O BULLYING
"O Brasil, um país continente,
com 190 milhões de pessoas
mal distribuidas nos mais
diversos rincões , vai
ser muito difícil
refinar a
educação." (Kalena)
Quando se fala em educação , nem sempre é aquela que se aprende ou não nas escolas . Nem sempre é o instruído , o letrado, ou não , o rico , o pobre , o feio ou o bonito . O gordo ou o magro , o inteligente ou o mediano .... É sim , quando se fala de berço, do DNA , do que traz sua ancestralidade , etc...
Há mais de 2 anos eu ouço falar em bullying . Não tem uma tradução , digamos, objetiva , dessa palavra . Mas eu me lembro que alertei o dono do Site , onde eu postava meus textos ( nem é daqui do Brasil ) para que ele fizesse um Editorial sobre isso . Ele não deu bola . Preferiu escrever outras coisas para contentar o ego e deixar o bullying de lado . E o fenômeno foi crescendo e deu no que deu e no que ainda está dando . Claro que o bullying não é um fenômeno novo . Desde sempre as escolas foram palco e coxia de perseguições entre alunos , muitas vezes ao largo do controle de
professores e responsáveis , levando a traumas graves e perturbações que acompanham a pessoa pela vida afora . Pesquisas revelam que o fenômeno não tem limites .
Eu , e todo mundo, provavelmente , deduz que as relações
sociais são determinadas pelo nivel de cultura e civilidade de cada cidadão, de acordo com o conjunto de características individuais e
pelos grupamentos conforme hierarquias de convivência . Sei , e suponho que todo mundo saiba que em maior ou menor grau o apro-fundamento de um realacionamento , é dado pelo tempo em que as pessoas permanecem unidas por contingência , pela empatia , por interesses comuns , por extrema necessidade e não raro , vão se criando os laços de amizade . Isso já se inicia na família , na nossa rua , nosso bairro , nossa cidade . Mas é nas escolas que esses laços se tornam mais apertados , mais duradouros ou é nas próprias escolas que se inicia o tormento para algumas crianças e adolescentes.
As escolas são importantes para o desenvolvimento dos parâmetros de convivência e para estabelecer as regras , as normas de socialização . Onde as crianças passam ou dveriam passar a maior parte do seu tempo ? È , extamente , na escola com seus colegas , seus professores , com a inspetora ou inspetor de alunos , a merendeira, o pessoal da cantina , o vigilante de segurança ( ???) , etc...Além de estender sua convivência para atividades extra classe o que ajuda muito na sedimentação das bases que são de importância fundamental nessa fase da vida . Nos intervalos e na hora do recreio , as brincadeiras aparecem , como se estivessem num teatro representando em gestuais e em palavras os seus elevados sentimentos. Na verdade é um teatro anímico onde são testados os LIMITES de cada um , traçando seus valores e as suas preferências , as lideranças que permearão os relacionamentos . E é aí que ocorrem , também os excessos , o atravessamento das fronteiras , os abusos , a ocupação do erritório que pertence ao colega , et.. Os gordinhos, quase sempre são repelidos e ganham apelidos . ( os mais variados e originais) . Por sua vez, os magrinhos , os de pequeno porte para aidade, não passam em branco . Ele é o "magrela", ou magricela, ou Popeye , ou...ou... Intrometem na religião , no modo de andar , na voz , nos cabelos , na condição social-econômica e só Deus sabe no mais o que . AS meninas , são tachados de todos os apelidos possíveis : sardenta , negrinha , baleia , ... palito , cabeluda ou sem cabelo, enfim... a criatividade é imensa. Neste contexto não usam só as palavras maléficas , mas usam também a violência física. "Eu te pego lá fora viu ,pirata ???" .
"Vou contar tudo para o meu pai e para a diretora viu , Morcego " , e assim vai num crescendo a ponto de sair brigas homéricas , tiros , pauladas, etc... E deixam , nos "coitados" sorteados para o bullying , as mais profundas marcas , psicológicas e físicas, claro . Vemos isso , quase sempre nos noticiários , do mundo todo . No mundo inteiro , existem as marcas indeléveis dos bullyings . E , como dizem as pesquisas , isso não tem limite e é no pátio das escolas , ou fora delas , que a opressão toma forma de zombarias eivadas de preconceitos, discriminação , violência implícita, constrangendo seri- amente algumas crianças , sempre selecionadas entre os que o grupo , considera "diferentes" , no campo estético, econômico , racial, social- religioso . Se as relações entre estudantes eram con -flituosas , agora estão muito mais sérias. Perigosas. Em um mundo em que os jovens não respeitam o próprio espaço , chegam a ameaçar e agredir os professores , os laços de família são os mais difusos , pais despreparados para serem pais , pais que não querem ter o trabalho de educar seus filhos, em casa, a gente pode imaginar até onde pode ir a violência aos seus subjugados . Essas coisas todas devem merecer muita atenção de professores e diretores . E até dos SUPERIORES. Os pais das crianças vítimadas , na escola , pelos colegas desajustados , precisam ser notificados . É um direito deles e um dever da Escola, informar , para que se evite tragédias .
AS sequelas do BULLYING são graves e não podem depender de chegar a níveis absurdos para que a proteção seja estendida às vítimas .