MINICONTOS
MINICONTOS.
Senhor ilumina minha visão, aumenta minha consciência, minha concentração. Que seja eu, um justo Juiz. Para julgar a obra de um construtor cearense de coração, emissário da sabedoria, da inteligência, da perspicácia, advogado dos aflitos, dos tristonhos que num passe de mágica, os transformam em risonhos, com seus minicontos debochados e escrachados para certas donzelas, mas para os gnosiológicos é cultura e saber. Acredite se puder; Camelô: Despedida; Dolores; Fogo selvagem; O Assalto; O Bem-Aventurado; O Contrabandista; O Descasado; O Enigma; O Envelope Azul; O Homem de Vidro; O Lançamento; O Progresso; o Tabagista; O Vaga-Lume; Pantaleão; Pescaria; Rabo de Saia e Traquinagens do Vavá são de arrasar e de palpitar qualquer coração. Considero-o meu amigo, companheiro de milícia, confrade de Academia. É uma fábrica de sorrisos, alegrias e gargalhadas. Quando leio “o Homem de vidro”, que tem um pouquinho de todos nós, fica na nossa memória a lembrança singela aposta nas páginas da “Sentinela” para os que não tiveram o privilégio de abraçar sua obra singular. Poetas e filósofos negaram a existência daquela que era o seu fanal. Ele era transparente, mais transparente do que cristal de rocha. Em suas artérias pulsava um sangue azul celeste, refletindo o brilho das estrelas que se apagaram há milênios.
Mas, as rainhas, as princesinhas e as fadas madrinha com suas varas de condão, parecendo refletores, colocaram o homem de vidro em lugar de destaque, nas páginas de uma enciclopédia pequena e virtual, mas que reflete com todos os benfazejos o desejo ardente de um poeta caliente, que cativa à gente de maneira divinal e magistral. Waldir Rodrigues descortina a senda que reconduz a verdade e descerra, aos olhos dos novos adeptos, e esquece os céticos que residem em antros de ódio e separação, nas cavernas do egoísmo, carregando os espinheiros do orgulho, recheados pelos venenosos poços da vaidade, ocultos em si mesmos. Que te ouçam com presteza e alegria o que as tuas obras irradiam, sejam contos ou poesias, seja na simplicidade edificante, mas que seja brilhante como as estrelas do céu. Neste final de ano, onde se comemora o natal queria deixar um sinal da minha gratidão, peço a Deus que ilumine teu caminho, nada de espinhos, só flores, e nesta oração que vem do coração te saúdo e parabenizo assim: Rei Divino, na palha singela, por que Te fizeste criança, diante dos homens, quando podias ofuscá-los com a grandeza do Teu Reino? Soberano da Eternidade, por que estendeste braços pequerruchos e tenros aos pastores humildes, mendigando-lhes proteção , quando o próprio firmamento Te saudava com uma estrela sublime, emoldurada de melodias celeste? Certamente, vinhas ao encontro de nosso coração para libertá-lo. Procuravas o asilo de nossa alma para convertê-la em harpa nas Tuas mãos. Preferias esmolar segurança e carinho para que, em Te amando, de algum modo, na manjedoura esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos outros. Amém. Muitas pessoas acreditam poder esconder a verdade por tempo indeterminado, crendo assim livrarem-se de problemas imediatos e futuros. São pessoas que perderam a fé na verdade por viverem onde predomina e prevalece a mentira. Querido Waldir Rodrigues, jamais se deixe vencer, a batalha é uma parte da guerra que se encerra com a vitória. Ela é a glória para muitos ciclos, é você com esta simplicidade, jeito diferente de falar, na caneta eis doutor na alegria e na tristeza vem o louvor que herdaste do Pai Divino.
Que o transformaste no ser belicoso, jocoso e que num piscar de olhos, num pensamento refinado, transformando o seco no molhado, na sua literatura transformada em poesia, ofertando alegrias aos carentes transformando-os como por encanto num acalanto, que jamais esquecerão. É verdade. Ela, sobretudo, por mais que doa, sempre dói menos no presente que no futuro, quando a mentira, o orgulho, a inveja, já pode ter feito estragos irreversíveis, desdobrando-se em outras mentiras. A verdade ilumina a realidade e garante a estabilidade da vida, por isso pode ser adiada, jamais apagada. Parabéns meu amigo e camarada, você merece.
AUTOR: ANTONIO PAIVA RODRIGUES-Estudante de Jornalismo da FGF