O pé de ipê
O pé de ipê
A exuberância da fé nos faz refletir também na botânica através da vida das plantas, guiadas pela mãe Natureza e o fato que provou um pequeno pé de ipê que meu filho caçula, Zeca, comprou na escola, não sei se ipê roxo, amarelo ou branco.
O histórico é que no auge do árduo sol da primavera ele se apresentou raquítico e ainda por sinal, meses findos, algum animal, possivelmente vacas ou cavalos que às vezes circulam à procura de grama para pastar, pelas ruas, ter pisado no mesmo e o deixado quase na lona.
Foi quando fizemos uma pequena sustentação e o amarramos junto a ele, posteriormente novamente derrubado, pois da janela vi meu cunhado Adolfo o amarrando novamente e o mesmo continuou assim frágil. Especialmente no auge da primavera todas as plantas trocam as folhas as quais caem para renovação, para o florescimento e frutificação.
O que pode ter acontecido com o mesmo para somente a troca de roupagem dado a sua tenra idade, porém com nova exuberância, novos sonhos de nova frutificação que acontece com a maioria das plantas. Não botava fé no ipezinho que apresentava uma varinha de pouco menos de 20cm de altura e de aspecto seco que pensei: Este aí já era!".
Para nosso espanto, aconteceu nos primeiros chuviscos do verão de outubro a pequena varinha de ipê começou brotar exuberante e hei-lo bonito e vigoroso, como disse coisas mesmo da mãe Natureza, do Criador e da criação. É uma prova do sentimento de ter fé, ter confiança, ter esperança, evitar preocupações talvez desnecessárias em troca de viver uma vida cheia de sonho e de esperança e ser feliz, deixando a vida brotar livremente e como dizia meu pai “nada melhor do que um dia após o outro”.
José Pedroso
3 de novembro de 2002