Rego d'água e as ongs
Rego d’água
Nas propriedades agrícolas e, em especial, nas antigas era comum tirar um pouco a vazão de um córrego próximo e canalizar esta parte para dar servidão à sede da propriedade. O costume é colocá-lo bem próximo e uns usam colocar bicas de madeira, outros de coqueiros, outros de alvenaria com cimento e pedras já passando por dentro da área de serviço da residência.
Uma benfeitoria que propicia muitas vantagens à propriedade, no uso geral, acrescenta-se um mujolo para beneficiar arroz e café em casca, fazer fubá de milho, quireras para pintinhos e mais uma infinidade de vantagens para o fazendeiro, seus funcionários e até para a comunidade circunvizinha.
Há somente pequenas desvantagens, que é o risco de vir pela água alguns filhotes de sucuri a procura de alimentos. Há modernamente recursos melhores, com pena de não ser tão natural como o rego d’água, que são os recursos de uso de rodas d’água, bombas elétricas com mini poços e outros.
Acontece que por algum motivo este proprietário se vê privado deste beneficio tão natural motivado por ações dele próprio, como uso indevido. Exauriram todas as possibilidades e não pode mais usar. E agora, como fazer? Urge, entretanto, criar e canalizar outro canal!!! Planejamento, estudos e enfim está criado outro canal para suprir as necessidades. É assim o que acontece na política, por aqui, acolá e em quase todos os lugares. Os políticos criam Ongs com a finalidade idêntica de canalizar recursos públicos para as suas bases e, quando este fica impedido por algum motivo como, por exemplo, uma CPI, cria-se outra Ong para a mesma finalidade que tem o fim para suprir as necessidades destes, dos adjacentes, das comunidades circunvizinhas das bases, incluindo projetos públicos e comunitários.
José Pedroso
18 de maio de 2009