O vôo 447 da Air France
Sempre é triste quando sabemos que uma aeronave, seja de qual porte for, caiu e matou pessoas; para nós, os que viajam a todos os momentos para os quatro cantos do mundo, este tipo de notícia é estarrecedora; primeiro porque não há como negar o medo de voar novamente, mesmo os que afirmam não ter medo, sempre fica uma pontinha de receio; depois porque imaginamos, apenas imaginamos o que estão passando neste momento as famílias, os amigos e os funcionários da companhia aérea.
Em fevereiro último, eu fiz quase o mesmo trajeto, também num A 330 da TAP entre Belo Horizonte e Lisboa; confesso que foi um dos vôos mais tranqüilos de toda minha vida, tanto na ida quanto na volta. Alguns meses antes, num trajeto curto entre Uberlândia e Belo Horizonte a bordo de um ATR 72 da Trip Linhas Aéreas, passei por momentos críticos durante uma tempestade que nos fez descer muito e simular, para os leigos, uma queda; foi terrível e confesso que depois daquele dia eu evitei por várias vezes (em vão) voltar a voar; não consigo executar este abandono porque o meu trabalho exige grandes deslocamentos e infelizmente, mesmo nos mais curtos, com cerca de 1.000 km é cansativo e ainda mais perigoso.
O que mais atormenta neste momento é a falta de informação ou a informação desencontrada; os organismos de segurança aérea do Brasil informam que o último contato do piloto ocorreu as 22:36h quando a aeronave havia passado cerca de 500 km de Natal, no Rio Grande do Norte; a Air France divulgou a pouco que o último contato ocorreu na madrugada quando o piloto sobrevoava o mar de Drakar no Senegal, cerca de 100 km da capital segundo a empresa. Tem alguma coisa que não bate, porque 500 km após Natal e 100 km antes do Senegal na África há um vazio de mais de 2.500 km sobre o Atlântico e em rotas totalmente diferentes.
Todo o vôo direto para a França que saem do Brasil sobrevoa quase que obrigatoriamente a região da Ilha da Madeira em proximidade com Marrocos, para sobrevoar Portugal como primeiro ponto europeu. O Senegal está numa rota mais a leste que raramente é utilizada pelas aeronaves pertencentes a países europeus. O comando aéreo do Senegal (não é oficial) não admite que o Airbus A 300 da Air France tenha entrado em seu território, muito menos tenha feito qualquer tipo de contato com as autoridades daquele país, pelo menos foi isso o divulgado também agora a pouco pela imprensa.
Uma aeronave do porte desta que provavelmente caiu da Air France demoraria cerca de 3 horas no mínimo para percorrer uma distância entre os 500 km desde o último contato com o Brasil e o Senegal e se ela estivesse em procedimento de pane elétrica, como está amplamente divulgado, não teria ela feito qualquer tipo de contato com qualquer outro aeroporto capaz de executar visualização por meio de radares?
Eu gostei mais do discurso do Porta-Voz da Aeronáutica Brasileira, Coronel Henry Munhoz, que ao ser entrevistado ao vivo por uma rede de televisão somente afirmou que a FAB e todos seus oficiais já estão mobilizados na busca deste avião e que qualquer informação preliminar será mera especulação.
Condições humanas de este avião ter pousado num aeroporto de qualquer canto do planeta está 100% descartado; ele caiu com certeza e nossa torcida é que por milagre, todos ou alguém tenha sobrevivido a tempo de ser resgatado. A dor já existe não só nos envolvidos direta e indiretamente neste vôo, mas em todas as pessoas sensíveis do planeta, inclusive em mim, por vários aspectos, um deles é que voltarei a voar nesta quarta-feira por 2.000 km.
Aos que crêem na existência de um Criador a minha mensagem é: O Criador sempre leva pra si os bons e quando estes não fizeram benévolas na Terra Ele os tira de nosso contato para não contagiar os demais. Pensemos nisso como conforto, por mais doloroso que seja!
