NÃO ENGOLIR SAPOS, NEM SOPRAR FLORES
Há poucos dias recebi de um amigo, um texto distribuído por um supermercado de Carpina aos seus clientes. O texto é muito interessante e merece uma reflexão, não tanto para mim que sou taurino, pois segundo Abílio Neto, quem é de touro não leva desaforo pra casa, como ele disse nessa glosa:
“O Ismael é de Touro
Que dá gente camarada,
Possessivo, autoritário,
Mas de alma boa danada,
Porém, quando fica bravo
É capaz de dar chifrada!”
Esse artigo mostra que nem sempre devemos engolir sapos e muito menos jogar flores. Devemos sim, reagir dentro de nossas convicções porque isso fortalece o nosso interior. Só achei lamentável que no texto não tenha o nome de seu autor, pois se ele não é de domínio público, deveria ser publicado indicando a autoria do mesmo.
O fato de um supermercado distribuir algo tão reflexivo com seus clientes, eu considerei bastante louvável, principalmente porque, o que se ver hoje em dia são mensagens religiosas, as quais só levam à alienação dos cidadãos. Mas, deixemos de papo furado e vamos ao texto.
NUNCA LUSTRE A FERRADURA DE NINGUÉM
“Existem muitas situações na vida nas quais nem sempre a melhor solução é “engolir sapos” e “jogar flores”. Todo tipo de agressão emocional que recebemos causa determinada reação em nosso corpo e em nossa vida, dependendo da maneira como respondemos a ela. Muitas pessoas terminam por viver de maneira desastrosa, interiormente, apenas para serem polidas no ambiente externo.
Muita gente por aí adora imperar em algumas situações e não economiza coices em quem está por perto; um tipo de gente que adora lustrar suas ferraduras em pessoas com pouca habilidade de reação e termina por sair da situação com a ferradura lustrada, deixando a outra parte agoniada e reprimida em sua vontade de dizer umas boas verdades.
Seja quem for, não permita mais que alguém lustre ferraduras em você. Se acredita em suas idéias, em seus sentimentos e projetos, deve discuti-los e defendê-los, valendo-se das ferramentas funcionais que possui, utilizando-se de uma persuasão ética, estabelecendo limites, pois quando permitimos que alguém lustre em nós suas ferraduras, a nossa não-reação deixa espaço para futuras investidas. Limitar o grau de atuação de quem frequentemente nos faz “engolir sapos” mostra que não somos tão frágeis e vulneráveis e nos coloca numa posição de mais respeito.
Quando desenvolvemos a habilidade de reagir dentro de nossas convicções, fortalecemos nosso interior, em vez de fazer dele uma mesa de pileques emocionais que exercem ação neutralizadora em nosso comportamento.
As pessoas são impedidas de seguir seu caminho e construir seu alicerce de conceitos não pela atuação que aplicam em sua vida, mas pela inércia diante das adversidades e controvérsias que nela acontecem.”