Afinal, educação pra quê?
Somos mesmo um país fora de série, não? Um dos maiores países da América do Sul, com as mais maravilhosas paisagens do mundo; terra das promissões, de árvores frutíferas, de mulheres bonitas e sensuais.
País cheio de contradições, de grandes histórias. País de um povo sofredor que, apesar de todas as dificuldades, sorri com o batuque dos tambores, com o molejo das passistas e a beleza encantadora das baianas.
Somos um povo liberto!Somos o primeiro país a ter um Presidente da República que veio do povo, para o povo e pelo povo.Nossa economia vive estável e as exportações sempre aumentando.
Contudo, é interessante observar que, apesar de tudo isso, a cada século que se passa, continuamos um país “sem educação”. Tentamos há séculos melhorar o ensino do país, proporcionando às camadas populares, as chamadas minorias sociais, uma educação de qualidade e que atenda às necessidades cotidianas de cada ser humano. O mais interessante ainda é que nunca conseguimos isso. Estamos tentando há tanto tempo e nada.
Já tivemos didática tradicional, renovada, tecnicista, progressista, libertadora, crítico-social, construtivista...
E as leis? Quantas Leis de Diretrizes e Bases?! 4.024/61, 5.540/68, 5.692/71, 7,004/82, 9.394/96.
Somos um povo há séculos enganado e subestimado pela elite; continuamos sendo colonos de uma camada mais favorecida que deseja realmente que a escola ideal seja esta que estamos tendo há tanto tempo.
Construtivistas? Nós?! Quantas vezes ouvimos nossos alunos dizerem: “Estudar, que bobeira, já passei de ano mesmo, já tenho duzentos pontos”. Estamos ainda cercados por um universo de quantificação, de notas que, neste mundo em que vivemos, significam valor classificatório capaz de estabelecer conceitos. A mesma nota que traz o poder de decidir trezentos e sessenta e cinco dias de existência.Diagnósticos são feitos, ditam-se conceitos e classifica-se em nota!
Notas! De papel, de plástico, de número e conceito, para que servem?! Será que sem elas nossos alunos se tornarão analfabetos?
Como diz Bertold Brecht: “O pior analfabeto não é aquele que não sabe ler ou escrever, é o analfabeto político...”
Vivemos, há muito tempo, “as eras do abandono”, em que a educação que oferecemos aos nossos alunos escamoteia a realidade que cada um vive. Iludimos a todos, com esperanças de uma educação melhor, para um mundo melhor.
Bibliografia: BRECHT, Bertold. O analfabeto político. São Paulo. 2003. Disponível em: http: //www.comunismo.com. br/brecht.html
Somos mesmo um país fora de série, não? Um dos maiores países da América do Sul, com as mais maravilhosas paisagens do mundo; terra das promissões, de árvores frutíferas, de mulheres bonitas e sensuais.
País cheio de contradições, de grandes histórias. País de um povo sofredor que, apesar de todas as dificuldades, sorri com o batuque dos tambores, com o molejo das passistas e a beleza encantadora das baianas.
Somos um povo liberto!Somos o primeiro país a ter um Presidente da República que veio do povo, para o povo e pelo povo.Nossa economia vive estável e as exportações sempre aumentando.
Contudo, é interessante observar que, apesar de tudo isso, a cada século que se passa, continuamos um país “sem educação”. Tentamos há séculos melhorar o ensino do país, proporcionando às camadas populares, as chamadas minorias sociais, uma educação de qualidade e que atenda às necessidades cotidianas de cada ser humano. O mais interessante ainda é que nunca conseguimos isso. Estamos tentando há tanto tempo e nada.
Já tivemos didática tradicional, renovada, tecnicista, progressista, libertadora, crítico-social, construtivista...
E as leis? Quantas Leis de Diretrizes e Bases?! 4.024/61, 5.540/68, 5.692/71, 7,004/82, 9.394/96.
Somos um povo há séculos enganado e subestimado pela elite; continuamos sendo colonos de uma camada mais favorecida que deseja realmente que a escola ideal seja esta que estamos tendo há tanto tempo.
Construtivistas? Nós?! Quantas vezes ouvimos nossos alunos dizerem: “Estudar, que bobeira, já passei de ano mesmo, já tenho duzentos pontos”. Estamos ainda cercados por um universo de quantificação, de notas que, neste mundo em que vivemos, significam valor classificatório capaz de estabelecer conceitos. A mesma nota que traz o poder de decidir trezentos e sessenta e cinco dias de existência.Diagnósticos são feitos, ditam-se conceitos e classifica-se em nota!
Notas! De papel, de plástico, de número e conceito, para que servem?! Será que sem elas nossos alunos se tornarão analfabetos?
Como diz Bertold Brecht: “O pior analfabeto não é aquele que não sabe ler ou escrever, é o analfabeto político...”
Vivemos, há muito tempo, “as eras do abandono”, em que a educação que oferecemos aos nossos alunos escamoteia a realidade que cada um vive. Iludimos a todos, com esperanças de uma educação melhor, para um mundo melhor.
Bibliografia: BRECHT, Bertold. O analfabeto político. São Paulo. 2003. Disponível em: http: //www.comunismo.com. br/brecht.html