Eu já ouvi algumas vezes que “Deus quando tira os dentes alarga a garganta”; em tempos de crise é comum vermos nos setores economicamente agressivos inventarem moda para venderem “seu peixe”, tem gente que reinventa, outros mudam a roupagem, outros anunciam mais nas mídias, da mesma forma que alguns tentam ganhar mais se aproveitando da bondade alheia.
Em alguns setores, como o de Shopping Center, que a clientela é cativa e assiduamente freqüentadora, por conseguinte, consumidora; após a deflagração pública da crise dos Estados Unidos que arrebatou o mundo, todos os setores sofreram perdas absurdas; poucos foram os ramos que não sentiram o corte na própria carne. O setor de Shopping Center, um dos mais lucrativos e incógnitos do país também sentiu os efeitos colaterais deste colapso econômico, mas alguns shoppings ao invés de criarem alternativas mais chamativas para atrair mais público ou manter seus velhos clientes, apostaram na contra mão da normalidade e passaram a praticar a ignomínia como jargão principal de suas atividades.
O BH Shopping de Belo Horizonte, administrado pela tradicional Mutiplan, que tinha o valor médio de cobrança pelo estacionamento em R$ 3,40 até a entrada da convulsão econômica, adotou a tarifa de R$ 4,00 como média de cobrança por permanência de um veículo em suas garagens confusas e desorientadas. O acréscimo foi de 29% na tarifa que já era muito cara e pelo visto as coisas não andaram como o previsto. O shopping alega que o acréscimo seu deu por conta de novos investimentos e da ampliação da área de lojas e estacionamento, uma forma de ter mais receita certa nos tempos difíceis, mas o que eles não previram é a queda na freqüência foi ainda maior, enquanto outros shoppings da mesma cidade, com cobranças de estacionamentos mais baratos, viram seu público crescer.
O maior concorrente do BH Shopping, o Minas Shopping; também fez altos investimentos na área de ampliação e continua cobrando tarifa única de R$ 3,60 (somente para domingos e feriados) e o resultado é o inverso de seu concorrente com lojas cheias e corredores sempre lotados. A diferença entre os dois pode ser de apenas R$ 0,40 na cobrança do estacionamento e alguns podem até dizer que as classes econômicas freqüentadora dos dois são distintas e absurdamente desiguais, mas como já sabemos por experiências anteriores, em tempos de crise, todo centavo economizado pode fazer diferença, principalmente quando não sabemos qual será o final deste colapso, muito menos quais conseqüências reais ele poderá ainda nos trazer.
O setor bancário é outro artista, que o diga o Banco Santander, um dos 5 maiores do Brasil e um dos maiores do mundo. Quem é cliente Santander e Real sabe do que estou falando. Recente foi enviada milhares de cartas para todos os clientes informando que a sua cesta de serviços vai subir a partir de junho. O vice-presidente da instituição, que assina a carta, afirma que tal medida é para o próprio benefício do cliente, eu só não sei de qual benefício ele está falando.
Os bancos é um dos setores que não tem do que reclamar, afinal de contas eles podem até ter tido redução nos lucros, mas prejuízo como os setores do petróleo e aço, isso não tiveram não! Hoje o Santander cobra R$ 8,90/mês pela manutenção da conta ativa e R$ 33,00 por cada renovação de cheque especial. As diversas cestas de serviços são cobradas de acordo com a cara do freguês; por mais que os gerentes não afirmem isso eu posso afirmar porque sou cliente Santander e o pior de tudo é que pagamos e raramente usufruímos dela.
O banco que menos cobra pela manutenção da conta corrente ativa é o Banco do Nordeste, R$ 4,00 a cada 30 dias como o menor valor de referência; já o banco mais caro é o ABC Brasil que cobra os incríveis R$ 500,00 a cada 30 dias de utilização de sua conta. Dos bancos considerados comuns o mais caro é o Mercantil do Brasil que cobra R$ 15,00 por mês de uma conta simples, segundo o site Corta Contas do Grupo Buscapé.
Pesquisando no Corta Contas encontrei outras curiosidades: o Banco do Rio de Janeiro (BANERJ) é o que cobra menos pela renovação do cheque especial, R$ 7,00 por evento, já o Banco do Estado do Espírito Santo S/A cobre R$ 1.500,00 pela mesma renovação de cheque especial por cada evento. Um saque avulso no BANERJ é cobrado de seu cliente R$ 1,20, já no UNICARD Banco Múltiplo S/A o mesmo saque custa R$ 14,90. Um DOC no Banco John Deere S/A custa R$ 4,00, já no Banco do Estado do Espírito Santo o mesmo DOC custa R$ 50,00. Um TED no Brascan S/A custa R$ 1,37 e no Banco Daycoval S/A o mesmo TED custa R$ 51,37.
