ESTAREI EU FALANDO BOBAGENS? Artigo número um da série. Acompanhe.

Principalmente na escola pública, penso que todos os pais, não sendo o casal, pelo menos um dos, deveria frequentar a escola de seus filhos. Não o frequentar esporádico, ou atender a chamados, ou entregas de boletins e reclamações constantes de ambos os lados. Teriam aulas, por exemplo, noturnas. Não importa a sua escolaridade. Com a professora de seu filho aprender ou revisar o conteúdo que lhe foi passado naquele dia. A professora, por sua vez, teria um salário a mais. Os pais ganhariam na interação pessoal com aquela que prepara o futuro de seu filho. Se a mãe ou o pai não tem nenhuma escolaridade frequentariam, a priori, um curso à parte, de alfabetização. No correr do tempo, a mãe teria condições de ajudar, intelectualmente, se não o primeiro, mas aos outros filhos.

Quantas mães necessitam de socialização? Quantas delas foram tão marcadas pela exclusão que não têm muito a oferecer ao filho senão amor e cuidados. Outras, nem isso, infelizmente. Quantas foram maltratadas, humilhadas pela sua condição social e não conseguem compreender e ajudar os professores. Brigam pensando estar defendendo a cria, mas estão incutindo nos filhos uma revolta que não traz progresso interior e nenhum outro progresso. Nesse ponto, penso que, passado a primeira aula com a professora do filho, haveria para todos os pais, uma aula com um psicólogo. Ele saberia como levar cada assunto, com uma boa conversa ou uma terapia grupal. Aí, as pessoas se identificariam umas com as outras. Veriam que têm problemas semelhantes, sonhos parecidos e limites a serem superados. Cada problema detectado, haveria de vir a ajuda.

A terceira hora seria com uma enfermeira, alguém do meio médico ou assistencial da saúde. O assunto seria saúde, prevenção de doenças, quebra de mitos alimentares. Ajuda substancial seria cuidar dos pais. Daí entra em cena o dentista, o médico oftalmologista, o dermatologista, etc.etc.etc. Ah! Uma atividade física para quem puder e quiser. Seria formidável.

Como ajudar uma criança, como desenvolvê-la e despertar o seu real interesse se ela vive em um ambiente completamente alienado da vida escolar. O aluno leva para a escola, a sua primeira bagagem, o que de bom e de ruim lhe foi passado. Não seria o momento de repensar, ou pensar um pouco mais sobre a realidade em que vivemos? Ou eu estaria apenas escrevendo um punhado de asneiras? Aceito críticas e sugestões. Vamos pensar juntos?!