O Perdão – Vingança ou Justiça?
O perdão melhor causa para o que perdoa, sendo assim destituído do horrendo sentimento de vingança. O culpado por isso é absolvido? Óbvio que não. A seu tempo enfrentará sua culpa e diante dela terá a oportunidade redentora de se retratar perante suas vítimas. Se assim não fosse, não existiria justiça Divina, só a dos homens que sofre inumeráveis mudanças para se adaptar a realidade que hora vivemos.
A vingança é um sentimento pequeno, destituído de qualquer nobreza. Só serve para saciar a fome de seres que se contentam com “essa” vida, que acham que “aqui se faz, aqui se paga”, que pensam muito antigo, ultrapassados e saudosos da Lei de Talião: “olho por olho, dente por dente”. Se o Mestre nos ensinou a “dar” a outra face, porque vamos fazer justamente o contrário? Entenda-se: dar a outra face não quer dizer “Dar a cara a tapa”, quer dizer “Perdoar”.
Justiça é dar oportunidade aos ofensores de se redimirem, de se arrependerem. Quem nunca ofendeu ninguém? Quem nunca sentiu vontade de fazer com que o outro sofresse? A Justiça do Pai é maior do que a “Pena de morte”, do que a “vingança”. A Justiça que vem do alto é sempre a mais sensata. Devemos esquecer as ofensas? Na medida do possível sim, mas as marcas ficam. Se houver boa vontade essas cicatrizes nos fazem lembrar sim, mas, com certeza sem ódio, sem rancor.