O AMOR É COMO A GUERRA
Recentemente, publicamos o artigo “Quando somos, de fato, infiéis?” que tratava, especificamente, da infidelidade masculina. Como era de se esperar, gerou polêmica e aversão, por parte de alguns leitores, por discordarem das ideias nele expostas. Com todo respeito ao livre pensar de cada um e, também, respaldados pela nossa liberdade de expressão, retomamos o tema. Não com o objetivo de mudar a opinião das valiosas pessoas que nos leem, e sim, de fazê-las reflexionar, mais um pouco, sobre a razão de ser de certas coisas.
Iniciamos esta reflexão com uma citação, do jornalista, crítico e filólogo americano H.L. Mencken, que traduz nosso ponto de vista: “O amor é como a guerra: fácil de começar, mas muito difícil de terminar.”
Todos sabem como o amor começa entre dois seres: chega, sorrateiramente, e não pede permissão para entrar em nossos corações. E nós sucumbimos a ele, sem nenhum protesto, pois é sempre bem-vindo. De natureza livre, ele, o amor, não consegue conviver com a desconfiança e abomina o ciúme. É comum, com o decorrer do tempo de relacionamento, acontecerem, no dia-a-dia, fatos e situações desagradáveis que vão saturando a “paciência” do amor e ele, pouco a pouco, vai se afastando até encontrar “um novo endereço”, onde respeitem o seu modo de ser.
Da mesma forma que não pediu licença para entrar, também não pedirá para sair. E o pior: vai embora sem sequer se despedir. É nesta hora que sucede o que chamamos de infidelidade: o exato momento em que o amor faz a mudança. E a sua carametade, que abrigava o amor, bem que tenta ir junto com ele, mas, por mais que ela tente, brigue, bata, esperneie, ameace, faça escândalo, envolva a família, enfim, faça a sua chantagem emocional e ataque de todos os lados, o amor jamais permitirá essa mudança.
Isso, infelizmente, não significa o fim do relacionamento: é nesse instante que entra o fator culpa que se alia ao fator consciência e, juntos, pressionam a quem já tomou sua decisão. O medo de consequências mais graves ou de magoar, ainda mais, a pessoa que, por certo período, foi uma de suas razões de viver, faz com que o (a) companheiro (a) recue e, muitas vezes, até se acomode passando a levar uma vida dupla e/ou a viver de aparências.
Desta forma, ser fiel aos sentimentos e trilhar o caminho da verdade, neste contexto, é humanamente impossível.
Para que uma relação seja saudável, segura e duradoura faz-se necessária a existência da lealdade e, também, da fidelidade. Somos, verdadeiramente, leais quando usamos de sinceridade e honestidade para com a pessoa a quem escolhemos para conviver. É assim que ganhamos a confiança - tão importante em qualquer relacionamento.
Porém, quando se dá a ruptura do sentimento, e ele passa a ser unilateral e, pior ainda, um dos pares não consegue sair da relação, pois se vê aprisionado, justamente, pelas armadilhas impostas pela parte que ainda tenta a ilusão dos bons tempos do relacionamento, chega um momento em que não mais se pode ser franco, sem machucar o (a) outro (a); então, mentir e dissimular passam a ser uma obrigação diária.
Isto acontece porque, numa relação, enquanto lealdade é ser fiel ao compromisso assumido, fidelidade é ser fiel aos sentimentos. Então, como podemos ser leais se o sentimento mudou (-se)? Percebem, agora, o xis da questão? Automaticamente, à luz da ética, quem deixa de ser leal passa a ser infiel.
Contudo, a infidelidade tem dois lados e a pessoa que se julga traída - no calor da emoção, da revolta, do sentimento de rejeição - não tem discernimento para ver a realidade sob este prisma. Ela, talvez, por si só, jamais pare para pensar no que sente o (a) dito (a) traidor (a). Realmente, não tem noção da angústia vivida pelo (a) mesmo (a). Ele (a) sofre também - e como sofre! Todavia, querer ressuscitar o que já não mais existe é apenas adiar um desfecho que, por ser de origem emocional, a tendência é de se agravar cada vez mais no percurso dos acontecimentos cotidianos.
Fica difícil conceber como algumas pessoas preferem viver assim: pelo fato de não aceitarem o fim de um relacionamento, insistem em manter, ao seu lado, alguém que - elas têm consciência - não mais as ama. Que amor é esse que quer alguém à força? Por que não deixar o egoísmo ou o sentimento de posse de lado e rematar, civilizadamente, uma relação malsucedida? Por que não deixar “o amor de sua vida” pensar, ser e fazer o que bem entender livremente? Por que, no final de tudo, não lhe dar mais essa prova de amor? O amor é renúncia – não nos esqueçamos disto!
Bem, certamente, numa coisa – acreditamos - concordaremos: todos desejam ser felizes e, viver uma relação hipócrita, não é, seguramente, o caminho para a realização desse desejo.
