AQUECIMENTO GLOBAL

Geleiras se derretendo nas calotas polares, com enormes placas de gelo se desprendendo e sumindo nas profundezas dos oceanos.

Até cachoeiras formadas pelo degelo caindo de alturas imensas, num espetáculo bonito, mas ao mesmo tempo aterrador. A mãe ursa, debilitada e fraca, vaga em busca de alimentos para seus filhos, que podem morrer de inanição.

É sinal que o efeito estufa está influindo naquelas regiões eternamente congeladas do planeta terra. O degelo poderá aumentar os níveis dos oceanos e inundar cidades litoraneas. Já se notam alterações no clima. Calor excessivo, chuvas torrenciais que inundam as cidades e campos, causando mortes pelos deslizamentos de encostas nas periferias das cidades.

As florestas são devastadas e as grandes queimadas produzem o gás carbônico que se acumulam na atmosfera. Os veículos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel e as fábricas que expelem gases pelas chaminés, geram enormes quantidades de CO2.

Todos esses poluentes causam então o efeito estufa, com aumento das temperaturas, afetando todo o eco-sistema. Secas onde antes chovia regularmente, afetam as economias nos campos pelas perdas das lavouras. A camada de ozônio que protege a terra dos raios ultravioletas expelidos pelo sól está sendo afetada e pode causar câncer de pele.

O Brasil está na vanguarda para substituir os combustíveis fósseis poluidores por fontes renováveis não poluentes, como o etanol da cana de açucar e o biodiesel, extraído das plantas oleaginosas, gerando riquezas no campo.

Não podem, porém, destruir florestas inteiras para o plantio dessas culturas. Eu, que sempre vivi em contato com a natureza, vejo com imensa tristeza todas as modificações que o clima da terra está sofrendo. Ela é muito generosa quando bem tratada. Dá-nos o sólo fértil para o plantio de alimentos, a chuva para regar nossas plantas, os rios de águas limpas para saciar a nossa sede, as matas e as flores para sermos contemplativos de suas belezas, os animais e os pássaros para nossos encantamentos.

Tudo isso ela nos oferece gratuitamente. Cobra, no entanto, de forma violenta quando a agredimos. Furacões devastadores, ciclones e tornados destruidores, tempestades violentas com inundações acontecendo em nosso Brasil e em outros Países.

Devemos, enquanto é tempo, reverter essa situação, plantando árvores nos campos, nas beiradas de rios, lagos, represas, recompor as matas ciliares para que as nascentes adormecidas se regenerem.

As florestas devastadas devem ser recompostas com o plantio de árvores nativas para que novamente tenham vida, os animais silvestres voltem a ocupar seus espaços roubados e os lindos pássaros cantem alegres nos galhos das árvores. Que os rios renasçam para correrem ligeiros nas corredeiras e depois despenquem suaves em lindas cachoeiras. Nas cidades, em suas avenidas, parques, jardins, calçadas, nas ruas, quintais das casas, escolas, fábricas, em todos os espaços, plantar árvores em quantidades, muitas, até a exaustão se for preciso.

Conscientizar também as criancinhas das escolas para elas plantarem suas mudinhas, regarem, serem suas madrinhas, suas defensoras até elas crescerem. Isso é um aprendizado ecológico para salvar vidas no futuro e um exercício de cidadania, na qual os professores teriam um papel de extrema importância.

Os ecologistas também, que lutam em favor da natureza agredida, pois são seus maiores defensores e nos alertam sobre os perigos que corremos, eles também poderiam colaborar, organizando plantios, fazendo mutirões nos campos, procurando conscientizar populações.

Jairo Valio

27-05-2009

"Dia da Mata Atlântica"