está presente em todos os lugares tentando acabar com o símbolo do amor do perdão e da ingenuidade. Fora os "Dirceus". Existem aqueles que pregam e não executam, como também aqueles que aprendem mais não ensinam. Chamamos de vaidosos os que assim agem.
Á terra não viemos apenas para ter sucesso, poder e glória, e desfrutar mordomias, gozos e prazeres. Viemos para nos curar. Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem.
* Antonio Paiva Rodrigues-Estudante de Jornalismo da FGF