Os nomes de alguns bancos podem não ser tão comuns, mas cada brasileiro que possui a mania ou necessidade de comprar a crédito pode ser cliente de um destes bancos de nome não popular e nem sabem disso, portanto, olho vivo quando for contratar os serviços de um banco, seja para abrir uma simples conta corrente, seja para financiar algum bem ou serviço. Os bancos para não perder as gordas fatias do lucro apelam para artifícios pouco convencionais e algumas vezes espúrios. No caso específico do Santander, eles subirão o valor das cestas de serviços e afirmam que baixarão outros serviços para compensar, mas os serviços que baixarão os preços são “contra ordem de cheque” e outros correlatos; isso chega a ser hilário!
Outro setor pra lá de engraçado é o de seguros; as seguradoras são as mais lindas e as mais boazinhas até lhe convencer a assinar o contrato; depois disso é um Deus nos acuda; peça de joelhos a Deus para nunca precisar desta gente e caso tenha necessidade, torça para seu corretor ser no mínimo profissional, afinal de contas, só os corretores possuem o DOM de conseguir falar com as Companhias de Seguros. Para este tema em específico eu posso citar mais um de meus desafetos jurídicos, como por exemplo, a HDI Seguros; a HDI Seguros é campeão de papelões engraçados e maldosos; eles pagam caro por todos os serviços contratados, isso inclui guinchos, hotéis, taxis e locação de veículos e por não saberem aplicar regras básicas da negociação acabam repassando isso para o custo do seguro e quando você precisa utilizar simplesmente eles te negam e ponto final.
Prestem muita atenção na hora da contratação de um seguro novo, seja o primeiro, seja uma renovação; muitas vezes o mais barato significa dores de cabeça tão fortes que nenhuma aspirina a base de cafeína resolverá o seu problema. Escrever aludindo problemas alheios pode parecer irresponsável, mas escrever citando as próprias circunstâncias é prudente e serve como referencial. No caso do seguro, nos 8 anos que possuo de forma ininterrupta, jamais colidi ou tive o veículo furtado; raras vezes necessitei da assistência e mesmo assim, nas poucas vezes que precisei acionar a HDI, não tive o tratamento correto ao telefone e sempre tive problemas após o serviço prestado, portanto, eu não renovo com esta companhia nem que seu preço seja a metade do segundo concorrente.
Vale a pena conferir os critérios e valores cobrados dos cartões de crédito, seguro saúde e vida, financiamentos, consórcios e previdência privada também costumam enganar com falsas promessas e doces ilusões de que tudo será uma maravilha depois de aderido a um contrato. Leia, pense bem e de preferência procurem o auxílio de um advogado ou de um economista; advogados e economistas sérios costumam prevenir alçapões durante o seu caminho com empresas que atuam nestes mercados.
E como eu costumo dizer: “e assim vai passando a caravana e os cães vão ladrando ao largo delas”; quando menos percebermos, as caravanas dos preços altos e dos falazes do dinheiro do cliente já passaram e nós, os pobres trouxas adormecidos, é quem pagamos ao final pelos finais de semana deles nos cassinos da Europa, por seus iates de luxo e por suas contas correntes nas ilhas caribenhas, tudo isso sem ao menos percebermos, muitas vezes até sorrindo e se orgulhando em afirmar que somos clientes do banco “tal” ou do shopping “y”.
O consumo deve continuar para que empregos sejam mantidos, mas isso não quer dizer que eu e você tenhamos que pagar a mais pelos produtos e serviços enquanto existem outros tão bons quantos, por preços menos escorchantes. Seja em bancos, shopping Center ou na bodega do Seu Manoel, aprenda a pesquisar, afinal de contas, se você só tiver R$ 3,90 no bolso, com certeza não poderá estacionar no BH Shopping, da mesma forma que se em sua conta corrente comum somente tiver um valor pequeno de saldo o Santander não efetuará um serviço solicitado por insuficiência de fundos; pensem bem nisso, reivindiquem ou troquem de parceiro.
Se todos nós tivéssemos a educação de proceder desta forma já teríamos um mercado menos inóspito conosco; teríamos mais respeito no atendimento das agências bancárias e no interior do shopping Center, enfim, seríamos mais clientes do que trouxas.
