Brasil, um país democrático?!

Fernando Bandeira

fernandoluizbcosta@yahoo.com.br

Engenheiro e jornalista

Durante toda nossa vida nos relacionamos de maneira duradoura ou não, com os Mais diversos tipos de pessoas e, cada uma com o seu caráter. Às vezes somos criticados por não termos paciência com determinado tipo de pessoas e, por isso, dizem que temos o ‘pavio curto’. Somos nós pobres seres humanos, continuamente devorados pelo tempo (às vezes nos esquecemos disso), máquina composta de nervos (afetados pela competição desigual, desumana, irracional e interesseira), sangue e coração.

Segundo a Bíblia, Jesus, revoltado e munido de um chicote, expulsou de um templo aqueles que não agiam de acordo com sua filosofia de vida. E nós, pobre mortais, atingidos pelo desemprego, baixos salários, carência de moradia, péssimas assistências médica e educacional; assistindo impotente à corrupção política que assola este país, em todos os níveis, como poder manter a serenidade diante das situações adversas que surgem em nosso caminho?

Não estamos revoltados com o mundo, em absoluto. Somos revoltados com a miséria, com a hipocrisia, com o falso moralismo e com os oportunistas de plantão que assolam este país. O Brasil foi, é, e tudo indica que será reconhecido pelas grandes potências como uma nação do melhor carnaval e do melhor futebol do mundo!

Devemos tudo isso à maioria dos nossos mandatários que não foram competentes o bastante para mudar a “cara” do nosso país.. Nossos filhos não conheceram, não conhecem e, acho que não conhecerão durante longos anos um Brasil democrático baseado nos princípios da igualdade entre seu povo.

Dispomos nós de uma ‘arma’ poderosa e decisiva para tentarmos reverter o quadro atual, que é o nosso voto – 2010 já se aproxima! Por não escolhermos os melhores candidatos e sim, o vizinho, o pai, o sogro, o tio, o cunhado, o amigo etc, provocamos em consequência, todas as mazelas descritas anteriormente. Como também, a deformação do caráter de uma grande parcela da nossa gente, tornando-a desprotegida, miserável, pedinte e ladrões, por isso, transformando-a em presa fácil nas mãos de políticos desonestos que, se candidatam apenas para se locupletarem (com raras exceções).

Hoje somos um grande país, mas apenas no mapa, na letra do nosso Hino Nacional e nos discursos do Presidente Lula. Infelizmente, uma parcela considerável de nossos políticos se preocupa apenas com suas (deles) famílias.

O nosso receio maior deve ser direcionado para a futura geração que, provavelmente (pelo andar da carruagem), herdará uma nação ainda mais submissa às grandes potências e à mercê de uma economia voltada para os banqueiros e grandes industriais.