VIOLÊNCIA IMPLÍCITA

Duas situações retratam a mixórdia sócio-cultural, que fora submetida a estratificação mais pobre de nossa gente. Encabrestada, encurralada pela falta de conhecimento; essa população foi sempre estuprada no cerne seus valores e direitos elementares. Que doravante, ainda evidencia uma submissão ao poder econômico, em detrimento à própria lei. Ainda temos, uma porção considerável de nossa gente, ligada aos feudos da obscuridade; embriagados pela volúpia da chibata, retornam-se às trevas renegando o iluminismo. Por outro lado: Os ditames do latifúndio, ainda se acham passageiros senhores da coroa, a bom bordo dos navios lusitanos; a olhar com desdenho e desprezo, a ingênua nudez do novo mundo. Nudez de: (corpo, de alma e de cidadania). Tais estereótipos são eternos entraves, na mente e na alma de nosso povo, que considera como valor: O desrespeito, as inverdades, o indigno e a liberdade modelada pelos conceitos talibãs.

Tudo o que agente aprende e apreende vida afora, eticamente correto, tem que ser compartilhado com as pessoas. Caso contrário, a vida torna-se um eterno balaio do faz de conta: Descomprometida com as causas sociais, que resgatam a interatividade coletiva e que fundamenta conhecimentos no artigo sócio-cultural do conceito, Ganhar/Ganhar. (que é quando ambas as partes ganham numa negociação). Na hierarquia das necessidades é previsível, mas ambas primam-se pelo respeito e acima de tudo, capacitam-se ao diálogo na resolução daquilo que é diferente. Diálogo com quem comunga a mesma idéia, simplesmente não é diálogo, não tem crescimento e nem é meritório. O mérito se dá, no contexto da filosofia da pedra, que cresce a cada momento, acompanhando a distensão contínua do universo e a admirável dança da vida. A partir daí entenderemos, que o inebriante sorriso do espírito gentio transcenderá a essência da tribo, iluminando os caciques indoutos, na insana lógica dos Pajés.

Situação 1 - trata-se do falar muito e do pensar e agir pouco.

a) A violência das drogas, seria o mesmo que as drogas da violência?

b) Se os pais biológicos perdem as rédeas, sobra para as autoridades (pais sociais).

c) Os pais sociais devem exemplificar com a austeridade, mas também com educação, respeito e dignidade.

d) Usar frequentemente da sinergia da alma, materializadas na: (desculpa, obrigado, por favor). Desculpa é humildade - Obrigado é reconhecimento – Por favor é necessidade

e) O homem é um ser ecológico, para tanto tem que se sentir assim. Sem educá-lo, não há teatro... E o espetáculo da vida acaba por falta de luz!

f) Ter o discernimento de que humildade, não é baixar a cabeça. Mas incentivar ao outro que a levante.

Situação 2 - trata-se do abstrato, do psíquico, da sociologia do poder: Onde os menos informados, tem imensa dificuldade em assimilar, devido o avassalamento sócio-cultural intencionalmente planejado em função da manipulação das massas.

a) As igrejas por sua vez, respingam discórdia entre si! O Ecumenismo é a comunhão da partida! Quanto ao caminho; cada homem e cada mulher se emancipam. Se DEUS não nos une, quem nos unirá? O vinho é de todos, e o pão somos todos! Servir vinagre na Santa Ceia, é ”Distanciar-se dos projetos do Pai”.

b) Algumas brincadeiras a principio, aparentam inocentes e inofensivas. Mas, estão recheadas de cálculos preconceituosos, com uma única prerrogativa: A nossa eterna e irracional subserviência. Meu caro leitor e leitora, botem a cuca p’rá funcionar! Observem, na lenda do Lobisomem (aproveitando o momento da quaresma); quem vira porco é somente pobre.

Pense nisso...! Ponha esse chapéu...! É uma forma não inusitada; mas freqüente e criativa de sublimação, na arte moderna de se fazer escravos. O antropólogo e escritor Darcy Ribeiro diz em seu livro, O POVO BRASILEIRO: “ Eles não tem nenhuma noção e muito menos orgulho, da façanha que representou construir e levar à independência, esse país, que acharam feito”. Darcy, como amplo conhecedor que era, das mazelas impostas ao povo brasileiro. Relata a falta de compromisso que a elite brasileira, econômica ou ideológica, originariamente aportuguesada, tem com seu próprio povo. Pois estão a sonhar com os castelos imperiais da Europa quinhentista, eximindo-se da responsabilidade; de junto a todos construir uma sociedade igualitária e justa. .

Somente o PARA-ISO social, para afastarmos o cangaço urbano.

Paldinis Moraes do Nascimento - DINIZ

Dinis
Enviado por Dinis em 20/05/2009
Código do texto: T1605052