Recentemente, publicamos o artigo “Quando somos, de fato, infiéis?” que tratava, especificamente, da infidelidade masculina. Como era de se esperar, gerou polêmica e aversão, por parte de alguns leitores, por discordarem das ideias nele expostas. Com todo respeito ao livre pensar de cada um e, também, respaldados pela nossa liberdade de expressão, retomamos o tema. Não com o objetivo de mudar a opinião das valiosas pessoas que nos leem, e sim, de fazê-las reflexionar, mais um pouco, sobre a razão de ser de certas coisas.
Iniciamos esta reflexão com uma citação, do jornalista, crítico e filólogo americano H.L. Mencken, que traduz nosso ponto de vista: “O amor é como a guerra: fácil de começar, mas muito difícil de terminar.”
Todos sabem como o amor começa entre dois seres: chega, sorrateiramente, e não pede permissão para entrar em nossos corações. E nós sucumbimos a ele, sem nenhum protesto, pois é sempre bem-vindo. De natureza livre, ele, o amor, não consegue conviver com a desconfiança e abomina o ciúme. É comum, com o decorrer do tempo de relacionamento, acontecerem, no dia-a-dia, fatos e situações desagradáveis que vão saturando a “paciência” do amor e ele, pouco a pouco, vai se afastando até encontrar “um novo endereço”, onde respeitem o seu modo de ser.
Da mesma forma que não pediu licença para entrar, também não pedirá para sair. E o pior: vai embora sem sequer se despedir. É nesta hora que sucede o que chamamos de infidelidade: o exato momento em que o amor faz a mudança. E a sua carametade, que abrigava o amor, bem que tenta ir junto com ele, mas, por mais que ela tente, brigue, bata, esperneie, ameace, faça escândalo, envolva a família, enfim, faça a sua chantagem emocional e ataque de todos os lados, o amor jamais permitirá essa mudança.
Isso, infelizmente, não significa o fim do relacionamento: é nesse instante que entra o fator culpa que se alia ao fator consciência e, juntos, pressionam a quem já tomou sua decisão. O medo de consequências mais graves ou de magoar, ainda mais, a pessoa que, por certo período, foi uma de suas razões de viver, faz com que o (a) companheiro (a) recue e, muitas vezes, até se acomode passando a levar uma vida dupla e/ou a viver de aparências.
Desta forma, ser fiel aos sentimentos e trilhar o caminho da verdade, neste contexto, é humanamente impossível.
Para que uma relação seja saudável, segura e duradoura faz-se necessária a existência da lealdade e, também, da fidelidade. Somos, verdadeiramente, leais quando usamos de sinceridade e honestidade para com a pessoa a quem escolhemos para conviver. É assim que ganhamos a confiança - tão importante em qualquer relacionamento.
Porém, quando se dá a ruptura do sentimento, e ele passa a ser unilateral e, pior ainda, um dos pares não consegue sair da relação, pois se vê aprisionado, justamente, pelas armadilhas impostas pela parte que ainda tenta a ilusão dos bons tempos do relacionamento, chega um momento em que não mais se pode ser franco, sem machucar o (a) outro (a); então, mentir e dissimular passam a ser uma obrigação diária.
Isto acontece porque, numa relação, enquanto lealdade é ser fiel ao compromisso assumido, fidelidade é ser fiel aos sentimentos. Então, como podemos ser leais se o sentimento mudou (-se)? Percebem, agora, o xis da questão? Automaticamente, à luz da ética, quem deixa de ser leal passa a ser infiel.
Contudo, a infidelidade tem dois lados e a pessoa que se julga traída - no calor da emoção, da revolta, do sentimento de rejeição - não tem discernimento para ver a realidade sob este prisma. Ela, talvez, por si só, jamais pare para pensar no que sente o (a) dito (a) traidor (a). Realmente, não tem noção da angústia vivida pelo (a) mesmo (a). Ele (a) sofre também - e como sofre! Todavia, querer ressuscitar o que já não mais existe é apenas adiar um desfecho que, por ser de origem emocional, a tendência é de se agravar cada vez mais no percurso dos acontecimentos cotidianos.
Fica difícil conceber como algumas pessoas preferem viver assim: pelo fato de não aceitarem o fim de um relacionamento, insistem em manter, ao seu lado, alguém que - elas têm consciência - não mais as ama. Que amor é esse que quer alguém à força? Por que não deixar o egoísmo ou o sentimento de posse de lado e rematar, civilizadamente, uma relação malsucedida? Por que não deixar “o amor de sua vida” pensar, ser e fazer o que bem entender livremente? Por que, no final de tudo, não lhe dar mais essa prova de amor? O amor é renúncia – não nos esqueçamos disto!
Bem, certamente, numa coisa – acreditamos - concordaremos: todos desejam ser felizes e, viver uma relação hipócrita, não é, seguramente, o caminho para a realização desse desejo.
Obs. Imagem da internet