A OBRA, A ARTE É O ESPELHO DA VIDA E SENTIMENTO DO AUTOR...
Nestes mais de trinta anos em que tenho “rabiscado”, tentado criar, escrever textos, produzir matérias de opinião, poemas, micro-contos, idéias, frases e mesmo títulos de manchetes etc. permitindo, “irresponsavelmente” que minha manifestação escrita imperfeita e, às vezes, inacabada venham a público através de jornais, sites, rádios e até mesmo algumas incursões em canais de televisão.
Mesmo assim, posso dizer que aprendi algumas coisas nestes anos e trago algumas experiências interessantes, como lançar um livro em Búzios-RJ durante evento sobre Meio Ambiente, escrever sobre a experiência de cientistas brasileiros da Embrapa e holandeses sobre a questão do rio Taquari do Pantanal do MS e depois ver o Poema do Rio Taquari num site europeu e na introdução de um livro de teses cientificas da Embrapa, o que me trouxe uma felicidade muito grande, ter lançado o meu modesto livro Menino das Calçadas em Divinópolis-MG na festa de Aniversário de um amigo mineiro.
Ao longo de todos estes anos guardo na memória as poesias que escrevia na caserna em plena ditadura, na aprazível Ladario que batizei de “francesinha do Pantanal” devido à cópia do Arco do Triunfo Francês, as visitas que fiz em vários museus e exposições onde pude ver quadros de DaVinci e Portinari, tive a oportunidade de entrar no Museu do Louvre, fiz visita a vários países da América Latina como Paraguai, Bolívia, Cuba, Argentina e quase todas as regiões brasileiras...
Tive a oportunidade de ler em meu “isolamento” na estação Luiz Gama, em pleno cerrado sulmatogrossense, quando a Rede Ferroviária ainda existia e , na ocasião eu era Agente de Estação o livro russo “Irmãos Karamazov” e Avenida Nieveski, obras interessantíssimas e também grandes escritores do Brasil como Machado de Assis, Carlos Drumonnd de Andrade, Raquel de Queiroz, Chico Buarque, Monteiro Lobato, João Lisboa Macedo de Ladário e tantos outros fantásticos escritores do Brasil e de outros países como Pablo Neruda, Vinicius... Eu ficava querendo ler mais e mais, acabei assim também tentando imitá-los, criar, fazer poemas e ainda sonho e tento fazê-los a cada dia...
Por mais que queiramos divinizar as obras de arte, algumas praticamente perfeitas, pois entendo que as perfeitas são as obras de Deus, quando tentamos tira-las do seu contexto ou dicotomiza-las de seus autores jamais conseguiremos, as obras em meu modesto entender está intimamente ligada à realidade, ao sentimento, ao temperamento, a dor, aos amores e desamores e até mesmo a felicidade de seus autores. Seja ele poeta, dramaturgo, cineasta, cantor, ator, pintor, escultor etc...
Os textos fictícios estão intimamente ligados à vida e aos sentimentos e sensibilidade de seus criadores, por mais imaginários e aparentemente ilusórios refletirão e encanto e desencanto destes seres humanos e sua fuga da tristeza e busca constante da felicidade, a arte é a expressão da vida e busca freneticamente a comunicação com as pessoas e sua interação com a natureza e muitas vezes com o cosmo.
Enquanto os autores de obras, escritores e pensadores forem os seres humanos, será impossível a dicotomia da arte e autor... é como pai e filho, um tem a herança genética do outro.
Viva a arte humana transcendental! Manoel Vitorio