Quem quiser saber mais sobre todas as tarifas bancárias poderá acessar o site www.cortacontas.com.br e saber se o seu banco é um dos mais caros ou um dos mais baratos; lá também tem outras boas pesquisas para quem desejar economizar na hora de comprar algo ou de contratar um serviço. Outro bom lugar para saber das reclamações destas empresas são os PROCONs e o site www.reclameaqui.com.br.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Em alguns setores, como o de Shopping Center, que a clientela é cativa e assiduamente freqüentadora, por conseguinte, consumidora; após a deflagração pública da crise dos Estados Unidos que arrebatou o mundo, todos os setores sofreram perdas absurdas; poucos foram os ramos que não sentiram o corte na própria carne. O setor de Shopping Center, um dos mais lucrativos e incógnitos do país também sentiu os efeitos colaterais deste colapso econômico, mas alguns shoppings ao invés de criarem alternativas mais chamativas para atrair mais público ou manter seus velhos clientes, apostaram na contra mão da normalidade e passaram a praticar a ignomínia como jargão principal de suas atividades.
O BH Shopping de Belo Horizonte, administrado pela tradicional Mutiplan, que tinha o valor médio de cobrança pelo estacionamento em R$ 3,40 até a entrada da convulsão econômica, adotou a tarifa de R$ 4,00 como média de cobrança por permanência de um veículo em suas garagens confusas e desorientadas. O acréscimo foi de 29% na tarifa que já era muito cara e pelo visto as coisas não andaram como o previsto. O shopping alega que o acréscimo seu deu por conta de novos investimentos e da ampliação da área de lojas e estacionamento, uma forma de ter mais receita certa nos tempos difíceis, mas o que eles não previram é a queda na freqüência foi ainda maior, enquanto outros shoppings da mesma cidade, com cobranças de estacionamentos mais baratos, viram seu público crescer.
O maior concorrente do BH Shopping, o Minas Shopping; também fez altos investimentos na área de ampliação e continua cobrando tarifa única de R$ 3,60 (somente para domingos e feriados) e o resultado é o inverso de seu concorrente com lojas cheias e corredores sempre lotados. A diferença entre os dois pode ser de apenas R$ 0,40 na cobrança do estacionamento e alguns podem até dizer que as classes econômicas freqüentadora dos dois são distintas e absurdamente desiguais, mas como já sabemos por experiências anteriores, em tempos de crise, todo centavo economizado pode fazer diferença, principalmente quando não sabemos qual será o final deste colapso, muito menos quais conseqüências reais ele poderá ainda nos trazer.
O setor bancário é outro artista, que o diga o Banco Santander, um dos 5 maiores do Brasil e um dos maiores do mundo. Quem é cliente Santander e Real sabe do que estou falando. Recente foi enviada milhares de cartas para todos os clientes informando que a sua cesta de serviços vai subir a partir de junho. O vice-presidente da instituição, que assina a carta, afirma que tal medida é para o próprio benefício do cliente, eu só não sei de qual benefício ele está falando.
Os bancos é um dos setores que não tem do que reclamar, afinal de contas eles podem até ter tido redução nos lucros, mas prejuízo como os setores do petróleo e aço, isso não tiveram não! Hoje o Santander cobra R$ 8,90/mês pela manutenção da conta ativa e R$ 33,00 por cada renovação de cheque especial. As diversas cestas de serviços são cobradas de acordo com a cara do freguês; por mais que os gerentes não afirmem isso eu posso afirmar porque sou cliente Santander e o pior de tudo é que pagamos e raramente usufruímos dela.
O banco que menos cobra pela manutenção da conta corrente ativa é o Banco do Nordeste, R$ 4,00 a cada 30 dias como o menor valor de referência; já o banco mais caro é o ABC Brasil que cobra os incríveis R$ 500,00 a cada 30 dias de utilização de sua conta. Dos bancos considerados comuns o mais caro é o Mercantil do Brasil que cobra R$ 15,00 por mês de uma conta simples, segundo o site Corta Contas do Grupo Buscapé.
Pesquisando no Corta Contas encontrei outras curiosidades: o Banco do Rio de Janeiro (BANERJ) é o que cobra menos pela renovação do cheque especial, R$ 7,00 por evento, já o Banco do Estado do Espírito Santo S/A cobre R$ 1.500,00 pela mesma renovação de cheque especial por cada evento. Um saque avulso no BANERJ é cobrado de seu cliente R$ 1,20, já no UNICARD Banco Múltiplo S/A o mesmo saque custa R$ 14,90. Um DOC no Banco John Deere S/A custa R$ 4,00, já no Banco do Estado do Espírito Santo o mesmo DOC custa R$ 50,00. Um TED no Brascan S/A custa R$ 1,37 e no Banco Daycoval S/A o mesmo TED custa R$ 51,37.
