Nossa ansiedade de cada dia

A frase de um amigo: “Calma! Não sofra por antecipação. Espere chegar a ponte.” Mostra o quanto sofremos por antecipação, Ainda nem aconteceu e já estamos nós com os nossos temores interiores.

Quanto desgaste sem benefício algum, a não ser transtornos de saúde que chega quando menos percebemos. Algumas vezes, vem em forma de tonturas, náuseas, taquicardia, dores de cabeça, nuca, ombros...distúrbios no sono passando a noite em claro ou virando de um lado para o outro.

A verdade é que matamos um leão por dia, resolvendo muitas coisas ao mesmo tempo. Pago uma conta hoje ou amanhã? Preciso ir ao supermercado, mas hoje tenho que visitar aquele amigo que adoeceu. Reuniões que se estendem após horário de trabalho.

No campo profissional as escolhas são mais rápidas e as exigências comprometem a forma como vemos a nós mesmos. A palavra “tenho“, “devo fazer”, parecem um mantra, recitando em nossa mente nos distanciando da importância real a cada coisa.

Talvez trocar tenho e devo fazer por “prefiro” e “poderia”, nos faria relaxar, reduzindo a ansiedade por fazer, agindo com mais atenção as nossas necessidades cotidianas.

Com a rapidez das informações, somos levados a ter respostas cada vez mais rápidas, sendo programados para realizar ações 24 horas por dia.

Mas, cada ser humano tem o seu tempo, as formas de realizar determinada atividade. O que nos faz ver a importância de observarmos os nossos pensamentos e ouvirmos nosso silêncio interior.

Este silêncio muitas vezes, precisa que você deixe acontecer para entender a si mesmo, saber se suas escolhas estão de acordo com suas atitudes.

Vamos pensar, um pouco mais sobre a forma como estamos vivendo. Sem ter tempo para fazer o que realmente gostamos.

Antes de chegarmos a ponte, existem muitos caminhos a percorrer. Estradas a serem descobertas, podem ser de asfalto, pedras, terra batida... depende apenas de nós.

Precisamos estar atento, pois a felicidade é feita de pequenos e preciosos momentos.

Aglaé Meinberg

Jan/09