HONESTIDADE

Nunca na mídia em geral houve tanta preocupação como nos dias atuais para os temas QUALIDADE DE ENSINO, EDUCAÇÃO E CORRUPÇÃO.

Os temas estão relacionados entre si, pois a ausência de um da abertura a outro.

O problema é grave e não será resolvido do dia para a noite, mas há medidas que podem ser adotadas imediatamente, as quais vão gerar uma discussão coletiva, atingindo todas as pessoas de todas as classes sociais.

Professores não são mais respeitados em sala de aula. A corrupção está não só no setor publico, mas há casos graves também no setor privado.

O meio de comunicação mais eficiente e acessível que existe não faz seu papel mais importante.

É simples o início da mudança, que serviria de alicerce para novas iniciativas, basta que o governo reveja as concessões de emissoras de TV e as obrigue, em horários de maior audiência, veicular propagandas criativas que dêem ênfase para a educação inicial, para a honestidade e caráter. Criando situações que demonstrem como é bom ser sincero, honesto e de bom caráter, exibindo propagandas criativas visando estimular os pais a educarem melhor seus filhos, ensinando noções de respeito e honestidade. Simulando atitudes positivas e negativas e sua recompensa social e de bem estar individual.

Essas propagandas culturais poderiam, por exemplo, serem transmitidas nos intervalos dos jogos de futebol, afinal atingiria um público em potencial.

Está faltando educação dentro de casa. É comum pessoas terem vergonha de pedir licença, dizer um, por favor, ou obrigado.

Também é comum o famoso jeitinho, onde se oferece algum dinheiro, vantagem para se obter algo mais rápido ou de forma ilícita. O erro tem duas vertentes: errado oferecer e errado aceitar.

Bem na verdade chegamos ao ponto onde muita gente tem vergonha de dizer que é honesto, como se isso fosse sinônimo de ingenuidade, falta de esperteza, imaturidade.

Os exemplos que temos são de muita gente que obteve sucesso e fortuna de forma ilícita, imoral e ilegal e isso acaba influenciando os de caráter não muito sólido ou em fase de formação.

As crianças de hoje precisam de exemplos claros, de metáforas, de simulações que mostrem claramente como é bom ser gentil, educado, honesto, mesmo que os pais não tenham esse alicerce de seus antepassados.

As emissoras de TV, com seus grandes atores, com seus recursos de formação de opinião, podem ajudar em muito os pais a educarem seus filhos. Podem inserir em sua programação, com bastante freqüência, exemplos simples que surtam efeito.

O MEC deveria adotar como matéria obrigatória a Honestidade a Retidão de Caráter e Respeito. Pois o que está faltando nas escolas não é matemática, história, geografia ou outra matéria, o que falta realmente é o principio básico que deveria ser dado em casa e já que isso não acontece seria oportuna e necessária essa inclusão de matéria

E muito comum em escolas públicas e também em privadas alunos furtarem objetos de seus colegas, minimizando a conduta por associação ao preço daquele objeto. – Poxa, foi só um lápis.

É assim mesmo, hoje é apenas um ovo, amanhã uma galinha, na outra semana o galinheiro inteiro.

Pobre desonesto furta uma caneta, rico desonesto dá um golpe financeiro. Assim surgem as comparações idiotas que isso é mais relevante que aquilo, como se houvessem vários graus de desonestidade.

Experimente perder um celular, mesmo havendo dezenas de contatos que facilmente levariam ao proprietário, ele não é devolvido. O indivíduo ainda chega em casa ou numa rodinha de amigos contando vantagem: - Olha que sorte, achei esse celular!

Não podemos esperar de nossos legisladores atuais, mudanças mais radicais, pois grande parte deles não sabe discernir, uma gorjeta de um suborno.

Hoje a solução mais viável é a TV mesmo, que está presente em quase todos os lares, é ela que deve ser usada para resgatar o conceito de caráter e honestidade à remota época onde a palavra falada oferecia mais garantia que um documento assinado e registrado em cartório.

Claudio Cortez Francisco

Claudio Cortez Francisco
Enviado por Claudio Cortez Francisco em 15/05/2009
Reeditado em 15/05/2009
Código do texto: T1594897
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