“MUDANÇAS DE HÁBITOS DE CONSUMO”
“MUDANÇAS DE HÁBITOS DE CONSUMO”
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
Os brasileiros passaram a utilizar mais cartões de débito do que cartões de crédito, isto mostra claro mudanças de hábitos. O consumidor brasileiro tem adquirido mais produtos à vista, provocado também pelos juros extorsivos cobrados nos últimos meses, mas há grande tendência das vendas a prazo aumentar, visto que a queda dos juros é eminente para as próximas semanas.
O Banco do Brasil está lançando uma linha de crédito especial para compra de geladeiras, fogões e máquinas de lavar, dos quais, várias lojas de departamento anunciaram a oferta desta linha crédito aos consumidores. Em momentos de crise vale tudo na busca do cliente, quem poderia imaginar em 2008, que um dos maiores bancos públicos do país, disputando um nicho de mercado que pertenciam as financeiras.
Campanhas permanentes de crédito consciente espalhados pelo país por bancos públicos e privados, além de informações que chegam da mídia todos os dias, fazem com que o brasileiro seja cauteloso na hora da compra, buscando as melhores soluções.
A mídia nunca explorou tanto sobre o assunto como o momento, todos os dias saem novas reportagens e entrevistas orientando o público sobre finanças, investimentos, nível de renda e empregos, cenários econômicos e dicas de consumo. Estas informações quando feitas de forma correta e imparcial esclarecem a população brasileira sobre o assunto.
A percepção de mudanças de hábitos de consumo está ocorrendo também em vários países do mundo. A preocupação maior das famílias é quanto ao nível de renda e emprego, além dos desdobramentos da crise de confiança no sistema financeiro.
Um artigo deste autor sobre dicas de economia no supermercado foram replicados e publicados por sites e jornais em francês, inglês e espanhol, observa-se neste fato, o claro aumento de interesse dos consumidores em aprender a administrar as finanças pessoais.
No Brasil, Holanda, Oriente Médio e Índia, existe confiança no mercado financeiro. No sistema bancário dos EUA, Japão e parte da Europa, o nível de confiança do investidor diminuiu. Todo sistema financeiro internacional está sob influência de todos os continentes, portanto, qualquer oscilação nas Bolsas da Europa, e outras, afetam todas as outras, na dinâmica on-line em que o mundo está inserido, a internet, cortou barreiras e a informação passou a ser um instrumento de decisão de consumo e investimento.
O volume de assinantes de TV por assinatura no Brasil cresceu, assim como a aquisição de veículos de luxo, outros. Enquanto alguns fazem poupança, outros estão aproveitando os incentivos fiscais do governo para comprar materiais de construção, financiamentos de veículos (automóveis, caminhões, tratores e motos), geladeiras, fogões, máquinas de lavar, tanquinhos, etc. O momento é propício para compra destes bens, como também é a oportunidade de aquisição da casa própria.
Consórcios de compra de imóveis comerciais ou residenciais passaram a ser atrativos e a taxas cobradas estão competitivas, uma boa opção de investimento.
Alguns setores da economia nacional estão ainda sendo castigos, como o caso da Abimaq, Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos, o setor aeronáutico, mineração e outros. A busca de incentivo de crédito via BNDES, com garantias a níveis internacionais, para compradores do exterior, podem auxiliar o desenvolvimento do setor e gerar empregos.
Na mudança dos hábitos de consumir, é evidente que o trabalhador brasileiro deve ficar atento ao seguimento de trabalho em que atua para analisar a possibilidade de endividamento a curto, médio e longo prazo.
Uma regra é clara na hora de comprar, pechinche, pesquise, tenha muita paciência, visite vários locais antes da decisão do consumo, analise todas as taxas e alternativas disponíveis no mercado, assim estará respeitando o seu rico dinheiro.
Boas compras!