Ciclo de aprendizagem – Um Declaração de Amor

Mãezinha querida do meu coração não me deixe na mão... De pessoas desamorosas, indiferentes pras necessidades, vontades e diferenças da gente, indispostas, que não gostam de criar e nem de brincar, e alegrar certos momentos pra que a gente nem perceba o tempo passar.

Tereza de J. R. de oliveira

Ciclo de aprendizagem – Um Declaração de Amor

Eu amo a Escola que tenho porque ela é acolhedora, ajuda-me a descobrir a beleza do mundo, escondidas nas palavras aparentemente insignificantes que os autores artista criaram e escreveram nos livros. Na Escola, percebo a riqueza da natureza que é parte de mim mesmo, mas ao mesmo tempo percebo que sou mais que natural sou cultural e também transcendental. Percebo o quanto é belo as manifestações sagradas dos povos de diferentes lugares que rezam, cantam, dançam, revenciam o grande Pai e tanto outros deuses, que descobrimos e aprendemos a respeitar, porque representam a fonte de iluminação para tantos grupos sociais.

Na Escola, aprendo tantas delícias da vida, como ouvir os mais variados ritmos musicais que movem meu corpo e não consigo ficar parado, permite que se criem danças e coreografias e para embelezar essa sintonia também incentiva a criação de muitos enfeites e alegorias que nos permitir colorir espaços e teatros.

Ah, que interessante é a minha Escola, pois sou provocado a pensar, raciocinar, elaborar a melhor forma de manifestar o que compreendo sobre os fenômenos, processos, textos contextos, cálculos matemáticos, gráficos, tabelas, mapas geográficos, fatos históricos ... e percebo que também sou sujeito histórico. São tantas as formas com que expresso minha criatividade, que só mesmo vendo nossos projetos de pesquisa orientados por nossos professores, para perceber o alcance das minhas conquistas oriundas de minhas equitações que não pára ao final do ano, continuam como ciclos de aprendizagem. Quanto mais idade/maturidade alcanço, mais profundidade encontro, nem percebo o quanto é complexo o conhecimento advindo de tantas experiências, que encontro nas classes que estudo e no lugar onde vivo. Tudo é matéria de estudo, que vira teia de saber para melhor esclarecer a sensibilidade de qualquer ser.

Amo minha escola, ah como amo, ela une, articula, formula, mil fórmulas de conectar as partes, de um todo inseparável nossa apreciável realidade escolar, local, mundial e até planetária, por mais que cada ciência e/ou disciplina vejam com mais rigor as partícula dessa teia de vida, através de seus conteúdos específicos que têm muitos nós que se conectam. Sempre estamos estudando junto, para não perdermos de vista a grandeza de sua totalidade, com isso ampliamos nossos horizontes de vida, nossos pontos de vista. E acabamos por perceber que cada ser deste planeta merece ser preservado.

A Escola bem demonstra que não pode continuar ocorrendo em nosso meio a perversa destruição de nossa natureza: as florestas, os rios, mares da atmosfera, que são a um só tempo, fontes de vida, mas que viraram, aos olhos do capital, sistemas econômicos dominantes, meras mercadorias. Isto mesmo, entidades de uma natureza sagrada, para nossos ancestrais se transformam em produtos de mercado. Que vai abastecer uns poucos de riqueza do capital deixando tantos outros sem ter do que viver.

Minha escola é critica, busca desenvolver o pensamento reflexivo para que possamos perceber as contradições deste mundo que vivemos. Sabendo aprender pelas lições que ela aponta, não dá para continuar, sem se transformar, contribuir e mudar o que de ruim há em nosso lugar.

Eis o convite para o chão que habito com as ações da nossa educação.

Tereza de Jesus Rodrigues de Oliveira

Diretora da Escola Jonathas Pontes Athias

Taina
Enviado por Taina em 26/04/2009
Código do texto: T1560903