TEORIA DO AMOR*

I - Existem duas Afrodites: a Urania, celestial; e a Pandemus, mundana. Para tanto, existe um Eros celestial e um Eros mundano, ou seja, um ligado a fertilidade e outro ligado a mesquinhez. O que chamo de amor a priori é o Eros celestial, filho de Afrodite Urania.

.:

II - O amor surge além da possibilidade de satisfazê-lo, pois busca-se o ideal e a felicidade suprema, intuitivamente e naturalmente, sendo que barreira, em verdade, são estímulos ao mesmo.

.:

III - O amor vem basicamente como a afirmação do complementar, do equilibrar, do controlar, que são a essência do divino que se projeta no mundo, através da natureza.

.:

IV - Prazer, desejo e paixão, são partes do amor, que é algo maior que estes. O amor é o senhor, cujos servos são o desejo, o prazer e a paixão.

.:

V - A paixão é forte e passageira, porém devidamente controlada, pode auxiliar na criação de um amor.

.:

VI - O amor é em duas forças energéticas e polares básicas: O yin e o yang, o feminino e o masculino, mas não necessariamente a mulher e o homem.

.:

VII - A dimensão do amor é de ternura, compaixão, cumplicidade, comprometimento, respeito, união, troca, fidelidade, equilíbrio, compensação, cuidado, controle, proteção e alegria.

.:

VIII - Entenda-se o controle como uma forma de equilíbrio, de si mesmo, de suas iras e desavenças, não sendo a limitação do outro na sua liberdade, nem o ciúme excessivo.

.:

IX - Simbolicamente através dos animais, por analogia, se vê: o lobo que satisfaz a sua saciedade; o leão que sente internamente, sem manifestar seu sentimento; o urso que abraça e que sente muito; e a águia que se eleva e que ama além dos limites da visão. Estas são as naturezas do amor, sendo a águia, o amor a priori.

.:

X - Amai-vos em equilíbrio, compensação e controle.

.:

Final sem fim...

.'.