Para finalizar, tenho que afirmar que o A 330 da Airbus é seguro, versátil, moderno e confortável e que a marca não pode pagar por antecedência aos fatos!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Sempre é triste quando sabemos que uma aeronave, seja de qual porte for, caiu e matou pessoas; para nós, os que viajam a todos os momentos para os quatro cantos do mundo, este tipo de notícia é estarrecedora; primeiro porque não há como negar o medo de voar novamente, mesmo os que afirmam não ter medo, sempre fica uma pontinha de receio; depois porque imaginamos, apenas imaginamos o que estão passando neste momento as famílias, os amigos e os funcionários da companhia aérea.
Em fevereiro último, eu fiz quase o mesmo trajeto, também num A 330 da TAP entre Belo Horizonte e Lisboa; confesso que foi um dos vôos mais tranqüilos de toda minha vida, tanto na ida quanto na volta. Alguns meses antes, num trajeto curto entre Uberlândia e Belo Horizonte a bordo de um ATR 72 da Trip Linhas Aéreas, passei por momentos críticos durante uma tempestade que nos fez descer muito e simular, para os leigos, uma queda; foi terrível e confesso que depois daquele dia eu evitei por várias vezes (em vão) voltar a voar; não consigo executar este abandono porque o meu trabalho exige grandes deslocamentos e infelizmente, mesmo nos mais curtos, com cerca de 1.000 km é cansativo e ainda mais perigoso.
O que mais atormenta neste momento é a falta de informação ou a informação desencontrada; os organismos de segurança aérea do Brasil informam que o último contato do piloto ocorreu as 22:36h quando a aeronave havia passado cerca de 500 km de Natal, no Rio Grande do Norte; a Air France divulgou a pouco que o último contato ocorreu na madrugada quando o piloto sobrevoava o mar de Drakar no Senegal, cerca de 100 km da capital segundo a empresa. Tem alguma coisa que não bate, porque 500 km após Natal e 100 km antes do Senegal na África há um vazio de mais de 2.500 km sobre o Atlântico e em rotas totalmente diferentes.
Todo o vôo direto para a França que saem do Brasil sobrevoa quase que obrigatoriamente a região da Ilha da Madeira em proximidade com Marrocos, para sobrevoar Portugal como primeiro ponto europeu. O Senegal está numa rota mais a leste que raramente é utilizada pelas aeronaves pertencentes a países europeus. O comando aéreo do Senegal (não é oficial) não admite que o Airbus A 300 da Air France tenha entrado em seu território, muito menos tenha feito qualquer tipo de contato com as autoridades daquele país, pelo menos foi isso o divulgado também agora a pouco pela imprensa.
Uma aeronave do porte desta que provavelmente caiu da Air France demoraria cerca de 3 horas no mínimo para percorrer uma distância entre os 500 km desde o último contato com o Brasil e o Senegal e se ela estivesse em procedimento de pane elétrica, como está amplamente divulgado, não teria ela feito qualquer tipo de contato com qualquer outro aeroporto capaz de executar visualização por meio de radares?
Eu gostei mais do discurso do Porta-Voz da Aeronáutica Brasileira, Coronel Henry Munhoz, que ao ser entrevistado ao vivo por uma rede de televisão somente afirmou que a FAB e todos seus oficiais já estão mobilizados na busca deste avião e que qualquer informação preliminar será mera especulação.
Condições humanas de este avião ter pousado num aeroporto de qualquer canto do planeta está 100% descartado; ele caiu com certeza e nossa torcida é que por milagre, todos ou alguém tenha sobrevivido a tempo de ser resgatado. A dor já existe não só nos envolvidos direta e indiretamente neste vôo, mas em todas as pessoas sensíveis do planeta, inclusive em mim, por vários aspectos, um deles é que voltarei a voar nesta quarta-feira por 2.000 km.
Aos que crêem na existência de um Criador a minha mensagem é: O Criador sempre leva pra si os bons e quando estes não fizeram benévolas na Terra Ele os tira de nosso contato para não contagiar os demais. Pensemos nisso como conforto, por mais doloroso que seja!
Para finalizar, tenho que afirmar que o A 330 da Airbus é seguro, versátil, moderno e confortável e que a marca não pode pagar por antecedência aos fatos!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br