UMA SOCIEDADE IDEAL

Em todas as épocas atravessadas pela humanidade, nada deu maior desenvolvimento e cidadania a um povo, do que sua capacidade de se educar e de se auto desenvolver. Quando falamos em educar; estamos nos referindo à educação universal em seu amplo sentido. Não apenas na capacidade didática de construir á vida; mas, na capacidade sintética de conviver na... e com a vida, ademais dentro de um aparelho social sem o devido respeito. Estamos falando, na capacidade de conviver. Pois conviver; é viver com! Conviver, é saber que direitos e deveres são intertextualidades recíprocas... Deveres de uns, direito de outros. E assim sucessivamente; muito embora, grande parcela das pessoas, ainda não atinou para esse contexto da vida social.

Educação é saber que: Depois da invenção da palavra, todas as nossas diferenças deveriam ser solucionadas através do diálogo e não na força brutamonte dos braços, na rispidez das palavras, na selvageria dos pontapés e muito menos no o acre azedo da língua. Saber que além dos seres humanos, nossos pares e semelhantes, os animais também são seres viventes, portanto deveriam gozar do direito á dignidade. Pois, alguns humanos ainda no estágio primata, os maltratam e os deixam abandonados pelas ruas, praças e jardins de nossas cidades. Comportamento tal, que deixaria pirado em estado paranóico São Francisco de Assis, pelo carinho que ele desvelava a estas criaturas (nossos irmãos menores). Educar nossas crianças é nos fazermos pais de todos os filhos e filhos de todos os pais. É cuidar de nossos idosos, jamais retornaremos a nossa infância, mas o caminho da bengala é uma vereda irremediavelmente certa, com trânsito livre a todos os seres viventes. Então o que se espera, é que cada um pavimente seu caminho, zelando pela parte vulnerável dessa pirâmide social tão inconstante e ao mesmo tempo tão constante, que limita e não alarga os horizontes da subida. Conjuga na egoística formalidade os verbetes da caridade, tornando-os como fragmentos da hipocrisia sintética, a deixar sem esperança e sem a consciência de que todos somos na íntegra, dançarinos mantenedores da magnífica dança dos DEUSES. Assim, seremos artífice de uma cidade mais humana, mais limpa na sua subjetividade, e dinâmica na sua objetividade; para que cada homem e cada mulher deste solo, possam desenvolver e se envolver, tornando senhores eméritos de suas vidas. Ter pela luta através da educação, um estado mais justo e distributivo, sem o azedume indecoroso do licor político, que sempre tornou o cálice do diferente, em taça de conteúdo bizarro, como se a vida conseguisse desvendar-se por si só, da cara e da coroa essencial ao construtivismo humano.

Só assim teremos um país mais solidário, não só nas tragédias... Mas sempre! A América trocaria o canhão pela razão, o mundo despertaria para a ilógica avareza humana, que não reconhece no outro, a imagem de nossa imperfeição. Ao desnudarmos desses paradigmas, o universo sonharia os nossos sonhos, abarcaria na fecundidade do solo, a plenitude germinada, na consciência da alma.

“Nenhum povo teria podido sobressair e ocupar um lugar de privilégio no conceito das nações, nem figurar entre os destacados da história, se não tivesse existido, esse esforço louvável da inteligência e da educação, que edificou tantas obras, esclareceu tantas mentes e propiciou tantos exemplos. A força moral das nacionalidades surge sempre da potência de sua cultura e da ilustração de seus pensamentos. A capacidade de estudo cresce ou decresce, segundo seja o estímulo que receba para o seu desenvolvimento. Nenhum labor deveria ser mais respeitado, do aquele que a inteligência e a educação sintetiza, só a elas devemos a soma dos avanços obtidos em todas as ordens da vida.

A decadência dos povos sobrevém, quando esses são privados do maior estímulo que o pensamento dos homens sempre reclamou: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Não se pode negar que o que engrandece uma nação, mais que suas riquezas materiais é o concurso e o esforço dos homens e mulheres de inteligência. No respeito ás prerrogativas da consciência humana, na preponderância dos valores individuais e na justa estimação dos conceitos é que reside, invariavelmente, a melhor prova de sua independência e soberania. O sentimento de nacionalidade surge precisamente, da capacidade de estudo e de trabalho de uma nação. O conceito de pátria exalta os deveres do cidadão, resguardando a invulnerabilidade de sua terra natal. A nação constitui um corpo jurídico e social; Já a pátria, é a alma desse corpo, encarnada no povo, e é a força moral que sedimenta a tradição e forja o ímpeto indomável do sangue e do saber.

Propiciar a educação exaltando a consciência em manifestações amplas do pensar e do sentir. É realizar uma obra fecunda e é o melhor investimento que o capital político, social e espiritual de um povo pode fazer, se quer alcançar os píncaros da glória.”

Texto entre aspas:

(Parafraseado do texto logosófico do Jornal Estado de Minas 04/05/08 )

Paldinis Moraes do Nascimento (DINIS)

Dinis
Enviado por Dinis em 19/05/2009
Código do texto: T1603281