LIBERDADE DE PENSAR
Pensar faz bem, não só para a memória, mas para toda a mente, para o cérebro, para o corpo, para o espírito que se renova com a atividade criativa da mente, pois pensar é criar, respirar espiritualmente.
Já existem muitos estudos correlacionando atividades estudantis com a saúde física e mental. O mal de Alzheimer está relacionado com a inatividade mental.
Não se pode comparar qualquer movimento mental com a atividade de pensar que é sempre criadora e selecionadora, nunca passiva, inerte, como quando se está defronte de uma telinha e o interesse, a atenção e o entendimento não estejam presentes. Podemos estar lendo algo, mas ausentes de seu conteúdo, com o entendimento eclipsado por alguma preocupação.
Pensar implica criação de soluções para os problemas diversos que vão surgindo em nossa vida; de convivência, financeiros, intelectuais, profissionais, psicológicos. Uma mente preparada sempre estará mais apta, como o nosso corpo que, condicionado, é capaz de suportar grandes esforços. O condicionamento mental é fundamental. É necessário, também, eliminar as gorduras mentais, os preconceitos – conceitos que se mumificaram no decorrer do tempo - que esclerosam os canais da inteligência impedindo que o espírito individual respire com liberdade.
A verdadeira liberdade é a de pensar. É assim como o ser humano, o espírito humano, respira, pensando com liberdade, que é o mesmo que criar, que é o mesmo que ter um domínio sobre os pensamentos que habitam a própria mente ou que perambulam por aí de mente em mente fazendo os estragos que todos sabemos quais são.
Ser livre é usar com liberdade a inteligência, todas as suas faculdades, e não somente a memória e a imaginação como nos têm pretendido impor aqueles que nos querem manter atados às rédeas da submissão e da imposição.
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Os tiranos, os ditadores, os inimigos da liberdade não querem que o ser humano pense porque tal grito de liberdade, tal oposição às imposições, é a ameaça ao onímodo poder que as ânsias de domínio desenham em suas mentes doentias.
Pensar, observar, raciocinar, refletir, combinar e julgar são algumas faculdades da inteligência que não têm sido muito exigidas ou desenvolvidas pelo ser humano que pode, num grito de liberdade, deixar de ser joguete ou escravo de pensamentos alheios que nada têm a ver com a felicidade almejada pelos que sonham com a liberdade.
O exercício diário da função de pensar, onde entrarão em jogo o interesse, a atenção e o entendimento, fortalece a inteligência nas leituras e na criação pessoal que qualquer um pode realizar. Será também necessário aprender a ler a própria realidade interior e modificá-la para melhor no que for necessário.
A ninguém está vedado desenvolver a própria capacidade mental e liberar-se da rotina monótona dos dias que se sucedem sem nenhuma renovação; basta querer, pensar e realizar.
O ser humano assim foi feito, com esta vocação por criar, pensar e realizar. Por que nos querem amarrar em definições e preconceitos inconcebíveis, que por tantos séculos têm causado tanto sofrimento para os homens? Só há uma explicação: almas insanas, ambiciosas e escravagistas promovem esta fumaça de ignorância que permeia a cultura oriental e ocidental para encher os bolsos de impostores, ilusionistas fantasiados de benfeitores que estão aí a se apropriar da cultura e da informação para fundamentar e saciar seus insanos sonhos de poder e riqueza.
Por tal razão, cultura e educação são raras por aqui. E quando aparentemente existem em países ditos de primeiro mundo, sempre estão a suceder uma lavagem mental na educação infantil que impede o futuro adulto de pensar.
Não existe maior triunfo para a figura humana que pensar com liberdade e criar um futuro feliz através da própria inspiração
Nagib Anderáos Neto
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