Os nomes de alguns bancos podem não ser tão comuns, mas cada brasileiro que possui a mania ou necessidade de comprar a crédito pode ser cliente de um destes bancos de nome não popular e nem sabem disso, portanto, olho vivo quando for contratar os serviços de um banco, seja para abrir uma simples conta corrente, seja para financiar algum bem ou serviço. Os bancos para não perder as gordas fatias do lucro apelam para artifícios pouco convencionais e algumas vezes espúrios. No caso específico do Santander, eles subirão o valor das cestas de serviços e afirmam que baixarão outros serviços para compensar, mas os serviços que baixarão os preços são “contra ordem de cheque” e outros correlatos; isso chega a ser hilário!
Outro setor pra lá de engraçado é o de seguros; as seguradoras são as mais lindas e as mais boazinhas até lhe convencer a assinar o contrato; depois disso é um Deus nos acuda; peça de joelhos a Deus para nunca precisar desta gente e caso tenha necessidade, torça para seu corretor ser no mínimo profissional, afinal de contas, só os corretores possuem o DOM de conseguir falar com as Companhias de Seguros. Para este tema em específico eu posso citar mais um de meus desafetos jurídicos, como por exemplo, a HDI Seguros; a HDI Seguros é campeão de papelões engraçados e maldosos; eles pagam caro por todos os serviços contratados, isso inclui guinchos, hotéis, taxis e locação de veículos e por não saberem aplicar regras básicas da negociação acabam repassando isso para o custo do seguro e quando você precisa utilizar simplesmente eles te negam e ponto final.
Prestem muita atenção na hora da contratação de um seguro novo, seja o primeiro, seja uma renovação; muitas vezes o mais barato significa dores de cabeça tão fortes que nenhuma aspirina a base de cafeína resolverá o seu problema. Escrever aludindo problemas alheios pode parecer irresponsável, mas escrever citando as próprias circunstâncias é prudente e serve como referencial. No caso do seguro, nos 8 anos que possuo de forma ininterrupta, jamais colidi ou tive o veículo furtado; raras vezes necessitei da assistência e mesmo assim, nas poucas vezes que precisei acionar a HDI, não tive o tratamento correto ao telefone e sempre tive problemas após o serviço prestado, portanto, eu não renovo com esta companhia nem que seu preço seja a metade do segundo concorrente.
Vale a pena conferir os critérios e valores cobrados dos cartões de crédito, seguro saúde e vida, financiamentos, consórcios e previdência privada também costumam enganar com falsas promessas e doces ilusões de que tudo será uma maravilha depois de aderido a um contrato. Leia, pense bem e de preferência procurem o auxílio de um advogado ou de um economista; advogados e economistas sérios costumam prevenir alçapões durante o seu caminho com empresas que atuam nestes mercados.
E como eu costumo dizer: “e assim vai passando a caravana e os cães vão ladrando ao largo delas”; quando menos percebermos, as caravanas dos preços altos e dos falazes do dinheiro do cliente já passaram e nós, os pobres trouxas adormecidos, é quem pagamos ao final pelos finais de semana deles nos cassinos da Europa, por seus iates de luxo e por suas contas correntes nas ilhas caribenhas, tudo isso sem ao menos percebermos, muitas vezes até sorrindo e se orgulhando em afirmar que somos clientes do banco “tal” ou do shopping “y”.
O consumo deve continuar para que empregos sejam mantidos, mas isso não quer dizer que eu e você tenhamos que pagar a mais pelos produtos e serviços enquanto existem outros tão bons quantos, por preços menos escorchantes. Seja em bancos, shopping Center ou na bodega do Seu Manoel, aprenda a pesquisar, afinal de contas, se você só tiver R$ 3,90 no bolso, com certeza não poderá estacionar no BH Shopping, da mesma forma que se em sua conta corrente comum somente tiver um valor pequeno de saldo o Santander não efetuará um serviço solicitado por insuficiência de fundos; pensem bem nisso, reivindiquem ou troquem de parceiro.
Se todos nós tivéssemos a educação de proceder desta forma já teríamos um mercado menos inóspito conosco; teríamos mais respeito no atendimento das agências bancárias e no interior do shopping Center, enfim, seríamos mais clientes do que trouxas.
Quem quiser saber mais sobre todas as tarifas bancárias poderá acessar o site www.cortacontas.com.br e saber se o seu banco é um dos mais caros ou um dos mais baratos; lá também tem outras boas pesquisas para quem desejar economizar na hora de comprar algo ou de contratar um serviço. Outro bom lugar para saber das reclamações destas empresas são os PROCONs e o site www.reclameaqui.com.br.
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br